Lançado em 2001, RuneScape é realmente um peso pesado dos MMORPGs. Criado pela Jagex, empresa da Inglaterra, o game foi muito famoso para as crianças dos anos 2000 em várias partes do mundo – incluindo o Brasil. Mas por que RuneScape ganhou essa fama e como está o jogo atualmente?
Quando foi criado, a proposta de RuneScape era a de ser um game de mundo aberto online com um vasto espaço, atividades para jogadores gratuitos e um enorme conteúdo adicional para membros, isto é, pessoas que pagassem assinatura. O jogo rivalizava com outros títulos icônicos como Tibia, por exemplo.
O nome RuneScape tem a ver com a grande quantidade de runas mágicas que existem no mundo do game e que possuem papel preponderante na construção do lugar conhecido como Guilenor. RuneScape sempre foi muito convidativo a todos, possuindo um local chamado Ilha Tutorial onde os primeiros comandos eram ensinados. Posteriormente a Ilha Tutorial deu lugar a um prólogo, mas o jogo não deixou de ser hospitaleiro com os novatos.
Diferente de vários outros MMOs, não há classe em RuneScape. Somos humanos desde o início do games e podemos nos especializar nas chamadas habilidades. As habilidades possuem diversos focos e possuem usos diferenciados no ambiente. Por exemplo, um maior nível de ataque dá maior probabilidade de acertar um golpe, ao passo que um grande nível de defesa aumenta a chance de bloquear. Magia proporciona o acesso a feitiços a serem lançados. Oração fornece bençãos a serem usadas. Mas nem só de combate vive um aventureiro: com Agilidade é possível passar em lugares antes inacessíveis. Invocação dá direito a chamar para perto de si criaturas fantásticas. Roubo permite obter itens ou dinheiro de maneira facilitada. Corte de lenha, mineração, metalurgia, artesanato e pesca proporcionam diversos materiais interessantes. Com animações bem estilizadas os personagens interpretados pelos jogadores tornam o mundo ao seu redor mais vivo.
Os anos trouxeram à tona novas habilidades. Uma das mais emblemáticas e famosas é Dungeon, habilidade que coloca os jogadores para explorar as masmorras de Kallaboss com itens criados especificamente para o local. Outras adições foram Arqueologia e Invenção. Estamos próximos do lançamento de uma nova habilidade interessante: Necromancia.
Os jogadores também podem se divertir através de vários minigames e atividades espalhados pelo mundo. Um acessível a todos os jogadores é o chamado Punho de Guthix, onde é possível lutar com outros jogadores para obter recompensas. A cooperação dos jogadores é encorajada em clãs com fortalezas no céu (Zelda, é você?) e tarefas cooperativas.
O game possui diversas localizações icônicas. Os humanos, por exemplo, possuem as icônicas cidades de Lumbridge, Varrock, Faladore e Porto Sarim, além de vilas como Fronteiriça. Há espaço, porém, para muitos outros lugares: faz calor em Al-Kharid, vampiros caçam em Canifis e gnomos e elfos vivem ao leste. Existe uma Vila Bárbara, vários locais com neve e uma guerra interminável contra os trolls em Burthorpe. É possível até mesmo encontrar Camelot e o Rei Arthur! Em suma, há muitos lugares para se explorar e conhecer. E há a temida Terra Selvagem, local para o combate entre jogadores ou contra os temidos Revenants, fantasmas criados para assombrar o local.
Mas nada disso teria serventia se não houvesse muitos NPCs e uma lore rica. RuneScape é cheio de comerciantes, viajantes e histórias incríveis, criando um genuíno senso de aventura no jogador. O “recheio” do game são as missões, com uma boa quantidade podendo ser realizada de maneira isolada. Várias delas, porém, contam uma história conjunta ou são requisitos para outras missões mais difíceis e que causam alterações profundas no game. Elvarg, por exemplo, é um dragão que marca um momento icônico exigindo a visita a múltiplas regiões para que possa ser enfrentado.
No mundo do jogo interagimos com personagens de diferentes mundos, poderes e até mesmo podemos conhecer deuses. O universo do game possui entidades divinas como Guthix, Zamorak, Saradomin, Bandos e o misterioso Zaros. Muitas das missões envolvem o poder dos deuses sobre o mundo e também seus seguidores como os manipuladores mahjarrats Sliske, Zemouregal e Lucien. Tudo é muito rico e realmente faz o jogador se sentir parte do mundo com suas ações tendo grande participação em como o mundo de Guilenor é construído. A comunidade também sempre é reverenciada pela Jagex. Eventos com itens exclusivos não são raros e sempre dão uma experiência única aos jogadores.
E quais foram as principais mudanças que o game passou desde a sua criação e como isso impactou a comunidade? O RuneScape teve, a grosso modo, três versões. Cada uma delas denotava o período onde o game se encontrava de acordo com as possibilidades tecnológicas da Jagex e atualizações. Atualmente nos encontramos no chamado RuneScape 3.
Várias atualizações reverberaram em muito no número dos jogadores. Por exemplo, houve o banimento massivo de bots (que eram contas com programas utilizados por jogadores para poderem jogar AFK (Away From Keyboard), ou seja, não precisarem estar presentes durante as atividades desempenhadas.
Uma mudança que desagradou os jogadores foi a Evolução do Combate, que mudou níveis e tornou lutas mais complexas. Também houve novas formas de monetizar o game com a chegada de mecânicas como a Loja do Salomão.
O RuneScape apresentou um declínio de jogadores que foi posteriormente revertido. Atualizações de rotina não são raras e se somam a grandes conteúdos que sempre chegam principalmente aos membros. As histórias envolvendo deuses e monstros continuam tendo impacto em Guilenor e formam arcos que demoram anos para serem encerrados. Durante a pandemia muitas pessoas voltaram ao game e, com o relançamento de uma das primeiras versões do game (chamada de Old School RuneScape), para muitos a aventura ainda continua. Outra interessante adição foi a versão mobile do game, disponibilizando-o para Android e iOS. Para além disso, RuneScape também foi lançado para a Steam.
No momento em que este post está sendo escrito há 130 mil jogadores ativos em Guilenor – um número muito considerável. A comunidade brasileira ainda é presente no game e participa ativamente. Como podemos ver, o game continua ativo e demonstra ser um game icônico que resistiu à mudança de eras e subsiste até hoje. Longe de ser um jogo genérico, ele é uma grande experiência.
E você? Conhecia RuneScape? Quais são as suas experiências com o game?
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