E se o passado tivesse tomado outro rumo? Em vez de repetir os mesmos eventos de sempre, alguns jogos apostam em cenários ousados, nos quais a história segue por caminhos completamente inesperados. Por exemplo, a União Soviética pode vencer a Guerra Fria, monstros podem surgir nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial e até os nazistas podem conquistar territórios que jamais dominaram.
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Esse tipo de abordagem, conhecido como história alternativa, faz parte de um subgênero comum em jogos de ficção científica. Ao combinar fatos reais com elementos fictícios, esses títulos criam universos paralelos recheados de tensão, ação e reviravoltas. Além disso, eles oferecem uma experiência única para quem busca histórias intensas, criativas e fora do padrão.
Portanto, se você gosta de enredos originais, realidades alternativas e jogos que exploram o famoso “e se?”, esta seleção é feita para você. Em seguida, descubra 10 jogos que reimaginam o passado e provam que a história nos games pode ser muito mais do que já conhecemos.
Iron Harvest
Iron Harvest transporta você para uma Europa reimaginada logo após a Primeira Guerra Mundial. Inspirado nas artes de Jakub Różalski — o mesmo artista por trás do jogo de tabuleiro Scythe — o game aposta em um cenário dieselpunk, repleto de máquinas de guerra, mechas gigantes e fortes tensões políticas.
Em vez de batalhas convencionais, o jogador lidera robôs movidos a vapor, soldados e heróis em combates estratégicos. Como resultado, cada partida exige raciocínio rápido e uso inteligente de táticas para superar o inimigo. Além disso, Iron Harvest oferece campanhas solo bem construídas e modos multiplayer online, ideais para quem busca competir com outros jogadores.
Atomic Heart
Em Atomic Heart, o curso da história muda drasticamente. Dessa vez, a União Soviética emerge da Segunda Guerra Mundial como líder em robótica e biotecnologia. A princípio, tudo parece promissor, com avanços tecnológicos acelerados. No entanto, uma falha em uma instalação científica desencadeia o caos: máquinas se rebelam e criaturas bizarras tomam conta do local, transformando-o em um verdadeiro pesadelo.
O jogador assume o controle do Major P-3, um agente que sofre de amnésia e é enviado para investigar o ocorrido. Enquanto explora os corredores destruídos da instalação, ele enfrenta robôs letais, mutantes deformados e revelações perturbadoras. Ao lado da IA CHAR-les, o protagonista mergulha em uma narrativa densa que aborda temas como controle mental, manipulação de memórias e experimentos secretos.
Damnation
Hoje em dia, Damnation é um título pouco lembrado, porém, sua proposta é bastante original. O jogo apresenta uma visão alternativa dos Estados Unidos após uma Guerra Civil extremamente longa, que destruiu o país e permitiu a ascensão de corporações militares gigantes. Como resultado, o cenário é uma distopia onde o poder está nas mãos de megaempresas.
Visualmente, o jogo aposta em uma estética steampunk marcante. Cidades em ruínas, máquinas movidas a vapor e construções verticais criam o pano de fundo para tiroteios intensos e exploração em larga escala. Além disso, Damnation combina ação em terceira pessoa com elementos de plataforma e mapas abertos.
Apesar de não ter alcançado grande destaque na época do lançamento, o jogo conquistou um público que valoriza ambientações ousadas. Por isso, para quem aprecia universos alternativos, combates táticos e um estilo retrô-industrial, Damnation é uma experiência que vale a pena conhecer.
S.T.A.L.K.E.R.
A série S.T.A.L.K.E.R. transporta o jogador para uma versão ainda mais sombria de Chernobyl. Desta vez, em um universo alternativo, uma segunda explosão atinge o reator nuclear, gerando mutações, anomalias perigosas e uma Zona de Exclusão muito mais letal. Desenvolvida pelo estúdio ucraniano GSC Game World, a franquia combina tiro em primeira pessoa (FPS), survival horror e exploração em mundo aberto.
Inspirada tanto no livro Piquenique na Estrada quanto no filme Stalker, a série apresenta um ambiente hostil e imprevisível. Criaturas deformadas, fenômenos paranormais e grupos rivais disputam espaço em um território onde qualquer passo em falso pode ser fatal. Por isso, sobreviver exige estratégia, recursos limitados e muita atenção.
We Happy Few
We Happy Few é um jogo em primeira pessoa que mistura RPG, sobrevivência e elementos roguelike, tudo em um cenário bastante incomum. Desta vez, a história se passa em uma versão distorcida da Inglaterra dos anos 1960, onde o governo obriga a população a tomar uma droga chamada “Joy”. Com isso, todos vivem em um estado de falsa felicidade, sem perceber a decadência ao redor.
Ao longo da jornada, você controla três personagens diferentes, cada um com histórias próprias e motivações únicas para escapar da cidade de Wellington Wells. No entanto, esse não será um caminho fácil. A cidade está prestes a entrar em colapso, dominada por vigilância extrema, repressão violenta e muitos segredos obscuros.
