A diversão é um pilar essencial quando falamos de jogos de videogame. Usando e abusando da versatilidade e irreverência, diversos títulos buscaram apresentar aos jogadores visões realmente interessantes e atrativas. É talvez com este tipo de visão que a Ingame Studios e a 505 Games lançaram Crime Boss Rockay City, jogo de ação que desponta com um elenco estelar e um fator replay realmente curioso. Mas, afinal, será que o game vale a pena? Vamos descobrir.
Visuais
Os visuais de Crime Boss: Rockay City são bastante coloridos, como se emulassem de alguma forma os anos 90. Lembro-me de ver esta distribuição de cores quando joguei Serial Cleaners, game que também aborda atividade criminosa em épocas passadas. Rockay City nos traz luzes, glamour, reflexões e tudo o que a vida do crime pode prometer aos desavisados. A cidade é sempre colorida, tendo um toque especial em tudo que a tange. Os gráficos são bons, mas nada fora do comum. Não temos aqui uma super produção, mas também nada abaixo da média. Um ponto negativo são as expressões faciais que poderiam ser melhores.
História e jogabilidade
Na história e na jogabilidade, Crime Boss busca não se levar tanto a sério, emulando características de jogos como GTA e Payday. Trata-se de um shooter em primeira pessoa no qual é possível realizar diversas atividades que normalmente têm a ver com realizar roubos, confrontar criminosos ou mesmo a polícia e depois engendrar uma fuga. Existem diversos elementos que podem mudar as perspectivas dentro de uma missão sendo ela a existência de câmeras de segurança, do uso do stealth entre outros. O time do jogador pode ter até quatro pessoas que podem ser outros jogadores ou bots.
Um aspecto que acabou me decepcionando é o uso de atores famosos para interpretar papéis dentro do game. Temos nomes como Chuck Norris e Michael Rooker, mas não parece que nenhum deles traz importância significativa na atuação que justifique suas presenças. Isto em muito se deve ao trabalho das expressões faciais que muitas vezes não conversa com a dublagem. Outro aspecto negativo é a inteligência artificial dos inimigos, realmente abaixo da média e facilmente vencível.
Já algo que acabou me agradando é a maneira como é possível gerenciar o negócio do crime. É possível contratar novos capangas, vender itens ilegais no mercado negro e tomar territórios em um mapa personalizado.
Os modos de jogo são diversos. A campanha, por exemplo, possui elementos roguelike onde controlamos um chefão do crime disposto a tomar o controle da cidade após a morte do antigo rei do submundo. Algumas missões influem na história e outras podem levar à perda da campanha completa caso o protagonista tenha obrigatoriamente que comparecer e morra. Além disso, há um modo rápido e outro que envolve pequenas campanhas a serem executadas de forma cooperativa.
Como um shooter, Crime Boss Rockay City se sai bem e acaba divertindo, mas o fator de repetitividade é algo que pode acabar pesando.
Desempenho, trilha sonora e localização
Na plataforma onde o game foi jogado, o PlayStation 5, não houve perda de desempenho ou problemas técnicos. No que se refere à trilha sonora, ela apresenta bem um jogo de gângsters e chefes do crime, voltando a lembrar GTA em alguns aspectos. E na localização o game até que vai bem, tendo menus e legendas em português, mas há alguns erros que podem afetar a experiência do jogador.
O veredito para Crime Boss: Rockay City
Em suma, Crime Boss: Rockay City se coloca como um game que preza pela diversão – e alcança seu objetivo na maioria das vezes. É um jogo que vai entreter e atrair por sua proposta, mas que também pode cansar após algumas horas de jogatina. Entretanto, vale uma olhada e vale a pena para quem se interessa por um shooter irreverente, amigável e com elenco de ponta.
Obs: Esta review foi feita a partir de uma cópia fornecida pela Ingame Studios e 505 Games, a quem agradecemos.
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Crime Boss: Rockay City é um bom game que pode não superar os blockbusters de 2023, mas ainda assim divertir.
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