Meu primeiro contato com o JRPG Dragon Quest Monsters foi na era do Nintendo DS com o icônico Monsters Joker 2. Embora tenha sido uma experiência relativamente divertida na memória de uma criança, a franquia acabou passando batido por longos anos até a chegada triunfal de The Dark Prince para Nintendo Switch.
Apresentando uma narrativa envolvente e dramática, o jogo consegue recuperar sua essência e não tem medo de ousar com mecânicas já conhecidas da franquia Pokémon. Hoje você irá conhecer o universo de Monsters e caçar mais de 500 criaturas que podem ser domadas para o combate!
Esta Review foi produzida graças a um código de Nintendo Switch cedido gentilmente pela Square Enix!
Pode ficar tranquilo(a), esta análise é totalmente livre de SPOILERS!
Os traumas de Psaro
Dragon Quest Monsters: The Dark Prince apresenta a história de Psaro, um jovem que sofre as consequências de um ataque brutal do rei demônio. Ao tentar proteger a sua mãe, o garoto sofre uma maldição que impossibilita infligir danos aos monstros da região, tornando-se um guerreiro fraco e sem habilidades. Com sede de vingança, o garoto sai em busca de respostas e encontra uma forma de domar e treinar os monstros que estão espalhados pela cidade.
O trajeto para colocar um fim no demônio Nadiria acaba se tornando ainda mais divertido com a ajuda de novos amigos que os jogadores farão no caminho. Embora seja um desejo do garoto, Psaro precisa enfrentar as consequências de seus atos já que a maldição o transforma em um ser híbrido (metade humana e metade demônio). Com mais de 500 monstros colecionáveis, os jogadores terão uma experiência similar a franquia Pokémon presente no Nintendo 3DS e Nintendo Switch.
Apesar da sua narrativa simples, Dragon Quest Monsters: The Dark Prince é o exemplo ideal de um JRPG que segue em constante evolução e com melhorias significativas em seu sistema de combate, narrativa imersiva e variedade de inimigos/aliados. Para aqueles que são apaixonados por Pokémon, o JRPG da Square Enix implementa diversas mecânicas similares e transforma em uma experiência ainda mais divertida com uma variedade grande de inimigos.
Com aproximadamente 500 monstros, os usuários poderão fazer novas buscas no universo do game ou coletar através da exploração.
Combate e captura de inimigos
Assim como nos títulos anteriores, Dragon Quest Monsters utiliza o sistema de combate por turnos com até 4 monstros para a equipe. Ao finalizar o ataque, os jogadores poderão coletar experiência (XP) para compartilhar com sua equipe e desbloquear novas habilidades para chegar mais próximo do rei das trevas. É importante ressaltar que os inimigos possuem fraquezas que podem ser utilizadas a favor para coletar novos monstros e adicionar na equipe ou simplesmente derrotá-los.
Ao concluir cada batalha, recebemos pontos de habilidade que podem ser utilizados como uma árvore de talentos. Cada vez que os monstros de um jogador evolui, novos pontos são distribuídos para complementar seu poder. É possível utilizar dois monstros idênticos, porém, as habilidades podem ser substituídas para operar diferentes estratégias durante o combate.
A franquia também utiliza um novo sistema de captura, onde é possível obter uma somatória de pontos para domar um inimigo. Se sua equipe conta com 4 monstros, seus ataques se tornarão ainda mais poderosos, deixando o monstro atordoado e com mais chances de ser capturado.
Para aqueles que não estão familiarizados com os títulos da franquia Pokémon, Dragon Quest Monsters: The Dark Prince coloca os jogadores em um mapa aberto com missões e objetivos secundários repletos de monstrinhos que irão tentar afastar os jogadores de seus objetivos. É justamente isso que torna o jogo brilhante! O mundo aberto é vasto e cheio de locais misteriosos que podem ser explorados, além de um belíssimo sistema de combate responsivo e que combina com a adição de uma biblioteca vasta de monstros.
