O aguardado primeiro episódio da segunda temporada de The Last of Us finalmente chegou, e com ele, uma enxurrada de novidades que mexem com o coração de quem conhece bem os jogos. Adaptando os primeiros passos de The Last of Us Part II, o episódio entrega muito mais do que uma simples transposição: ele oferece uma reinterpretação. Algumas dessas mudanças na série The Last of Us não apenas ampliam o universo da história, como também revelam novas facetas de personagens já queridos pelo público.
A série, que já conquistou milhões com sua primeira temporada fiel (mas nem tanto assim) ao jogo original, agora entra em um terreno delicado. Afinal, Part II é conhecido por dividir opiniões e carregar temas profundos — vingança, perdão, identidade. E a estreia na TV já mostra que teremos mudanças importantes nessa jornada.
O episódio se passa cinco anos após os eventos anteriores. A cidade de Jackson pulsa como um pequeno milagre em meio ao caos, e é lá que reencontramos Joel e Ellie, vivendo rotinas quase normais — com suas dores silenciosas e laços à beira do rompimento. Joel está em terapia, algo totalmente novo para quem jogou. Ellie, por sua vez, começa um relacionamento com Dina, o que adiciona uma camada mais íntima à sua personagem desde já.
Com isso, fica evidente que as mudanças na série The Last of Us não estão aqui apenas para surpreender — elas são o prenúncio de uma recontagem que pretende emocionar, chocar e, acima de tudo, expandir a narrativa que os jogos começaram a contar.
1 – Vagalumes apagados e um drama chamado Abby

Antes da história de The Last of Us Part II mergulhar de vez no ciclo de vingança e sofrimento, há um momento rápido — mas cheio de significado — em que Abby e seus amigos ainda estão em Salt Lake City. Isso acontece antes do salto no tempo de cinco anos, que muda toda a ordem dos acontecimentos no jogo. E curiosamente, essa cena aparece logo no primeiro episódio da segunda temporada da série.
No entanto, no jogo, a gente conhece Abby de verdade quando ela já está perto de Jackson. É ali que Joel e Tommy a encontram, sem fazer ideia do que ela realmente quer. Depois disso, o jogador passa a controlar a personagem e volta no tempo, conhecendo mais sobre a história dela, o que ela perdeu e por que decidiu ir até Seattle. Aos poucos, ela deixa de ser só uma inimiga e vira alguém com seus próprios traumas e escolhas difíceis.

Já a série preferiu mostrar um lado que o jogo apenas sugeria. Na nova cena, Abby e os amigos aparecem chorando a perda dos Vagalumes em Salt Lake City. A tristeza é visível, e o silêncio da cena fala mais que mil palavras. Tudo isso antes mesmo do salto de tempo acontecer.

Essa parte, que pode até parecer pequena, mostra outro lado da personagem. Um lado mais humano, antes que tudo vire raiva e violência. É como se fosse um aviso do que está por vir — o primeiro trovão antes da tempestade começar de verdade.
2 – Dina e o Laço Inesperado com Joel

Dina sempre foi uma peça importante no quebra-cabeça emocional de The Last of Us Part II. Mas agora, na segunda temporada da série, ela ganha ainda mais espaço — e, surpreendentemente, se aproxima de alguém que muitos achavam inatingível: Joel.
Logo no primeiro episódio, Dina já mostra que não está ali só como coadjuvante. Ela entra em cena tentando fazer as pazes entre Joel e Ellie, dois corações partidos tentando se entender depois de tudo o que passaram. E, nesse processo delicado de juntar os cacos, Dina encontra em Joel algo inesperado: conexão.
Essa aproximação é um dos reflexos mais claros das mudanças na série The Last of Us. Em uma visita à casa dele, Dina começa a aprender sobre construção, ferramentas, tecnologia… mas, mais do que isso, ela começa a conhecer Joel de verdade. Não o sobrevivente endurecido, mas o homem por trás das cicatrizes.

