Jogos de plataforma sempre foram um deleite pra mim. Assim como muita gente, eles foram minha porta de entrada para esse maravilhoso mundo dos games. Quando criança, passei incontáveis horas jogando Spyro, Crash Bandicoot, Super Mario, Jak e outras obras que marcaram época.
Infelizmente, nos dias atuais, o gênero não tem o mesmo destaque e a quantidade de lançamentos que tinha outrora. Por conta disso, toda proposta diferente dentro desse mundo de plataformas costuma atrair minha atenção. E foi assim que me deparei com Hirogami, um jogo cheio de identidade e originalidade feito por apenas 7 desenvolvedores da Bandai Namco Studios.
Um maravilhoso mundo de papel
Nossa história é protagonizada por Hiro e, como o nome do jogo brinca, ele é um mestre na dobradura de papel. O mundo inteiro de Hirogami faz alusão ao papel por conta dos… origamis. Esse aspecto concede ao jogo uma identidade visual bem original, tornando-se um dos charmes do game.

Em um dia, Hiro vê sua terra ser invadida por Falhas Digitais que estão causando corrupções no mundo e nos seres que habitam o local. Esse é o pontapé da narrativa. Temos diálogos bem humorados no jogo e algumas cutscenes mas definitivamente o foco aqui é a jogabilidade e não a história.
Antes um mestre consagrado da arte de dobraduras, Hiro acaba perdendo todas as suas formas e a jornada coloca o herói em uma rota para reaver suas transformações e colocar um fim na ameaça das falhas digitais.
Perfeição em 3D
Existe um certo charme na arte dos origamis. Dobramos um papel até formamos uma representação quase que perfeita de uma criatura. E, surpreendentemente, Hirogami conseguiu capturar essa essência de maneira sublime. Hiro consegue se transformar em uma folha de papel, capaz de planar, lembrando o famoso aviãozinho, se transformar em um Tatu, em um Gorila e em um Sapo.
Cada forma tem sua funcionalidade dentro das fases e na medida que desbloqueamos elas, os capítulos vão se tornando mais complexos, exigindo múltiplas transformações para que a fase seja concluída.

Como todo bom jogo de plataforma, as fases apresentam objetivos adicionais que adicionam uma ótima dose de fator replay e desafio. Caso você queira platinar o jogo por exemplo, será necessário concluir todas as fases sem levar dano, algo incrivelmente difícil.
Eu penso que um pilar de um jogo de plataforma é a movimentação. É necessário que os comandos sejam precisos e que seja prazeroso navegar com o personagem pelos cenários. Hirogami entrega isso muito bem, inclusive, melhor do que muitos títulos proeminentes dentro do gênero.

As animações de dobradura e dos ataques estão fantásticas, proporcionando uma imersão fantástica no maravilhoso mundo de papel construído pela pequena equipe. Os embates contra os chefes, 4 ao todo, também são memoráveis e reforçam o forte aspecto artístico do jogo. Contudo, no fim senti que a equipe poderia ter adicionado mais lutas. São 10 capítulos ao todo, não faria mal ter um chefe para cada capítulo.
Review de Hirogami: Um frescor bem-vindo
Tomando uma liberdade poética, jogar Hirogami é como receber uma bela rajada de vento frio em uma tarde calorenta do Verão. Cada detalhe do game reforça o quanto ele se trata de um projeto de paixão dos desenvolvedores e, graças a essa paixão, recebemos um indie cheio de identidade e que adiciona bastante ao gênero.
Se você adora jogos de plataforma, não deixe Hirogami passar batido, você não vai se arrepender!
Hirogami é um excelente indie de plataforma que entrega um belo mundo de papel aliado à uma jogabilidade viciante.
Pontos Positivos
- Visuais belíssimos
- Jogabilidade criativa pautada nas transformações
- Ótimo level design
- Bom senso de progressão
Pontos Negativos
- Poucos chefes
- Narrativa poderia ter um peso maior
- Narrativa
- Jogabilidade
- Visuais
- Desempenho
- Som