Pouco mais de um mês após termos experimentado The Mageseeker, a Riot Forge nos presenteia com outra obra situado no rico universo de League of Legends: Convergence. Desenvolvido pela Double Stallion Games, a aventura nos coloca no papel de Ekko, personagem conhecido pela sua habilidade de manipular o tempo.
Será que o game com selo da Riot Forge merece ser jogado? Descubra nesse review!
Review de Convergence – A História
Bom, como o jogo é protagonizado por Ekko, se você conhece o personagem já sabe o que esperar da narrativa. Temos viagens no tempo, jovens marginalizados, disputas entre gangues e mistérios que envolvem salvar Zaun.
A ambientação é primorosa e o estúdio Double Stallion fez um trabalho impecável para aumentar a imersão de quem joga, principalmente se for alguém habituado com a franquia. Os cenários possuem personalidade e garantem ao jogo identidade própria, algo difícil no gênero metroidvania. Todos os diálogos possuem voz e, para minha grata surpresa: estão totalmente dublados! Isso ajuda demais na compreensão da história.
As missões principais duram entre 4 a 5 horas e podemos avistar (e batalhar) contra diversos personagens conhecidos de League of Legends. Não vou dar spoilers sobre quais, mas adianto que as habilidades de cada um foram bem transportadas para o game!
Apesar da duração curta, a narrativa no começo vai ser bem confusa para os jogadores sem conhecimento prévio sobre o universo. Diversos termos e grupos são apresentados em um curto espaço de tempo e só vão sendo explicados a medida que a história se desenrola. Para aliviar a situação, Convergence conta com um glossário que conta a história dos personagens e dos grupos presentes no jogo.
As cutscenes se fazem presentes e elas lembram muito desenhos da Cartoon Network, inclusive, não consigo deixar de pensar que foi proposital. As Crianças Perdidas de Zaun, grupo que Ekko faz parte, lembra muito a adorada KND: A Turma do Bairro. Rubra, Lem, Aximander e Encosto, os outros membros do grupo, lembram os personagens do desenho e foram integrados à jogabilidade!
O Mestre do Tempo
O estúdio foi genial em implementar a perícia de Ekko com mecânica na jogabilidade. Graças à sua personalidade inventiva, temos diversos gadgets que garantem complexidade ao combate e na travessia do mapa. Andar pelas paredes, energizar portas, congelar obstáculos, empurrar caixotes pesados com explosões de energia.. Convergence não reinventa a roda, mas ele personaliza as rodas e o veículo com sua própria identidade e o resultado é muito satisfatório!
Os gadgets e habilidades especiais de Ekko:
- Rebobinagem: Voltar no tempo por alguns segundos
- Cronoquebra: Quebra a própria linha do tempo causando uma explosão com alto dano
- Giratempo: Disco que causa distorção temporal e energiza portas
- Gancho e Placas: Permite deslizar nos cabos
- Solas Magnéticas: Permite andar nas paredes
- Convergência Paralela: Campo que desacelera uma área específica
- Mergulho Fásico: Distorção da realidade que permite Ekko se teletransportar para locais ou inimigos
- Segundo Salto
- Pulso Temporal: Sobrecarga que gera uma explosão capaz de empurrar objetos pesados
- Avanço Rápido: Impulso aéreo
No que diz respeito ao gameplay, o combate pode ser aprimorado ao aprender perícias com Encosto, um dos membros da gangue de Ekko. Essas perícias possibilitam a construção de novos combos usando as habilidades especiais do protagonista, além de incrementar o combate com a espada.
A principal mecânica de diferenciação de Convergence é a rebobinagem. Graças ao Revo-Z, uma espécie de relógio que fica nas costas do personagem, podemos voltar segundos antes de qualquer ação realizada. Isso acaba sendo uma mão na roda nas lutas e nas seções de plataforma. Levou dano? Volta no tempo! Caiu nos espinhos? Volta no tempo. Vale destacar que o uso do Rebobinagem é limitado. Você pode aumentar a quantidade de cargas ao entregar artefatos para Aximander e super recomendo fazer isso, visto que a habilidade ajuda a garantir a sobrevivência no jogo!
Por ser um metroidvania mais pautado na ação e não em elementos de RPG, não temos o conhecido sistema de loot aqui. Só temos três categorias de itens que podem ser equipados em Ekko e dois dos três são cosméticos. O mais importante são as Engenhocas, objetos criados com recursos raros que garantem bônus passivo ao protagonista. Os recursos para construir as Engenhocas podem ser obtidos ao abrir baús que quase sempre estão no final de trechos de plataforma desafiadores. Como habilitamos habilidades de travessia ao longo da história, o título acaba demandando que o jogador faça o conhecido backtracking para pegar esses baús. A interface do mapa poderia ser melhor e os colecionáveis poderiam ficar marcados no Free Roam após a campanha, uma bola fora na exploração!
Desempenho tunado
Tive a oportunidade de jogar a versão de PlayStation 5 e a experiência foi muito positiva. Não tive nenhum bug, crash ou queda de frame e os loadings estão super velozes. Claro que se tratando de um indie, isso era de se esperar, mas é válido destacar.
Os visuais seguem um estilo mais próximo da proposta cartoonesca e o trabalho sonoro é impecável. O time de localização da Riot Forge é absurdo e não fica devendo em nada para grandes produções. Como mencionei mais acima, todos os diálogos estão localizados em PT-BR. Os arquivos de texto também estão em nosso idioma, proporcionando que toda a lore construída pelo estúdio seja aproveitada por quem joga!
Review de Convergence – Vale a Pena?
Convergence é mais um excelente exemplar do tremendo esforço realizado pela Riot Forge em levar o universo de League of Legends para novos jogadores. Apesar do game estar enquadrado em um dos gêneros mais competitivos da atualidade, o projeto é um excelente metroidvania com identidade própria e que merece ser desfrutado pelos fãs do gênero!
PS: Este review foi feito com um código para PS5 cedido pela assessoria da Riot Forge!
Convergence é um ótimo metroidvania e se torna mais um jogo de boa qualidade com o selo Riot Forge. O universo League of Legends está sendo muito bem expandido!
- Narrativa e Lore
- Combate
- Conteúdo Secundário e Exploração
- Direção de Arte
- Som
- Desempenho