Tanto é que Joel, em uma sessão de terapia, confessa que passou a vê-la quase como uma filha — do mesmo jeito que via Ellie. Isso, por si só, já diz muito. Ao reimaginar esses laços emocionais, as mudanças na série The Last of Us reforçam a complexidade dos personagens e preparam o terreno para conflitos ainda mais profundos no que está por vir.
Essa nova relação não só fortalece Dina como personagem, mas também a coloca ainda mais no centro da história. Ela deixa de ser só a parceira de Ellie e passa a ter um papel próprio, emocionalmente enraizado na trama.
3 – A Terapia de Joel e o Peso dos Segredos

O mundo de Jackson está mudando — crescendo, ganhando camadas, quase como se respirasse. E no coração desse novo cenário pós-apocalíptico, vemos algo inesperado: Joel em um consultório de terapia.
No primeiro episódio da segunda temporada, a história foca nas vidas calmas (ou quase) de Joel e Ellie dentro da comunidade. É ali que descobrimos que Joel está buscando ajuda profissional para lidar com tudo o que carrega. Quem percebe isso primeiro é Dina, sempre atenta aos silêncios que ninguém comenta.
A terapeuta, Gail, é uma personagem nova na série, interpretada pela talentosa Catherine O’Hara — e sim, ela não aparece no jogo original. Essa é uma das mudanças na série The Last of Us que mais chama atenção, justamente por trazer um lado mais vulnerável e íntimo de Joel. Durante as sessões, ele abre o coração, ou ao menos tenta. Fala sobre a dor que sente com o afastamento de Ellie, o vazio que ficou onde antes havia confiança.
Mas, como tudo nesse universo, nada é simples. Mesmo dentro de um espaço seguro, Joel carrega um segredo enorme — a imunidade de Ellie — que ele continua guardando a sete chaves. Isso transforma cada conversa em um jogo de equilíbrio, onde ele precisa falar muito sem poder contar tudo.
Essa nova camada de Joel o humaniza ainda mais. Mostra que, mesmo sendo um homem calejado pelo mundo, ele está tentando lidar com os fantasmas. E isso, em um mundo como o deles, é quase um ato de coragem. Ao trazer esse novo lado do personagem, as mudanças na série The Last of Us se tornam mais do que simples ajustes: elas enriquecem a trama e aprofundam seus protagonistas.
4 – O Mistério de Eugene e o Passado Escondido de Joel

O primeiro episódio da segunda temporada de The Last of Us trouxe mais do que memórias e conflitos mal resolvidos — trouxe segredos, e um deles carrega o peso de uma morte. Em uma das sessões de terapia com a personagem interpretada por Catherine O’Hara, Joel faz uma revelação surpreendente: ele matou o marido da terapeuta. E o nome do homem? Eugene.
Para quem jogou The Last of Us Part II, esse nome acende um alerta. No jogo, Eugene Linden é um morador de Jackson, conhecido por sua vida tranquila e, curiosamente, por cultivar maconha escondido em seu porão. Ele morre antes dos eventos principais, vítima de um derrame. Mas na série, o destino desse Eugene pode ter sido bem diferente. É uma das mudanças na série The Last of Us que adiciona camadas de suspense ao passado de Joel.
Não está claro ainda se o Eugene da série é o mesmo do jogo. Pode ser que sim. Pode ser apenas um easter egg. Mas o roteiro trata essa conexão com cuidado, plantando pistas como quem espalha migalhas num caminho escuro. Logo antes da revelação, Joel leva maconha para a terapeuta — um detalhe aparentemente pequeno, mas que reforça o vínculo entre os dois Eugenes e deixa a dúvida martelando na cabeça do público.
O motivo do tiro, porém, permanece um mistério. E um pesado. Joel, tão acostumado a lidar com a morte, parece especialmente abalado ao tocar nesse ponto. A série não entrega respostas, mas ao introduzir essa peça nova no tabuleiro, ela deixa claro que há fantasmas na história de Joel que nem mesmo os fãs mais atentos conheciam. As mudanças na série The Last of Us, aqui, não são apenas variações — são provocações narrativas que abrem caminho para descobertas futuras.
5 – O Novo Papel de Joel em Jackson