Durante o combate, os jogadores poderão utilizar os seguintes movimentos:
- Fight – Atacar o inimigo
- Orders – Escolher outros inimigos para atacar
- Scout – Capturar novos monstros
- Tactics – Habilidades especiais para causar mais dano nos inimigos
- Items – Itens de cura de HP e MP
- Change Party – Alterar a ordem dos ataques dos inimigos
- Flee – Escapar de combates
A sensação de estar jogando Pokémon Legends: Arceus é gigante, dando um tom de liberdade nunca antes visto na franquia. Os colecionistas e apaixonados por 100% poderão vibrar com uma narrativa que gira em torno de 50 ou mais horas! É importante ressaltar que este é um valor estimado e poderá variar de jogador para jogador.
O modo online também é uma excelente adição para aqueles que gostam de colocar seus monstros para batalhar em pequenas arenas. Embora seja divertido batalhar com outras pessoas ao redor do mundo, a falta de partidas online pode acabar interferindo na experiência final do usuário. Sinto que um modo cooperativo poderia ser adicionado para tornar a experiência ainda mais imersiva e colecionar novos monstros com seus amigos.
Gráficos e desempenho
Embora não seja um dos maiores destaques de Dragon Quest, os gráficos são aceitáveis e cumprem muito bem com seu papel no modo Dock ou portátil. O jogo mantém a mesma estética dos títulos anteriores, entretanto, podemos notar um grande avanço nas expressões de alguns personagens e monstros durante o combate. Algo que torna a experiência ainda mais imersiva é a variedade de inimigos presentes no game, oferecendo designs interessantes e carismáticos de antigas e novas criaturas.
Mas nem tudo são as 1000 maravilhas… Dragon Quest Monsters: The Dark Prince sofre com problemas de desempenho gravíssimos durante toda a gameplay. Dentre eles, podemos descrever inúmeras quedas de frame, congelamentos, pop-ins (itens de cenário que aparecem de repente) e travamentos durante o combate que agravaram no encerramento do game no portátil.
Em suma, o game oferece um level design interessante e que força os jogadores a explorarem para obter novas recompensas e encontrar inimigos especiais que podem ser recrutados.
O maior problema de Dragon Quest
Sabemos que o JRPG é um gênero em constante evolução e crescimento no Brasil, porém, a falta de legendas em português do Brasil (PT-BR) pode acabar afastando novos jogadores. Por se tratar de um jogo focado em sua narrativa e combate, a ausência de legendas em diversos momentos de diálogo tornam a experiência pouco acessível.
É claro que este fator não interfere na qualidade final do projeto, entretanto, a falta de legendas é um ponto que deve ser considerado pelas empresas. Em uma pesquisa realizada pela Global Games Market Forecast, o Brasil movimenta aproximadamente R$ 12 bilhões ao ano, colocando nosso país em evidência e tornando-se líder em receita no setor na América Latina.
Review de Dragon Quest Monsters: The Dark Prince – Vale muito a pena!
Com novas mecânicas e fortes inspirações em Pokémon, Dragon Quest Monsters: The Dark Prince é a experiência definitiva da franquia! Como uma forma de aproximar ainda mais os jogadores desta narrativa emocionante, o jogo busca manter o mistério por trás dos ataques misteriosos do demônio. Apesar de toda a experiência imersiva, os problemas de desempenho constantes podem acabar afastando os jogadores e tornar a experiência frustrante. É claro que estes problemas podem ser corrigidos futuramente com breves atualizações da Square Enix.
De modo geral, os apaixonados pelo spin-off podem vibrar com novas mecânicas de combate e com um sistema similar ao da franquia Pokémon. Neste vasto mundo repleto de monstros, é impossível não sentir vontade de explorar todos os ambientes e completar todo o bestiário. Sem sombra de dúvidas, Dragon Quest Monsters: The Dark Prince é uma carta de amor para os fãs das obras de Akira Toriyama e uma experiência definitiva para os donos de um Nintendo Switch. Apesar de seu preço salgado, o jogo é fiel e poderá render horas de diversão para os apaixonados em colecionismo!
Dragon Quest Monsters: The Dark Prince é uma carta de amor para os fãs da franquia! Embora o jogo sofra com problemas de desempenho, podemos destacar uma experiência narrativa profunda e cheia de reviravoltas imersivas!
- História
- Jogabilidade
- Gráficos
- Trilha Sonora
- Desempenho