RTS são jogos não tão populares em 2022, ficando muito mais voltados para um nicho de jogadores de PC – e conforme suas extensões técnicas vão aumentando, mais díficil se torna que eles sejam comumente espalhados para uma maior gama de jogadores.
Entre os títulos mais conhecidos e recentes, a franquia Company of Heroes se destaca bastante. Mostrando confrontos na Segunda Guerra Mundial, a série terá o lançamento de seu terceiro título em fevereiro do próximo ano – muito esperado por fãs e que promete mudar e inovar ainda mais os conflitos táticos na grande guerra.
O Desconto em Games teve a oportunidade de testar o título antes de seu lançamento, e narramos a experiência e as impressões iniciais a seguir. Confira:
Mais tática em momentos conhecidos
Eu jogo Company of Heroes desde o primeiro título, e o que me deixou mais feliz em experimentar o terceiro título da série foi o fato que o jogo parece ter recuperado parte da velocidade que o segundo título havia sacrificado em prol dos combates em mapas maiores – fato que continua presente no novo título, mas com maior verticalidade e com mais destruição granular, permitindo que novos obstáculos apareçam dependendo do impacto de um tiro de canhão.
Outra parte que muito me surpreendeu, e é uma grande mudança, é a Pausa Tática, um modo em que o jogo inteiro é paralisado para que os jogadores possam escolher e delegar ações para seu exército de maneira mais observatória, quase como que um jogo de turno. Ele me impressionou bastante por ser praticamente uma nova abordagem ao clássico jogo RTS, e embora exista em outros títulos do gênero, ver ela no contexto da segunda guerra mundial foi especialmente satisfatório.
No multiplayer, a função não está disponível, ainda deixando vivo os frenéticos embates do jogo, e confesso que foi uma experiência e tanto lutar contra colegas jornalistas no front norte-africano da Segunda Guerra com os novos mapas verticais. Essa nova configuração geográfica faz com que estratégias antes uteis nos jogos anteriores percam parte de sua eficácia, além de adicionar toda uma nova camada que pode ser aproveitada de diversas maneiras – seja de maneira a utilizar mais stealh para emboscadas, seja para frear tropas inimigas colocando barreiras ou mesmo servindo como iscas para as bases – uma escolha que modifica e muito o nível de atenção e as opções disponíveis para os jogadores.
Um olhar sobre um lado menos conhecido da guerra
No teste de Company of Heroes 3, também foi possível jogar algumas missões da campanha do título. A principal foi no front Norte-Africano da Segunda Guerra, que trouxe uma experiência pouca explorada em videogames sobre o conflito para meus olhos.
Somente uma missão era jogável, mas todos os recursos mencionados acima, como verticaldiade, balanceamento de tropas e também a Pausa Tática, estavam presentes, e junto das ferramentas narrativas, colocaram um tom de imersão que eu nunca antes tive em uma campanha de Company.
No fim, o meu tempo com o jogo foi breve, mas garanto que as impressões iniciais são muito positivas. Company of Heroes 3 tem tudo para ser um dos maiores títulos RTS disponíveis para PC, e com certeza uma das melhores abordagens para a Segunda Guerra já vista em videogames. Estou extremamente ansioso para fevereiro, quando a versão final for lançada.