Nunca joguei nenhum título da franquia Tour de France, mas sempre reconheci sua relevância no mundo dos jogos esportivos. Portanto, quando decidi experimentar e produzir esta review de Tour de France 2025 no PlayStation 5, fui movido pela curiosidade e pela expectativa de vivenciar uma modalidade pouco representada nos videogames. O resultado foi uma experiência sólida, imersiva em muitos momentos, e capaz de capturar bem a atmosfera das grandes competições de ciclismo.
Apesar de algumas limitações pontuais, o jogo entrega aquilo que se propõe: colocar o jogador na pele de um ciclista profissional durante as provas mais prestigiadas do calendário. A apresentação visual é competente, a jogabilidade oferece um bom nível de controle e estratégia, e há um esforço claro da Cyanide Studio em trazer autenticidade à simulação. Entretanto, ressalto que o jogo não possui localização para PT-BR, então precisar ter um certo conhecimento de inglês.

Diversidade de corridas e imersão nas etapas
Mesmo com o nome Tour de France estampado na capa, o jogo vai além da tradicional prova de três semanas. É possível disputar outras competições consagradas como a Paris-Roubaix, a Clássica das Folhas Caídas e até participar do inédito Circuito Grand Est — criado exclusivamente para o jogo. Assim, a variedade de percursos e tipos de terreno ajuda a manter a experiência interessante, especialmente para quem busca desafios diferentes.

As 21 etapas do Tour estão presentes com um bom grau de fidelidade, e a transição para a Unreal Engine 5 trouxe melhorias visuais notáveis. O PlayStation 5 consegue manter uma performance estável, com carregamentos rápidos e cenários detalhados, mesmo que a modelagem dos ciclistas não seja impressionante. No geral, há uma sensação de autenticidade, reforçada pela presença de equipes e atletas reais — embora nem todos tenham licenciado seus nomes.

A atmosfera de competição é convincente, especialmente quando os sons da multidão e do vento se misturam ao esforço constante do pelotão. Pedalar por longos trechos pode ser quase meditativo, enquanto preparar um ataque na subida final exige atenção total. O uso do controle DualSense também acrescenta à imersão, com respostas táteis que variam conforme o terreno ou o esforço exigido.
Sistema de energia e estratégias de corrida
A jogabilidade se baseia no controle direto de um ciclista. O jogador gerencia o ritmo da pedalada, o momento ideal para usar energia extra e a hora certa para reduzir a velocidade em curvas mais perigosas. Dois indicadores — uma barra azul para esforço contínuo e uma barra vermelha para ataques — ajudam a controlar os limites físicos do atleta.

Além disso, cada ciclista começa a corrida com um Energel, que pode ser reabastecido em zonas específicas ao longo do percurso. Já o Turbogel, disponível mais perto do final, serve como um impulso extra para sprints ou ataques decisivos. Assim, o jogo incentiva uma leitura estratégica da prova, tornando cada etapa uma oportunidade de experimentar abordagens diferentes.
Gostei bastante da forma como o jogo exige inteligência tática. Não basta pedalar o mais rápido possível — é preciso proteger o líder da equipe, saber quando trabalhar para os colegas ou se beneficiar do esforço dos adversários. Ainda que as opções de comando não sejam extremamente complexas, há espaço para escolhas inteligentes que fazem a diferença nos momentos-chave.

Opções de modos e personalização
Tour de France 2025 também oferece modos adicionais que ampliam a vida útil do jogo. O modo “Meu Critério”, por exemplo, permite criar corridas personalizadas com regras específicas, como distância, terreno e zonas de alimentação. É uma forma eficaz de experimentar novos desafios e testar formações diferentes com sua equipe.

Além disso, os desafios diários e as classificações com recompensas visuais — como camisas especiais — ajudam a manter o interesse a longo prazo. O conteúdo não é gigantesco, mas é bem aproveitado. O título ainda conta com elementos básicos de gerenciamento, embora os fãs mais dedicados a essa parte provavelmente encontrarão mais profundidade em Pro Cycling Manager 2025, da mesma desenvolvedora.
Som e apresentação geral
O design sonoro cumpre seu papel. Os efeitos de ambiente, como o som do vento, da bicicleta e da torcida, são bem colocados e ajudam na imersão. Já a narração durante as etapas traz informações úteis, mas as falas acabam se repetindo com frequência, o que pode cansar com o tempo. A trilha sonora está restrita aos menus, com músicas discretas e poucas faixas. Não atrapalha, mas também não impressiona.

Visualmente, o jogo se apresenta de forma competente. As paisagens são variadas, e a sensação de progressão ao subir uma montanha ou cruzar pequenos vilarejos é bem executada. No entanto, há espaço para melhorias nas animações dos atletas e na movimentação do pelotão, que às vezes parecem mecânicas demais. Ainda assim, para uma série que evolui de forma gradual, os avanços técnicos são notáveis.

Conclusão: um bom jogo para quem gosta de ciclismo
Finalizo minha review de Tour de France 2025 dizendo que o título é uma boa introdução à franquia para quem nunca havia testado os jogos anteriores, como foi o meu caso. A experiência de simular uma grande competição ciclística é bem construída, com foco na estratégia e no ritmo realista das provas. A variedade de modos, a boa ambientação e a jogabilidade sólida contribuem para um pacote coerente e satisfatório.
No entanto, o jogo ainda pode evoluir. Seria interessante ver a inclusão de outras grandes voltas, como o Giro d’Italia e a Vuelta a España, além de uma maior diversidade tática nas corridas. Pequenas melhorias no áudio e na variedade visual também seriam bem-vindas.
Assim, Tour de France 2025 entrega uma experiência que, mesmo sem grandes surpresas, consegue agradar. Para fãs de ciclismo ou jogadores em busca de algo diferente no gênero esportivo, vale a pena dar uma chance.
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Tour de France 2025 no PlayStation 5 entrega uma experiência sólida para fãs do ciclismo competitivo. A jogabilidade tática, o visual aprimorado com a Unreal Engine 5 e o foco no realismo são pontos que merecem destaque. No entanto, algumas escolhas de design e a ausência de licenças completas ainda impedem que o jogo alcance um patamar mais alto.
Um bom "Pedala Robinho"
- Visual bonito
- Estratégia realista
- Modo personalizável
- Interface intuitiva
- Uma boa porta de entrada para a franquia
Pedalar cansa e isso é chato
- Licenças faltando
- Áudio repetitivo
- Poucas novidades
- Multiplayer limitado
- Jogabilidade
- Gráficos
- Desempenho
- Diversão
- Conteúdo/Modos