Após anos de expectativa por uma classe que representasse, ao mesmo tempo, força, controle e identidade clássica, Diablo IV finalmente abre espaço para o Paladino. E, de fato, ele é a grande atração da Temporada da Intervenção Divina.
Disponível em acesso antecipado e atrelado à expansão Lord of Hatred, a nova classe chega cercada de algumas questões, principalmente por veteranos da era de Diablo II.
Mas depois dos primeiros dias de testes e de algumas impressões iniciais, chegamos a uma conclusão que certamente vai te agradar: o Paladino talvez seja a classe mais equilibrada e acessível já vista no jogo.

Não se trata apenas de poder bruto. O grande mérito dele está na forma como suas ferramentas dialogam entre si, permitindo estilos variados sem exigir domínio avançado de sistemas complexos logo de início.
E em um Diablo IV marcado por builds técnicas e curvas de aprendizado irregulares, isso faz toda a diferença.
Uma classe construída para escolhas claras
O Paladino em Diablo IV traz referências diretas do Paladino de Diablo II com elementos do Cruzado de Diablo III, mas evitando ser uma simples reciclagem. O resultado é uma classe com identidade própria, sustentada por um sistema de juramentos que define quatro arquétipos principais de jogo.
O Juramento do Zelote privilegia agressividade, velocidade de ataque e dano sustentado. Ele agrada jogadores que gostam de combate direto, leitura simples de habilidades e progressão simples desde os primeiros níveis.
Já o Juramento do Inexorável aposta em defesa elevada, escudos e absorção de dano, transformando resistência em vantagem ofensiva. É um estilo que favorece quem prefere avançar com calma, controlar o ritmo do combate e sobreviver a erros pontuais.

Por outro lado, o Juramento do Judicante se destaca pelo controle de área e explosões de dano sagrado, aplicando marcas que se propagam entre inimigos. Ele funciona bem tanto em grupos quanto em conteúdo solo, caso você tenha dúvidas.
Por fim, o Juramento do Discípulo introduz a transformação em forma angelical, ampliando mobilidade de forma significativa, buffs e presença em campo. É o arquétipo mais original da classe e, ao mesmo tempo, o que adiciona profundidade de forma visualmente impressionante.
Acessível sem ser superficial
Um dos pontos que mais merecem elogios é a facilidade de entender as sinergias do Paladino. Diferentemente de classes como o Natispírito, cuja proposta envolve interações mais abstratas, o Paladino comunica bem o que cada habilidade faz e como ela se conecta ao restante da build.
Isso não significa que há falta de profundidade; muito pelo contrário. Conforme o jogador avança, surgem variações, escolhas de equipamentos e decisões que refinam o estilo adotado de forma orgânica. A diferença está no ritmo dessa complexidade, que nem de longe é punitivo.
Comparação com as outras classes
Ao observar o conjunto atual de classes de Diablo IV, o equilíbrio do Paladino fica ainda mais evidente. O Bárbaro segue sendo o melhor em dano físico e agressividade, mas exige posicionamento mais preciso e boa gestão de recursos.
Enquanto isso, o Renegado traz mobilidade e explosões rápidas, mas cobra alto pela execução técnica constante e baseada em timing. Já a Maga mantém alto potencial ofensivo, embora dependa muito de controle de cooldowns e posicionamento defensivo.
O Necromante continua extremamente versátil, mas suas builds frequentemente exigem ajustes finos para evitar quedas de desempenho em certos conteúdos. O Druida, por sua vez, alterna entre momentos de grande poder e fases mais lentas.

Por fim, o Natispírito, classe mais recente de Diablo IV antes do Paladino, apresenta ideias interessantes, mas ainda divide opiniões justamente pela complexidade inicial e por um falso equilíbrio no endgame.
Nesse cenário, o Paladino se posiciona como um meio-termo consistente. Ele causa dano competitivo, sobrevive bem, tem opções claras de progressão e não depende de combinações apelativas para funcionar.
Fantasia, impacto e sensação de poder
Outro aspecto relevante está na fantasia de classe. Cada habilidade do Paladino transmite peso, clareza e propósito.
Há martelos giratórios, escudos lançados, auras visíveis e efeitos sagrados que reforçam a sensação de impacto a cada ação, seja no controle de grupo ou indo com mais calma. Esse cuidado visual e sonoro contribui para a percepção de poder, algo essencial em um ARPG moderno.
Mesmo habilidades inspiradas diretamente em versões anteriores ganham nova vida com ajustes de ritmo e apresentação. O resultado é uma classe que respeita a nostalgia sem ficar presa ao passado.

Sua árvore de habilidades também é diversa. O Paladino de Diablo IV permite que os jogadores explorem tudo em poucas horas e descubram se vão investir em auras, mobilidade, ataques diretos ou simplesmente nas passivas, que ganham muito com uma boa build de equipamentos.
Nova classe de Diablo IV é um baita acerto da Blizzard
É importante destacar que o Paladino ainda está em fase inicial de vida dentro de Diablo IV. Ajustes de balanceamento devem acontecer, como sempre ocorre. Ainda assim, essas reações indicam que os jogadores ficarão muito satisfeitos, independente de serem novatos ou veteranos.
Mais do que números elevados ou builds temporariamente fortes, o Paladino se destaca por oferecer algo que Diablo IV buscava desde o lançamento: uma experiência sólida, compreensível e gratificante para diferentes perfis de jogador. E além disso: totalmente orgânica.
E isso vai mais longe quando falamos das skins. Os trajes da classe são muito bonitos e passam uma sensação de imponência, variando desde os visuais tradicionais de guerreiros da luz até roupas inspiradas em grandes demônios da franquia.
Se essas primeiras impressões se confirmarem ao longo do tempo, o Paladino não será apenas mais uma adição ao elenco. Ele pode se tornar o novo ponto de referência quando o assunto é equilíbrio e design de classe dentro de Diablo IV.
