Após passar um período em acesso antecipado, Wizard of Legend 2, foi lançado para os consoles e PC, marcando uma nova fase para a franquia. Desenvolvido pela Dead Mage e publicado pela Humble Games, Wizard of Legend 2 eleva a franquia para um novo patamar, trazendo diversas melhorias nesse segundo game.
Depois de ter jogado por diversas horas, ter me divertido com meus amigos e sofrido bastante, trago a vocês o meu review de Wizard of Legend 2. O review foi feito com base na versão de PS5.
Um novo ciclo
Logo nos minutos iniciais do jogo podemos perceber uma das mudanças mais palpáveis em Wizard of Legend 2. O estilo visual. O estúdio optou por seguir um caminho com gráficos cartoonescos e em 3D, abrindo mão do pixel art do primeiro. Essa mudança tornou as magias mais charmosas, graças às cores mais vibrantes.

A movimentação também teve uma leve mudança. O tempo de resposta das esquivas está mais ágil e a movimentação é mais livre. Isso vale tanto para o nosso personagem quanto para os inimigos, tornando os embates mais desafiadores.
Essa é uma sequência em todos os sentidos, fazendo com que o primeiro jogo tenha um ar meio que de protótipo e o segundo se trate da visão quase que final do estúdio para a saga. O estúdio Dead Mage é conhecido por Children of Morta e podemos ver que eles usaram toda a experiência prévia com roguelites nessa nova empreitada.
Sofrer com amigos é mais divertido
Um dos principais pilares de Wizard of Legend 2 é a presença de magos de vários elementos e isso é meio que refletido no sistema co-op do jogo. Podemos convidar amigos para participar das runs conosco e o mais legal é que cada amigo pode montar a própria build, tornando a run bem divertida.

Contudo, preciso confessar que eu senti que o jogo é bem nivelado para runs com até duas pessoas. Quando você passa a jogar em trio, a dificuldade passa a se tornar bem desproporcional e até o inimigo mais fraco causa bastante dano.
Também notei que certas vezes a HUD bugava, deixando de mostrar a quantidade de ouro, HP e cooldown das habilidades para o jogador convidado.

Em suma, essa modalidade é bem divertida, principalmente por permitir que o jogador mantenha os recursos permanentes após a run, contudo, ainda precisa de ajustes de balanceamento.
O caminho para se tornar um mago lendário
Antes de começar o jogo, temos que escolher entre 4 classes para termos nossas magias iniciais. Logo de cara temos as seguintes classes:
- Ar : Mobilidade elevada e ataques longo alcance
- Fogo: magias de curto alcance, dano contínuo e ataques em área.
- Raio: Foco em ataques a distância, ataques em cadeia
- Terra: Foco em habilidades corpo a corpo e defesa agressiva
- Água: Foco em controle de multidão com opções de magia de gelo e mais defensiva.
Todavia, vale ressaltar que ao escolher uma classe inicial, você não fica preso a somente essa classe. De certa forma ela serve para estabelecer suas magias iniciais, logo após algumas runs, você pode modificar e tendo liberdade de escolher as magias que tem mais preferência, indiferente do elemento.

Ao escolher minha classe, fui lançado no hub do jogo, onde fui apresentado aos NPCs e aos sistemas de progressão e confecção de builds.
Nesse mesmo hub temos a liberdade de personalizar nosso mago, alterando o traje e máscara. E claro, podemos habilitar o modo que queremos jogar, sendo cooperativo local, online ou solo. Tudo funciona de maneira bem intuitiva, mesmo para jogadores inexperientes no gênero.

Vale ressaltar que a cada chefe que matamos, temos a opção de fazer um upgrade em uma de nossas magias, alterando inclusive a sua forma de uso. Com isso Wizard of Legend 2 oferece uma variedade absurda de builds que chega a beirar as centenas de combinações.
Riqueza está nos detalhes
Como todo bom roguelite, temos um caminho tortuoso para chegar ao boss final, em Wizard of Legend 2 não é diferente. O jogo é dividido em 3 mapas, cada mapa possui 5 subregiões que são divididos em:
- 2 mapas para exploração, comprar ou trocar relíquias e magias, adquirir relíquia amaldiçoada, conseguir novas magias e claro fazer upgrade nelas.
- 2 mapas onde tem somente a batalha com um mini-boss, e após derrotar o mini-boss eu posso escolher qual magia eu gostaria de fazer um upgrade. Nesse ponto achei bastante interessante que esse upgrade muda completamente a magia que escolhemos fazer o upgrade.
- 1 mapa onde definimos se queremos recuperar toda nossa vida perdida durante os mapas ou aumentar nossa vida total e partir para o bioma seguinte.
Em alguns mapas, temos a opção de adentrar em um portal, nele ao derrotarmos alguns inimigos podemos escolher usar uma relíquia amaldiçoada. Essa relíquia oferece um benefício bastante poderoso, todavia possui um efeito colateral negativo bastante forte também.

Review de Wizard of Legend 2: Vale a pena?
Com uma jogabilidade viciante e um fator replay generoso, Wizard of Legend 2 é um ótimo roguelite. Graças à sua identidade fortemente pautada nas magias, ele consegue se diferenciar dos demais títulos do gênero e se posiciona como uma das opções de maior qualidade do grupo.

Se você curte roguelites a la Hades, que possuem combate frenético, e um desafio constante com uma ótima variedade de builds, super indico o jogo pra você!