Quem não se lembra de Shawn Layden, antigo CEO da PlayStation? O ex-executivo da gigante japonesa foi entrevistado pela GameBeat e expôs sua visão a respeito do tamanho dos jogos atuais. De acordo com Layden, é preciso voltar atrás em termos de ambição nos jogos, e ele enfatiza que isto não tem a ver com criatividade ou ambição de proporcionar entretenimento. O que Layden se refere é o tamanho dos títulos, apontando que é preciso ter histórias de 15 a 20 horas novamente. Ainda de acordo com Layden, as pessoas estão envelhecendo, com muitos entusiastas saindo de seus 20 para 30 anos, e com isso os que antes possuíam mais tempo e menos dinheiro agora possuem mais dinheiro, porém menos tempo. Por isso, na sua visão, é difícil que uma pessoa coloque em seu estilo de vida um jogo com 80 horas, para citar um tempo que um grande jogo AAA leva para ter todos os seus conteúdos concluídos. Layden exemplifica isso mencionando que possui Red Dead Redemption 2 lacrado até hoje.
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A fala de Layden vem em um momento no qual muitos títulos da indústria estão mais inchados, com muito conteúdo mas também atividades desnecessárias. Essa ampliação do escopo dos jogos veio em um contexto no qual os consumidores não se sentiam mais confortáveis em jogar uma aventura de apenas 4 a 6 horas e também na esteira de grandes sucessos como The Witcher 3: Wild Hunt, um jogo massivo com múltiplos pontos de interesse e regiões exploráveis. Alguns jogos que tentaram replicar isto, porém, o fizeram da maneira incorreta criando atividades repetitivas e desinteressantes, efetivamente criando barrigas na gameplay e desmotivando o jogador. Hoje em dia já há um movimento contrário a jogos muito grandes, com a existência de spin-offs e títulos mais enxutos como Marvel’s Spider-Man: Miles Morales e Marvel’s Spider-Man 2 no PlayStation, Assassin’s Creed Mirage na Ubisoft e Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name, da Sega.
Fonte: GameBeat
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