Uma narrativa de impacto não precisa ser construída apenas por meio de diálogos, bastando apenas gestos ou pequenos detalhes visuais que conseguem transmitir uma grande quantidade de informações. Bom, pelo menos é assim que me senti ao jogar One Last Breath! Com pouquíssimos detalhes sobre sua narrativa e diversas paisagens deslumbrantes, o jogo explora o lado emocional do ser humano, criando um vínculo com uma personagem que poderá ser a última salvadora da humanidade.
A Terra está doente, as pessoas estão perdidas e nós somos os verdadeiros causadores de todo esse impacto. Embarque em uma jornada épica por um mundo devastado onde apenas os jogadores serão capazes de resgatar as origens da vida!
Esta Review foi produzida graças a um código de PS5 cedido gentilmente pela Moonatic Studios!
Pode ficar tranquilo(a), esta análise é totalmente livre de SPOILERS!
As origens da vida
Embora ofereça uma narrativa sem diálogos, One Last Breath é um jogo que mexe com os nossos sentimentos e nos aproxima de Gaia, uma jovem guerreira que tem a capacidade de controlar o meio ambiente. Nosso principal objetivo é recuperar a vida na terra mesmo em um período pós-apocalíptico causado por todas as barbaridades causadas pelos humanos.
Conforme progredimos na campanha, teremos acesso a novos biomas (que estão devastados com a morte de animais) e descobrimos um laboratório misterioso que está por trás de todos os efeitos que causaram a extinção da humanidade. Mas não pense que esta será uma tarefa fácil! Com a extinção de algumas espécies, novas criaturas abomináveis estão rondando a terra e procurando uma forma de sobreviver atacando Gaia.
Em diversos trechos durante a gameplay, os jogadores deverão conectar troncos, subir em caixas, arrastar objetos e até mesmo utilizar o gancho para atingir áreas que são inalcançáveis apenas com o salto humano. Estas mecânicas funcionam como pequenos puzzles, garantindo horas de diversão em meio a um universo devastado. Embora pareça complexo, o game pode ser finalizado em até 2 horas, revelando novos detalhes sobre a campanha caso os jogadores consigam coletar todos os totens (itens colecionáveis).
Em suma, a experiência de One Last Breath é imersiva e desperta a curiosidade dos jogadores do começo ao fim com uma campanha sem diálogos, mas muito expressiva!
Gráficos e ambientação
Utilizando um ângulo 2.5D durante toda a campanha, a ambientação e gráficos de One Last Breath não deixam nada a desejar! Todas as áreas do game despertam a curiosidade dos jogadores, transmitindo mensagens através de objetos de cenário, ambientes com inimigos, animais que rondam a floresta e até mesmo uma fábrica que esconde segredos diabólicos.
O jogo não apresenta gráficos ideais para os consoles de nova geração, entretanto, seu ângulo de visão é capaz de tornar tudo ainda mais bonito e caprichado. É impressionante todo o empenho exercido pelo estúdio e seus desenvolvedores!
Trilha Sonora e efeitos sonoros
Com uma trilha sonora envolvente que varia de acordo com o bioma, os jogadores poderão presenciar e sentir momentos únicos de solidão, desespero e liberdade. Todos estes sentimentos estão alinhados com efeitos sonoros que impactam no ambiente, criando ruídos, ecos, gritos de inimigos e desespero de animais que estão sofrendo com as perdas.
Tive a oportunidade de jogar One Last Breath utilizando um headset, onde fui capaz de sentir um vazio imenso e solidão interna. Para aqueles que pretendem aproveitar a experiência ao máximo e torná-la ainda mais imersiva, recomendo utilizar um soundbar compatível com o som surround.
Não restam dúvidas… O estúdio foi capaz de criar uma experiência técnica que está em “extinção” em um mercado de games tão vasto!
Poderia ser melhor…
Mesmo tratando-se de uma experiência imersiva, a versão de PlayStation 5 de One Last Breath não oferece suporte para o DualSense, deixando de aproveitar a implementação dos gatilhos adaptáveis e do feedback háptico. Embora passe desapercebido por muitos jogadores, senti falta destes recursos que poderiam tornar tudo ainda mais complexo e emocionante.
Durante toda a minha gameplay, não sofri com nenhum problema de desempenho com quedas de frame ou crashes que pudessem atrapalhar o game.
Review de One Last Breath – Vale a Pena?
One Last Breath me surpreendeu do começo ao fim, principalmente com a implementação de uma câmera 2.5D similar a jogos como Little Nightmares e Bramble: The Mountain King. Mesmo apresentando uma narrativa curta e que pode ser finalizada em apenas 2 horas, o jogo me ofereceu uma experiência imersiva que acabou despertando os meus maiores medos.
Em diversos trechos, podemos sentir todo o impacto humano causado, refletindo em uma sociedade que está completamente doente e fora de si. Todos estes aspectos estão presentes em nosso cotidiano, onde empresas causam desmatamentos, destruição de fauna e flora, além de afetar espécies e causar a extinção.
One Last Breath com certeza vale o seu tempo, gerando 2 horas ou mais de pura reflexão no dia-a-dia! O game já está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S, Nintendo Switch e PC.
One Last Breath é uma grande surpresa para os jogadores, transmitindo sensações únicas de solidão e desespero em um mundo que está sendo afetado com as consequências das obras humanas!
- História
- Jogabilidade
- Gráficos
- Trilha Sonora
- Desempenho