The Lift é um projeto ousado sendo desenvolvido pelo estúdio Fantastic Signals, uma nova equipe composta por cerca de 30 desenvolvedores que são majoritariamente da Sérvia e da Letónia. Dirigido por Ivan Slovtsov (conhecido pelo seu trabalho na franquia Pathologic), o jogo está em desenvolvimento faz 3 anos e tem previsão de lançamento para 2026.
Na apresentação fechada para a imprensa, Ivan classificou o jogo como um simulador de faz-tudo, nos moldes de PowerWash Simulator e afins, contudo, The Lift tem uma série de mecânicas próprias que o diferenciam MUITO dos demais games do gênero.
Primeiramente, sua estética e construção de mundo é inspirada em obras clássicas da ficção científica soviética. O livro Monday Begins on Saturday, dos irmãos Strugatsky, é uma das principais inspirações para o game.
Na aventura, o protagonista, que é um faz-tudo, precisa consertar O Instituto, um local que acabou sofrendo uma calamidade misteriosa e acabou sendo preenchido por anomalias e problemas técnicos. Vamos ter que trocar lâmpadas, reparar cabos, limpar anomalias e muito mais.
Em meu teste de quase 3 horas com o jogo, eu fiquei positivamente surpreso com o quanto quase tudo no jogo é tátil. Como eu joguei no mouse, temos que segurar o botão esquerdo e puxar para a esquerda ou direita para abrir um painel por exemplo. Esse aspecto realista na interação ajuda e muito na imersão.

O jogo tem um certo DNA de immersive sim, logo, os reparos são bem intuitivos e seguem essa máxima. Se você se deparar com um difusor de lâmpada quebrado por exemplo, é necessário remover o quebrado para inserir um novo.
Uma coisa interessante é que a equipe não chama as coisas que precisam ser consertadas de puzzles. O time fez questão de esculpir desafios inspirados em engenharia elétrica real, mas, claro, adaptados para um jogo. A ideia é fazer com que os jogadores entendam de fato o funcionamento dos objetos e ferramentas, funcionando como uma espécie de simulador de engenheiro.
Eu sei que isso em primeiro momento pode assustar, afinal, pensamentos automaticamente no grau de complexidade das coisas, mas, para a minha grata surpresa, The Lift é incrivelmente intuitivo, logo, é bem difícil ficar completamente empacado. Vale mencionar, no entanto, que o diretor afirmou que as máquinas vão se tornando mais complexas na medida que a gente progride no Instituto, logo, minha experiência foi insuficiente para cravar se a dificuldade é justa ou não.
Como percorremos andares diferentes do Instituto, o jogo também tem um certo ar de metroidvania, onde novas ferramentas que adquirimos ao longo da trama permite revisitar áreas antigas. É como se cada andar fosse um projeto de renovação gigantesco, envolvendo não só a limpeza, mas desafios de engenharia.
Pelo pouco que joguei de The Lift, certamente ficarei de olho quando ele for lançado em 2026.