Charlie em Ação é aquele típico filme de ação de sessão da tarde. Protagonizado pelo veterano Pierce Brosnan, o ator dá vida a Charlie, um veterano dispensado do exército que passou a integrar a “família” de Stan, o chefão da máfia da cidade.
Após trabalhar por décadas para Stan, Charlie acaba desenvolvendo uma relação similar a de pai e filho com Stan que está lidando com a deterioração de sua mente. Em meio a esses problemas, o gangster Beggar decide agir contra Stan, colocando Charlie em um caminho de vingança.
No meio desse embate entre Charlie e a gangue de Beggar, ele acaba criando uma relação de afeto com Marcie, interpretado por Morena Baccarin. O mais impressionante é que isso tudo acontece em 80 minutos e a relação entre os dois não fica com um aspecto de apressada.
Além de explorar o relacionamento de Charlie com Stan, sua figura paterna e com Marcie, seu interesse amoroso, o filme ainda tenta estabelecer uma personalidade para Charlie. O assassino profissional ama a Itália e cozinhar e sonha em ir para o país para se aposentar.
É um detalhe meio clichê mas que ajuda a trazer um aspecto mais humano para o personagem e estabelece um ponto de conexão com o telespectador.
No fim das contas, Charlie em Ação lembra um filme de 007 mas de baixo orçamento e com o foco na ação e não na espionagem. Foi legal ver Pierce Brosnan usando uma 9mm com silenciador mais uma vez e ainda contar com uma “Bond Girl” no filme.
Não é aquele longa de ir no cinema mas é uma boa pedida para uma tarde de domingo com um baldão de pipoca em mãos.