No mundo de The Last of Us, Joel sempre foi visto como alguém que protege, luta, sobrevive. Mas agora, na segunda temporada da série, ele ganha um novo papel — menos violento, mas igualmente importante: ele virou o chefe de construção em Jackson.
Logo no primeiro episódio, vemos Joel em conversa com Maria, discutindo algo que pode parecer simples, mas carrega peso: como usar os recursos da comunidade. Eles falam sobre escolas, consertos, prioridades. E é ali que fica claro — Joel não está só com uma marreta na mão, ele está tomando decisões. Ele está ajudando a construir, de verdade, um futuro.
No jogo, até vemos Joel envolvido com trabalhos de construção, mas a série foi além. Ela dá destaque à nova função dele, transformando martelos e andaimes em símbolos de reconstrução — não só de prédios, mas talvez de quem ele mesmo está tentando se tornar.
Ver Joel assim, cuidando de estruturas e coordenando reparos, mostra um lado que o apocalipse quase apagou: o do homem que ainda acredita em comunidade, em abrigo, em recomeço. É uma mudança sutil, mas poderosa. Afinal, em um mundo que vive desabando, escolher reconstruir é, por si só, um ato de resistência.
6 – Mudanças em Greenplace: Quando Ellie Enfrenta o Perigo Sozinha

Nem tudo na adaptação de The Last of Us segue o mesmo caminho traçado pelo jogo. Às vezes, o roteiro pega um atalho. Outras vezes, escolhe uma estrada nova. É o caso da cena no Mercado Greenplace, que ganhou uma versão diferente e mais contida na série.
No primeiro episódio da segunda temporada, Ellie e Dina saem em patrulha e acabam entrando no velho mercado. Lá dentro, o silêncio tenso logo é quebrado por um infectado — e a ação começa. Ellie acaba caindo de um andar mais alto, ficando isolada, enquanto Dina, ainda no piso superior, tenta encontrar um jeito de chegar até ela e ajudá-la. Sozinha, Ellie precisa enfrentar o inimigo enquanto escuta os passos e ruídos lá em cima, onde Dina também luta para sobreviver.
É uma cena cheia de suspense, com um ritmo mais calmo, mas não menos intenso.
Já no jogo, a situação é bem diferente. Ellie e Dina caem juntas e logo se veem cercadas por uma horda de infectados. A ameaça é muito maior, mais caótica — uma luta frenética pela sobrevivência. A série, no entanto, prefere dar foco ao isolamento, ao medo solitário de Ellie e ao desafio de Dina em chegar até ela. Menos barulho, mais tensão.

Essa mudança não é por acaso. Ela deixa a relação entre as duas personagens mais clara, mostrando como uma confia na outra — e o quanto estão dispostas a arriscar por isso. Mesmo com menos monstros na tela, o peso emocional é enorme. Porque às vezes, enfrentar um único inimigo, quando se está sozinho, assusta mais do que encarar vários com alguém ao lado.
7 – A Evolução dos Infectados: Eles Estão Pensando Agora?

Algo sinistro está acontecendo em The Last of Us na segunda temporada. No episódio em que Ellie e Dina exploram o Mercado Greenplace, uma descoberta aterradora é feita: os infectados não são mais tão imprevisíveis como antes. Eles parecem estar pensando, se organizando. Estratégicos. O infectado que Ellie enfrenta no térreo não ataca de forma aleatória, como os monstros que vimos antes — ele age com propósito, quase como se estivesse calculando o movimento de Ellie.
Esse comportamento desconcertante leva Ellie a uma conclusão alarmante: os infectados estão evoluindo. Eles não são mais só uma ameaça cega e instintiva, mas criaturas capazes de pensar. Ellie compartilha suas observações com o conselho de Jackson, trazendo à tona uma possibilidade que ninguém estava preparado para enfrentar.

