O divertido King of Meat chega hoje(2) ao mercado trazendo uma proposta ousada: misturar game show caótico com ação cooperativa e ferramentas de criação de fases. Desenvolvido pela Glowmade, o título coloca jogadores em arenas repletas de armadilhas, inimigos e puzzles, onde a cooperação é tão importante quanto a criatividade da comunidade. Mas será que o jogo consegue equilibrar diversão e longevidade? Confira a review completa de King of Meat.
Uma mistureba que funciona

A primeira impressão de King of Meat remete a uma paródia de programas como No Limite, só que ambientada em um mundo de fantasia. Imagine percorrer masmorras cheias de armadilhas mortais, inimigos caricatos e desafios de plataforma, enquanto comentaristas virtuais narram cada erro e acerto como se fosse um espetáculo televisivo. Essa apresentação exagerada dá identidade ao jogo e o diferencia de outros multiplayers do gênero.

Do ponto de vista da jogabilidade, ele segue a base de um plataforma 3D. É possível correr, saltar, empurrar objetos, usar armas brancas, disparar com uma besta e até executar combos simples. Não há nada revolucionário nos controles, mas o ritmo acelerado e o foco na cooperação garantem dinamismo.

Cooperação acima de tudo
Assim como outros jogos focados em multiplayer, King of Meat brilha de verdade quando jogado em grupo. Enfrentar fases com amigos libera o potencial caótico e divertido que o título promete. Resolver puzzles em conjunto, dividir funções na batalha contra hordas de esqueletos ou simplesmente rir de quedas desastrosas cria momentos de risadas online.

No entanto, essa mesma característica expõe uma fragilidade: sozinho ou com estranhos, a experiência perde boa parte do charme.
Glowmade até oferece opções solo e matchmaking, mas os modos mais interessantes exigem pelo menos dois jogadores. Jogar sem amigos próximos torna-se menos envolvente, já que muitos desafios parecem construídos para o caos coletivo. Isso levanta a dúvida se o jogo terá fôlego a longo prazo fora das comunidades mais dedicadas.
Modo Solo com uma historinha para você desvendar
Embora não seja o foco do título, ele possui um modo campanha solo, onde o jogador passa por desafios em masmorras e descobre que tem alguém ou algo matando, de verdade, os competidores. Portanto, cabe ao nosso personagem desvendar esse mistério.

A força da criação de fases

Um dos grandes destaques é o modo Descobertas, o qual funciona como um modo sistema de construção de níveis. Nele, qualquer jogador pode projetar masmorras, desde simples arenas de combate até estruturas elaboradas com armadilhas, segredos e puzzles engenhosos.
O detalhe mais interessante é a regra que exige que o criador consiga concluir a própria fase antes de publicá-la, o que evita mapas impossíveis.

A comunidade já vinha contribuindo durante os testes, e esse engajamento ajudou a encher o catálogo inicial de fases. O estúdio ainda destaca criadores de destaque com placas de identificação especiais e reconhecimento dentro do jogo, incentivando a produção de conteúdo de qualidade. Como em títulos como Mario Maker ou Meet Your Maker, esse recurso pode determinar a longevidade de King of Meat.
Pontos fortes do modo de criação de masmorras
- Interface intuitiva e acessível para iniciantes.
- Grande variedade de itens, inimigos e armadilhas.
- Progressão que libera novas peças conforme o jogador avança.
- Comunidade ativa e envolvida desde o período de testes.
Progressão e personalização

Outro ponto de atenção é o sistema de progressão. Em vez de oferecer campanhas elaboradas ou recompensas interessantes, King of Meat aposta em uma estrutura parecida com passe de batalha.
O jogador acumula pontos e desafios para liberar cosméticos, trajes, armas alternativas, emotes e outros itens de personalização. Isso garante variedade estética, mas pode soar repetitivo para quem busca objetivos mais significativos além da coleção de visuais.



Ainda assim, a customização é robusta e permite criar avatares engraçados ou estilosos, reforçando o tom caricatural do jogo. O problema é que, sem novidades constantes, a progressão pode se tornar cansativa.
Estilo visual e apresentação
Visualmente, o jogo entrega uma estética cartunesca, repleta de cores vibrantes e exageros. As cutscenes satíricas lembram comerciais absurdos e ajudam a manter o tom humorístico. Além disso, a interface que simula gráficos televisivos dá a sensação de estar participando de um show maluco. É um detalhe que realmente contribui para a imersão.

No entanto, a apresentação não compensa algumas limitações. Jogar sozinho evidencia a falta de profundidade em certos modos, e nem sempre o design das fases oficiais tem o mesmo brilho das criações da comunidade.
Considerações finais
Finalizo esta review de King of Meat enfatizando que me diverti nas primeiras horas com o título, principalmente quando joguei em coop com pessoas que levavam o game a sério. É um jogo que aposta suas fichas no coletivo.
Com amigos, ele pode render horas de diversão caótica, gargalhadas e criatividade infinita nas fases criadas pela comunidade. O sistema de criação é, sem dúvida, o coração do projeto e o que pode mantê-lo relevante no futuro.
Por outro lado, sua dependência de grupos para realmente brilhar e a progressão repetitiva podem afastar jogadores que procuram uma experiência sólida para jogar sozinhos. Glowmade tem em mãos um conceito original, mas precisa nutrir a comunidade e manter o ritmo de novidades para que King of Meat não se torne apenas mais um multiplayer esquecível.
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Um game divertido, mas com um futuro incerto
King of Meat entrega um game show caótico, onde a cooperação com amigos e a criatividade da comunidade definem o sucesso da experiência. O modo de criação de fases é robusto e divertido, permitindo que jogadores tragam ideias malucas à vida, mas a dependência do fator multiplayer limita o jogo para quem prefere jogar sozinho.
Glowmade acerta na estética cartunesca, no humor e no potencial comunitário, mas peca em oferecer progressão repetitiva e modos pouco atraentes fora do cooperativo. Assim, King of Meat se firma como um ótimo título para quem busca diversão com amigos, mas pode frustrar quem pretende encarar o desafio de forma solo. Com tantos jogos coop no mercado, King of Meat pode ser esquecido rapidamente. O futuro dirá.
Boas risadas com amigos
- Diversão garantida em grupo.
- Sistema de criação intuitivo.
- Visual cartunesco carismático.
- Customização variada e engraçada.
The Bad
- Jogar sozinho é pouco envolvente.
- Progressão repetitiva.
- Dependência de comunidade ativa.
- Modos limitados sem cooperação.
- Falta profundidade em fases oficiais.
- Alguns puzzles nas masmorras são bem chatos e cansativos
- Visuais
- Jogabilidade
- Desempenho
- Som/Efeitos Sonoros