O port de Ghost of Tsushima chegará ao PC em 16 de maio, levando aos computadores a experiência de jogar como Jin Sakai em Tsushima e também na ilha de Iki. A aventura do fantasma, por mais que tenha um final fantástico e coerente com o que o game apresenta, deixou brechas para futuras continuações. Já faz algum tempo que ouvimos alguns boatos sobre um possível Ghost of Tsushima 2 e, pensando nisso, resolvemos reunir expectativas e previsões sobre um futuro game da franquia nas mãos da Sucker Punch. Atenção: há spoilers do primeiro game no texto.
Kublai Khan e o Shogun
Como sabemos, o pano de fundo de Ghost of Tsushima é a invasão dos mongóis à ilha que empresta seu nome ao jogo, opondo dois grandes líderes: Khotun Khan e o Jito de Tsushima, o Lorde Shimura. No entanto, estes dois homens estão agindo em nome de seus senhores, verdadeiros líderes de suas facções: Kublai Khan, imperador mongol, e o Shogun.
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Antes do jogo ser lançado havia a percepção de que Khotun Khan, sendo um personagem fictício, era um substituto de Kublai de modo a tornar a narrativa do jogo mais maleável (uma vez que Kublai não chegou a ir à Tsushima na vida real). O Kublai histórico foi um dos mais poderosos imperadores que já existiram, sendo neto de Gengis Khan e exercendo poder sobre um grande território.
A ideia de que Khotun substitui Kublai, porém, é desmentida logo no início do jogo: o invasor se apresenta como primo do Imperador. Não bastasse isso, mais tarde no game, Khotun conta a Jin que “sabe como é estar na sombra da própria família” e, em uma das missões secundárias envolvendo um escultor, descobrimos que ele está fazendo uma obra a imagem de Kublai. Ou seja, o Imperador mongol parece ser um adversário ainda mais ardiloso e perigoso que Khotun. Já sobre o Shogun, temos diversas menções específicas a ele durante a campanha, sendo o homem ao qual Shimura se reporta e, aparentemente, teme. O Shogun é responsável por debandar o clã Sakai e declarar o Fantasma um criminoso, acelerando o fim trágico do game.
Estas duas pessoas poderiam ter um papel mais ativo no segundo game, até porque a invasão mongol historicamente não termina em 1274, ano em que se passa o game. Há uma segunda tentativa de invasão, desta vez em 1281 e frustrada graças à resistência japonesa e também a um inesperado ciclone que acometeu a região denominado kamikaze. Nesse contexto, Kublai poderia ir até Tsushima em uma licença poética da Sucker Punch para vingar o primo e tentar apagar a vergonha de sua derrota, com métodos mais cruéis e impiedosos a fim de buscar a conquista do Japão. Já o Shogun também poderia ter um papel mais presente, participando do game como um personagem ativo.
Um contexto no qual o Shogun poderia estar mais presente seria o de que a invasão pressionaria tanto os samurais que ele não veria escolha a não ser trabalhar com o Fantasma, o responsável pela derrota dos inimigos na ilha de Tsushima. Jin Sakai, assim, poderia ser encontrado pelos homens do Shogun e convidado ou forçado a lutar contra os mongóis, trabalhando nas sombras e sendo apoiado não oficialmente pelo Estado japonês. Esta aliança poderia justificar a criação dos ninjas/shinobis, com Jin criando uma espécie de força-tarefa para ajudá-lo. Diz-se, historicamente, que os ninjas só surgiram no século XV. Entretanto, há indícios de sua existência desde o século XII. Ou seja, é uma oportunidade que a Sucker Punch pode aproveitar em Ghost of Tsushima 2.
Tsushima foi só o começo
E onde o jogo se passaria? Com certeza teremos mais lugares do que no primeiro game, que abrangeu as três regiões de Tsushima e mais a ilha de Iki. Poderíamos ser levados à ilha principal, Kyoto. Em verdade, o jogo sequer precisa se chamar Ghost of Tsushima 2, podendo ser um Ghost of Japan ou Ghost of Kyoto. Áreas mais populosas seriam perfeitas para novas missões e tramas que envolveriam, por exemplo, o submundo do crime. Com a narrativa ocorrendo, poderíamos até mesmo reencontrar Tomoe, que havia ido para a ilha principal ao término do seu arco de missões secundárias.
A nova jornada de Jin também teria a ver com seu tio e com o tema da honra, algo tão importante aos samurais. Qual final do primeiro jogo a Sucker Punch consideraria canônico? Shimura, caso vivo, aceitaria a nova identidade de Jin? E sua morte seria lembrada pelo nosso Fantasma? A Sucker Punch tem ao menos dois caminhos: ela própria decidir qual é o final canônico ou, aos moldes da CD Projekt Red em The Witcher 3, simular o save do primeiro Ghost of Tsushima e permitir ao jogador escolher lidar com sua derradeira escolha a respeito da vida de Shimura. Vimos em God of War Ragnarok que há missões que possuem diálogos diferentes dependendo se você está progredindo na campanha (com Atreus como companion) ou quando a termina (com Freya exercendo esse papel). Algo assim poderia acabar vindo a calhar em um novo game.
Os mongóis também não precisariam exercer completamente o papel de vilania neste game, com as intrigas políticas dentro do shogunato também servindo de combustível para o enredo e até mesmo para o combate.
Um jogo de nova geração
Como um jogo de nova geração, podemos também esperar mudanças que tornem o game como um título de nova geração, melhorando o que já havíamos visto em Ghost of Tsushima. Um exemplo são as texturas, que possuem falhas no primeiro game e que são atenuadas pela maravilhosa direção de arte. Em um Ghost 2, poderíamos imaginar que todas as texturas estariam melhores, mas não só isso: mais assets, modelos de inimigos e número de NPCs em cena. Este último detalhe, aliás, poderia nos levar a batalhas massivas com um toque mais realista.
Os tipos de inimigos também poderiam ser diferenciados, nos levando a novas instâncias de combate e técnicas. Além disso, na DLC vimos habilidades envolvendo o combate a cavalo – algo pouco explorado no jogo base. A exemplo de Horizon Zero Dawn, que explorou novas possibilidades em sua DLC Frozen Wilds que foram usadas na sequência (e provavelmente Forbidden West fez o mesmo em Burning Shores), podemos pensar que Ghost of Tsushima 2 terá muito mais foco no combate a cavalo, não só contra pessoas a pé mas também contra cavaleiros mongóis. Física de movimentação dos personagens, quantidade de partículas… Tudo poderia ser incrementado aqui. Poderíamos até mesmo ver uma representação fiel do kamikaze.
Em relação a aspectos mais técnicos, é de se imaginar que o game mantenha o que vimos nos mais recentes jogos do PlayStation 5 (modos de qualidade e performance), com opções priorizando 60fps ou resolução 4k. Quanto aos loadings, no primeiro eles já eram extremamente rápidos e no segundo isto deve se manter, porque mesmo que existam mais assets e texturas a serem carregadas o SSD do PlayStation 5 deve funcionar de maneira quase instantânea. Como referenciais para os carregamentos de um novo game podemos mencionar Horizon Forbidden West e Marvel’s Spider-Man 2, este último como um game exclusivo da nova geração.
Janela de lançamento
De todo modo, os indícios de que Ghost of Tsushima 2 vai acontecer existem e podem se confirmar em um futuro evento da Sony. Considerando o ciclo do desenvolvimento da maioria dos títulos AAA atualmente, é de se esperar que ele chegue a princípio em 2025 ou 2026.
Ansiosos para uma nova aventura de Jin Sakai?
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