No jogo, a presença de novos tipos de infectados — como o temido “estalador” ou “tornado” — é constante, mas nunca se chega a sugerir que essa mudança se deve a uma evolução cognitiva. A ameaça sempre foi apresentada de maneira mais física, como mutações causadas pela infecção. Mas na série, a ideia de que os infectados estão se tornando mais inteligentes coloca o medo em um novo nível. Não são só os corpos em decomposição que são perigosos, mas também as mentes que começam a agir em conjunto.
Se isso for verdade, o futuro de Jackson e de todos os sobreviventes se torna ainda mais incerto. Eles não estão apenas fugindo da morte — agora, eles estão fugindo de inimigos que podem pensar como eles. E isso é aterrador.
8 – A Mordida de Ellie

A série de The Last of Us tem se distanciado de alguns pontos do jogo para criar sua própria narrativa, e a cena no Mercado Greenplace não é exceção. Durante o confronto com os infectados, Ellie, em um movimento instintivo, acaba sendo mordida na barriga.
Para ela, a dor é apenas um lembrete de que, por mais que seu corpo esteja imune, o mundo ainda pode lhe causar feridas. Mas essa mordida extra tem um peso maior — não porque ela vai morrer, mas porque precisa esconder isso de Dina e dos outros em Jackson. O segredo se torna uma carga a mais.
Esse evento é um desvio em relação ao jogo. Em The Last of Us Part II, Ellie nunca é mordida nesse local específico — e, no geral, ela já lidou com tantas feridas e perigos que a mordida na barriga quase parece uma velha amiga. Mas este não é o único momento em que a série explora essa vulnerabilidade. Na primeira temporada, Ellie é mordida pela segunda vez — uma mordida no braço, que no jogo original jamais aparece.
A escolha de revisitar essa cena, de dar a Ellie mais uma mordida, é mais do que um simples truque narrativo. Ela reforça um ponto crucial: mesmo imune, Ellie não está livre da dor e dos traumas que o apocalipse impõe. Cada mordida carrega consigo um peso emocional, um lembrete de que, por mais que ela lute, a sobrevivência nunca será simples.
É interessante notar que, embora as mordidas se repitam na série, elas não são apenas repetição — são símbolos de resistência.
9 – A Invasão Silenciosa de Jackson
No final do primeiro episódio da segunda temporada de The Last of Us, uma cena sutil e arrepiante levanta mais do que uma simples preocupação — ela sugere uma nova ameaça. Um cano velho, parcialmente enferrujado, está repleto de algo estranho. Lá, uma videira cordyceps começa a crescer, estendendo-se como uma teia que se infiltra no assentamento de Jackson. As raízes se espalham silenciosas, como se estivessem aguardando a hora certa para explodir em caos.
Esse momento, misterioso e inquietante, não existe no jogo. Portanto, ele aponta para uma alteração significativa na narrativa da série. Jackson, o último refúgio de humanidade, pode estar prestes a enfrentar uma ameaça diferente e mais visceral do que as hordas de infectados que já conhecemos. Essa mudança pode ser uma pista sobre o retorno dos esporos, um elemento crucial da jogabilidade de The Last of Us, mas que havia ficado ausente na primeira temporada da série.
No jogo, os esporos não são apenas um perigo físico, mas um símbolo da constante luta entre a sobrevivência e a ameaça invisível. Eles têm o poder de transformar um simples passo errado em uma sentença de morte. Agora, com a introdução das videiras cordyceps e os esporos possivelmente voltando para a história, a tensão cresce, deixando claro que Jackson, até então uma ilha de segurança, pode ser o próximo local a ser invadido por essa nova forma de infecção.
A pergunta é: será que, assim como as videiras, os esporos estão se espalhando em Jackson? Ou isso é apenas o começo de algo muito mais sombrio?
10 – A Nova Linha do Tempo
Uma das mudanças mais notáveis que The Last of Us sofreu na sua adaptação para a HBO é a linha do tempo. Na versão da série, os eventos acontecem de forma bem diferente do que os fãs do jogo estavam acostumados. No universo do jogo, o surto do vírus Cordyceps ocorre em 2013, e os acontecimentos seguintes se desenrolam até 2033. Já na série, o surto é antecipado para 2003, e a primeira temporada acontece em 2023, com o impacto do apocalipse bem mais recente.
O que mais chama a atenção, porém, é o fato de The Last of Us Part II, que no jogo se passa em 2038, ser transportado para 2029 na versão da HBO. Essa mudança de datas pode parecer pequena, mas ela tem o poder de alterar a dinâmica e a percepção do futuro apocalíptico da história. O que antes parecia um futuro distante e sombrio, agora se aproxima, tornando o cenário da série mais urgente e próximo.
Com isso, a série faz uma jogada interessante, ajustando o tempo para que os eventos, personagens e situações se conectem de maneira diferente com o mundo ao nosso redor. A linha do tempo da HBO não é apenas uma mudança cronológica, mas uma forma de reposicionar o enredo, dando mais peso e proximidade ao futuro devastador que se aproxima.
Agora, com a história se movendo para 2029, a tensão no ar se torna mais palpável. O que isso significa para os sobreviventes, e principalmente para Ellie e Joel, é uma questão que pode trazer novas camadas à narrativa — um futuro mais próximo, mais imediato e, sem dúvida, mais ameaçador.
11 – Benjamin: Uma Nova Geração em Jackson

