Durante a Brasil Game Show 2023 (BGS 2023), a equipe da República DG teve o prazer de entrevistar o Fabrício Mombelli, Live Operation Director de The Division Resurgence! Confira a entrevista completa e todas as novidades para o futuro:
República DG – Gostaria que você apresentasse um pouco sobre o seu trabalho
Meu nome é Fabrício Mombelli, sou diretor de operações ou Live Ops Director para The Division Resurgence. Meu trabalho consiste no planejamento e coordenação do que acontece dentro do jogo como novos conteúdos e eventos para entregar novas experiências aos jogadores.
República DG – Como você entrou na indústria de games? Qual foi o seu primeiro trabalho no setor?
Como eu sempre fui muito apaixonado por games, eu estudei games aqui no Brasil na Universidade Anhembi Morumbi quando estava começando o curso de jogos digitais. Depois de completar o curso, eu estudei fora também, em Londres, realizando um mestrado em jogos digitais. Ao terminar o curso, eu voltei ao Brasil e trabalhei com a Gameloft, realizando live operations para os projetos da Gameloft no Latam e Brasil.
República DG – O que um Live Operations Director faz? Como é o seu dia a dia no trabalho?
Não tem um dia a dia que é igual ao outro. Cada dia tem desafios novos e seus altos e baixos. Sempre tem alguma coisa nova para resolver mas realizamos muitos planejamentos e coordenações com o tempo. Então eu sempre de olho no feedback dos jogadores, como posso aprimorar o jogo e entregar essa experiência mais refinada para os jogadores.
República DG – Falando em lições, você acredita que os games mobile podem ensinar alguma coisa para os projetos tradicionais voltados para os consoles? E se sim, o que?
Com certeza. E vice-versa também! Muito aprendizado com centenas de jogos mobile que tem no mercado atualmente ou até milhares de jogos. E cada um tem um aprendizado que pode ser transferido para outros jogos. Então, com a mentalidade que tem muita diferença também por causa da interface, profile de jogadores e etc. Então o mercado está se adaptando e evoluindo também com isso
República DG – Quais são os desafios em transportar uma IP tão importante quanto The Division para o ecossistema mobile?
Existem muitos desafios, principalmente na parte técnica para conseguir trazer esse jogo nos devices high-end. Nós queremos que a maioria dos jogadores possam experimentar o jogo e aproveitar essa experiência nova no ambiente mobile. E também, como é uma interface completamente nova, transferir o gameplay do PC e console para o mobile é complicado. Há muitos detalhes, muitas partes que precisam ser ajustadas para a experiência no console. É necessário muito cuidado para entregar uma experiência boa para ambos os jogadores!
República DG – Como é o processo de construção da monetização de um jogo? O que vocês costumam avaliar?
São vários aspectos, como por exemplo a estratégia de monetização, qual é o público-alvo, qual é o tipo de jogo, qual é a evolução do jogo também e quais são os planos futuros. Então são vários aspectos para a monetização que precisam ser planejados e trazer algo que não é apenas para pegar dinheiro do jogador, mas, trazer uma experiência novae sustentara progressão do jogo e a continuação de seus serviços.
República DG – Se tornou cada vez mais comum vermos jogos live service fazendo collabs com outros tipos de mídia ou até com artistas. Podemos esperar algo do tipo em The Division Ressurgence?
É muito cedo para comentar, então quem sabe. Quem sabe… (risos) então vamos deixar assim.
República DG – Qual sua especialização/classe favorita em The Division Ressurgence?
Minha favorita é Demolitionist. Para mim, o que eu gosto é a parte de estratégia de usar bastante os covers, manter a distância com mobilidade e usar os skills, como a granada que segue os inimigos e também o turret que lança granadas nos inimigos. Desta forma, consigo manter a distância e me posicionar bem no ambiente para dar suporte aos meus parceiros do grupo.
República DG – Muitos brasileiros sonham em trabalhar com Games. Tem alguma dica pra deixar pra eles?
Difícil, né? Eu acho que é um mercado que tem muita concorrência. Tem muita concorrência, o que significa também que existem muitas oportunidades. Comparado a 15 anos atrás aqui no Brasil, muitas empresas estavam contratando pessoas com mais cursos. A minha dica principal é trabalho duro e perseverança. Não é tão fácil mas é muito recompensador!
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