Durante a Brasil Game Show 2022 tivemos o prazer de entrevistar Ana Xisdê, uma das apresentadoras de eSports mais importantes do cenário brasileiro. Gostaríamos de agradecer a oportunidade, confira a entrevista abaixo:
Ana, a gente queria conversar com você um pouco sobre a questão de produção de
conteúdo e sobre a sua influência. Você sabe que hoje em dia você é uma grande
influência para muitas pessoas e principalmente para as mulheres que estão
começando nesse mundo de produção de conteúdo de games e de streamers. Eu
queria saber como você se sente sabendo que é uma grande inspiração.
Isso ainda é muito louco para mim, apesar de já estar trabalhando com isso há alguns anos.
Existe uma linha tênue em inspirar e conectar essas pessoas, ao mesmo tempo em que
estou fazendo meu conteúdo porque eu curto, sabe? Então é uma coisa maluca de
processar no dia-a-dia e de pensar que se eu estou afim de fazer esse conteúdo eu vou lá e
faço. Mas sinto que o conteúdo inspira! Mas eu fico muito feliz de poder ser eu mesma e
fazer algo que eu amo, além de poder ter um impacto positivo na nossa comunidade.
Como é essa relação da sua vida em questão de produzir conteúdo e como você
consegue balancear isso tudo?
Vida pessoal? O que é isso? [risos] Brincadeira! Para mim, tudo é muito atrelado porque eu
sou um pouco viciada em trabalho, eu admito. Minha vida é o meu trabalho e eu sou muito
apaixonado por tudo aquilo que eu faço. Quando a gente cria um conteúdo que a gente se
identifica, muitas vezes ele acaba se tornando uma extensão da nossa vida pessoal. Então
não é fácil de conciliar sempre, mas eu acho que tudo faz parte do trabalho em algum grau.
Essa coisa de gerar conteúdo de uma forma verdadeira foi o que eu tentei passar para os
meus mentorados lá no Stream Battle do Banco do Brasil e que até foi divertido naquele
momento porque o pessoal tava lá querendo fazer Live e eu pude mostrar que ela era uma
extensão da nossa vida. Tudo se conecta quando estamos falando de uma pessoa
apaixonada pelo que faz e que faz um conteúdo capaz de se identificar.
Depois de 2 anos de pandemia, como tá sendo essa BGS, fala um pouco pra gente
sobre a sensação de reencontrar o público
Ana: Olha, nem me fala. Eu até costumo falar pra galera entender o motivo que levou os
games a bombarem tanto na pandemia. O gamer já é intrínseco da internet, a gente nasceu
na Internet. Os campeonatos, em sua grande maioria, acontecem totalmente online. Então
ter rolado a pandemia, não impactou tanto os jogos assim quanto impactou outras áreas,
mas me impactou. Quando você começa a trabalhar como caster, como apresentador, você
começa no online e quando você vai pro presencial, é como uma quebra de barreira, sabe?
Eu me encontrei no presencial, eu amo o presencial!!! Mesmo que seja em estúdio, com a
presença do público fica melhor ainda. Os dois anos de pandemia foram pesados pra mim,
mas estar voltando tá trazendo aquele sentimento de gratidão. Sabe aquela coisa de que
você não sabe até perder? De não saber o quanto é bom até perder aquilo? Então eu tô
muito feliz de estar de volta, de estar apresentando o palco principal aqui da BGS, é uma
responsabilidade estar trazendo todas as ativações e os campeonatos que acontecem no
palco mas eu tô muito feliz e eu espero que a gente nunca mais tenha que passar por uma
situação daquela, eu quero mais é o presencial mesmo!
Se você pudesse dar uma dica pra quem quer ser caster, apresentadora, o que você
falaria pra essa pessoa?
Ana: O importante é começar. Se você não é visto, você não é lembrado na Internet. E, ao
mesmo tempo, melhor feito do que perfeito. Você tem que se preparar, existem muitas
iniciativas acontecendo na Internet depois da pandemia. O mercado de games avançou
bastante e ainda não tem gente o suficiente para preencher todas as vagas que foram
abertas. Então eu acho que quanto mais você vai atrás, faz e se prepara, mais chances
você tem. É uma janela de oportunidades que se abriu agora após a pandemia que é
perfeita para quem quer começar. A única coisa é: tem que fazer. Se prepara o máximo
possível e vai lá e faz. Ah, não sei por onde começar, tem que fazer o próprio. Essa é minha
dica. Por exemplo: quer ser jornalista de games? Abre um blog. Estuda e faz as matérias do
jeito que você acha que deve. Quer ser caster, comentarista? Vai atrás, grava uns vídeos,
faz algumas coisas relacionadas. Assim você ganha experiência e portfólio. Eu mesma não
fiz isso, mas precisamos aprender com meus erros.
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