No meio do caos e das feridas mal cicatrizadas do mundo de The Last of Us, a série da HBO planta uma semente de esperança. E essa semente tem nome: Benjamin. Filho de Maria e Tommy, o garoto surge como um raio de luz em meio ao cenário cinzento da segunda temporada. Embora não exista nos jogos, sua presença adiciona uma camada emocional inédita à trama.
Em uma das cenas mais suaves do episódio, Benjamin aparece ao lado de Joel. A conversa entre os dois não gira em torno de estratégias ou sobrevivência, mas sim do que há além dos muros de Jackson. Joel, com um jeito meio rabugento, mas cheio de afeto contido, explica as coisas ao garoto como quem revela segredos de um velho mundo esquecido. A cena é leve, até doce, e carrega a naturalidade de um laço familiar — um tio de poucas palavras, mas olhar atento, e um sobrinho curioso, querendo entender tudo ao redor.
Essa adição à série, simples à primeira vista, funciona como um símbolo: mesmo em tempos tão escuros, a vida insiste em continuar. Benjamin representa o que Joel, Tommy e Maria estão tentando proteger — não só fisicamente, mas emocionalmente também. Ele é o que restou da humanidade: a infância, a descoberta, a possibilidade de um futuro que não seja apenas dor e luta.
Se o mundo lá fora ainda grita, em Jackson há pelo menos uma voz nova, pequena e promissora, fazendo eco entre as ruínas.
12 – A Conversa que Nunca Aconteceu

Entre a dor e o perdão, existe um momento. Um instante em que as palavras certas poderiam curar o que parecia impossível. Em The Last of Us Part II, esse momento vem logo após o Baile de Jackson. Joel, sentado na varanda com seu violão, deixa a melodia preencher o silêncio, enquanto Ellie chega com o coração pesado. Ela fala sobre a culpa de ter sobrevivido, sobre o fardo de não ter sido a cura para o mundo. E Joel, com aquele olhar firme e voz calma, diz que não se arrepende e que faria tudo novamente.
Essa breve conversa, embora pequena em duração, carrega o peso de uma vida inteira. É o que impede Ellie, lá na reta final do jogo, de afundar de vez na escuridão. Quando ela está prestes a matar Abby, é essa lembrança que acende uma última fagulha de humanidade nela. Joel morreu em paz com suas escolhas, e Ellie entende que continuar o ciclo de ódio não o trará de volta.

Mas na série da HBO, essa cena… simplesmente não acontece. Pelo menos não ainda.
No primeiro episódio da segunda temporada, vemos Ellie atravessar o cenário do baile sem sequer olhar para Joel. A mágoa entre eles ainda é bruta, uma ferida aberta que sangra em silêncio. E aí surge a dúvida: sem essa conversa, sem esse fio de redenção entre os dois, quem Ellie será quando o momento da escolha chegar?
O vazio deixado pela ausência desse diálogo não é só uma escolha narrativa — é um prenúncio. Um eco de que a série pode estar trilhando caminhos diferentes, e talvez mais dolorosos.
Sua vez, amigo leitor. Tinha percebido essas mudanças na série The Last of Us?