The Drifter, novo título de aventura da Powerhoof, já é considerado por muitos um dos indies mais surpreendentes de 2025. Com uma proposta ousada — resolver o próprio assassinato —, o game combina narrativa envolvente, ambientação sombria e jogabilidade clássica de Point-and-Click, tudo isso embalado por uma estética pixel art cuidadosamente trabalhada.
Uma jornada para resolver o próprio assassinato
Desenvolvido ao longo de oito anos, The Drifter foi criado quase inteiramente por Dave Lloyd, um veterano da cena independente australiana. A paixão do desenvolvedor por aventuras gráficas clássicas transparece em cada aspecto do jogo. Desde os primeiros minutos, o jogador assume o controle de Mick Carter, um homem comum que, após um evento traumático, precisa desvendar uma conspiração enquanto tenta entender como morreu — e por que está vivo novamente.

Portanto, o título se destaca não apenas pelo enredo intrigante, mas também pela forma como conduz a experiência do jogador. O design dos quebra-cabeças é um dos pontos altos: desafiador, mas justo, nunca exigindo soluções absurdas ou combinações ilógicas.
The Drifter no topo da crítica
A recepção da crítica foi imediata e extremamente positiva. Lançado em 17 de julho de 2025 para PC (Steam e GOG), The Drifter já alcançou uma média de 86 no OpenCritic, com uma impressionante taxa de recomendação de 93%. Isso o coloca entre os 5% de jogos mais bem avaliados da plataforma neste ano, consolidando seu lugar como um dos adventures mais impactantes dos últimos tempos.

No Steam, os jogadores também estão respondendo com entusiasmo. Até o momento, o jogo possui 87,54% de avaliações positivas, conquistando o selo “Muito Positivo”. Mesmo com divulgação modesta, ele chegou a figurar no Top 150 de vendas da plataforma, um feito notável para um projeto de escopo tão contido.
Entretanto, o sucesso não se limita apenas à crítica. Jogadores elogiam a profundidade da história, o ritmo narrativo e a ambientação densa. As escolhas de direção artística e as referências aos clássicos dos anos 1990 evocam nostalgia, mas sem prescindir da originalidade.
Lançamento no Switch ainda em 2025
Embora, por enquanto, The Drifter esteja disponível apenas para PC, a Powerhoof já confirmou que uma versão para Nintendo Switch está em produção. A expectativa é de que o jogo chegue à eShop até o fim de 2025. Essa adaptação promete levar a experiência para um público ainda maior, sobretudo os fãs de portáteis, que tradicionalmente abraçam títulos narrativos e experimentais com entusiasmo.
A versão para consoles ainda não tem data de lançamento exata, mas a desenvolvedora garantiu que o port está sendo feito com o mesmo cuidado dedicado à versão original.
Outros grandes indies de 2025 — e por que The Drifter entra nessa conversa
O ano de 2025 tem sido extremamente positivo para os jogos independentes, com uma variedade de propostas criativas que rivalizam (ou até superam) produções AAA em inovação e impacto emocional. The Drifter, portanto, entra em uma lista cada vez mais impressionante de lançamentos marcantes. Confira alguns dos outros destaques:
- Tails of Iron 2: Whiskers of Winter – Uma sequência sólida, rica em combate tático e narrativa emocional;
- Ender Magnolia: Bloom in the Mist – Um metroidvania encantador com progressão orgânica;
- Despelote – Um indie poético e autobiográfico sobre infância e futebol no Equador, que mergulha o jogador na experiência
- Clair Obscur: Expedition 33 – RPG estilizado com foco em narrativa e combate por turnos, entregando uma jornada digna de jogo do ano;
- Mandragora: Whispers of the Witch Tree – RPG sombrio com ambientação caprichada e desafio equilibrado.
Nesse cenário, The Drifter se destaca por trazer de volta a força do gênero point-and-click com frescor, inteligência e impacto narrativo. Além disso, o fato de ter sido desenvolvido por uma equipe enxuta o torna um símbolo do que há de melhor no espírito indie: criatividade sem compromisso com fórmulas fáceis.
Um indie para ficar de olho
Enquanto muitos jogos independentes ganham atenção inicial, mas rapidamente desaparecem do radar, The Drifter mostra potencial para se manter relevante. A combinação de uma proposta única, execução cuidadosa e recepção calorosa o posiciona como um forte candidato a prêmios do gênero e até mesmo a listas de melhores do ano.
Com a chegada da versão para Switch nos próximos meses, é provável que o game ganhe ainda mais visibilidade. E com a cena indie tão aquecida em 2025, The Drifter prova que ainda há espaço para narrativas autorais e experiências densas em um mercado cada vez mais saturado.