Freedom Fighters
Lançado em 2003, Freedom Fighters traz uma realidade alternativa ousada. E se, em vez dos EUA vencerem a Guerra Fria, fosse a União Soviética a invadir o território americano? Nesse cenário, o jogador assume o papel de um encanador comum que, aos poucos, se transforma no líder de uma resistência armada em uma Nova York ocupada pelo regime comunista.
Como jogo de tiro em terceira pessoa, o título se destaca pela ação tática. À medida que você completa missões, destrói estruturas inimigas e recupera territórios, ganha pontos de carisma — usados para recrutar aliados. Com isso, é possível formar um esquadrão com até 12 membros e emitir comandos simples, como atacar, seguir ou defender posições estratégicas.
Apesar de não ter alcançado o mesmo sucesso de outros jogos da época, Freedom Fighters chamou atenção pela jogabilidade dinâmica, trilha sonora marcante e narrativa envolvente. Com o tempo, o jogo conquistou um público fiel e se tornou um clássico cult entre os fãs de resistência e história alternativa.
Prey (2017)
Em uma linha do tempo alternativa, a União Soviética descobre uma forma de vida alienígena durante os anos 1960. A partir disso, ela se une aos Estados Unidos para construir a Talos I — uma estação espacial de alta tecnologia voltada à pesquisa alienígena. É justamente nesse cenário de ficção científica que Prey (2017) se passa.
Você assume o papel de Morgan Yu, que acorda em Talos I sem memória. Logo em seguida, ele percebe que a estação foi invadida por criaturas conhecidas como Typhon. A partir desse ponto, começa uma luta intensa pela sobrevivência, marcada por decisões difíceis, mistérios profundos e reviravoltas inesperadas.
No geral, o jogo em primeira pessoa mistura exploração, combate e terror psicológico com maestria. Além disso, Prey é claramente influenciado por clássicos como Half-Life e DOOM, oferecendo ambientes detalhados, liberdade de escolha e uma atmosfera imersiva do início ao fim.
Assassin’s Creed
Embora Assassin’s Creed não siga exatamente o modelo clássico de história alternativa, a franquia oferece uma reinterpretação criativa e envolvente do passado. Ao longo da saga, acompanhamos uma guerra secreta entre Assassinos e Templários, duas facções rivais que influenciam eventos históricos cruciais — tudo isso longe dos olhos do público.
A cada novo título, o jogador é inserido em tramas repletas de conspirações, segredos e revelações que desafiam o que conhecemos sobre a história. A série já explorou períodos marcantes como as Cruzadas, o Renascimento, a Revolução Francesa e até o Egito Antigo, sempre com ambientação detalhada e realismo impressionante.
Além do enredo envolvente, Assassin’s Creed está presente em várias plataformas. Desde os primeiros jogos para PC, Xbox 360 e PlayStation 3, até os lançamentos mais recentes para consoles da nova geração, Stadia e até mesmo dispositivos móveis, a franquia continua evoluindo e alcançando novos públicos.
The Order: 1886
Exclusivo para PlayStation 4, The Order: 1886 é um jogo de ação e aventura em terceira pessoa que aposta em uma narrativa profunda e envolvente. Ambientado em uma Londres alternativa, o título combina a elegância da Era Vitoriana com um universo steampunk cheio de máquinas a vapor e tecnologias avançadas.
Você assume o controle de Sir Galahad, um dos lendários Cavaleiros da Távola Redonda, encarregado de proteger o Império Britânico. Para cumprir sua missão, ele enfrenta tanto inimigos humanos quanto criaturas sobrenaturais, como lobisomens, que ameaçam a estabilidade da cidade.
Em termos de jogabilidade, o estilo é mais linear e focado em combates intensos. Além disso, o arsenal diversificado inclui rifles, pistolas, granadas e bestas de alta tecnologia, garantindo variedade nas batalhas contra os adversários.
Trilogia BioShock
A série BioShock é uma referência quando o assunto são jogos de história alternativa que exploram universos sombrios, distorcidos por ideias radicais. Os três títulos principais — BioShock (2007), BioShock 2 (2010) e BioShock Infinite (2013) — apresentam realidades paralelas marcadas por experimentos sociais e políticos que deram muito errado.
Nos dois primeiros jogos, a ação se passa em Rapture, uma cidade subaquática criada com base em princípios objetivistas que, rapidamente, se transforma em um pesadelo distópico repleto de violência e caos. Já em BioShock Infinite, o cenário muda para Columbia, uma cidade flutuante teocrática que se separou dos Estados Unidos, cheia de conflitos internos e segredos obscuros.
Além disso, a franquia está disponível em várias plataformas, incluindo PC, consoles e dispositivos móveis. Para quem quer a experiência completa, a coletânea remasterizada BioShock: The Collection reúne os três jogos com gráficos atualizados e melhorias visuais.
