Durante a Gamescom 2025, eu fui convidado pela Tencent para ver uma apresentação e testar Honor of Kings: World, um RPG de ação online sendo comandado pelo TiMi Studio Group. O grupo de estúdios é um dos mais proeminentes do mundo na produção de jogos para dispositivos móveis. Eles criaram games como Call of Duty: Mobile, Pokémon Unite e o primeiro Honor of Kings.
Um fenômeno global
Antes de me aprofundar sobre Worlds, penso que seja válido fazer uma breve introdução sobre a IP Honor of Kings. O primeiro game da franquia é um MOBA que faz um sucesso absurdo. Em 2020, o jogo chegou a registrar 100 milhões de usuários ativos diariamente.
No ano passado, Honor of Kings registrou uma receita de U$2,6 bilhões, indicando o quanto a comunidade do título continua forte e presente nos servidores. Pensando no Ocidente, a publisher do game relançou ele no mercado como Arena of Valor, contudo, a maior parte dos jogadores continuam concentrados na China.
Novas audiências
Com a popularidade de Honor of Kings, a Tencent resolveu expandir a IP com World, um RPG de ação online que pretende capitalizar o enorme elenco do jogo original pra atingir novas audiências. Durante o meu teste, eu conferi os minutos iniciais do jogo e fiz um calabouço estruturado para um jogador. Existia a opção de jogar uma raid dedicada à 4 jogadores e o desenvolvedor me explicou que, quando você estiver sozinho, os outros três personagens serão comandado por uma IA.
A estética de Honor of King: World é pautada em dois grandes pilares centrais: a cultura oriental e a tecnologia. Um dos chefes disponíveis na demo, Bi Fang, é baseado em textos da mitologia chinesa, contudo, o estúdio resolveu inovar no design transformando ele em uma espécie de mecha. A jogabilidade é bem fluída e é pautada na construção de combos.
Os botões são todos bem responsivos e o combate funciona de uma maneira similar à jogos gacha como Genshin Impact. As lutas são bem acrobáticas, demandando que o jogador fique em constante movimento para evitar ser derrotado.
O chefe final do calabouço, o The Pupetter, representou um bom nível de desafio e me fez ficar completamente imerso na luta pra evitar a derrota. Apesar de ser um RPG de ação bem veloz, as lutas contra chefes exigem estratégias e não consistem apenas em esmagar todos os botões possíveis. A diferença aqui é que o combate é pautado em um sistema chamado de Flow.
A variedade de estilos de combate é gigante e podemos equipar dois simultaneamente. Os jogadores não vão poder controlar heróis de Honor of Kings, porém, os estilos de combate do sistema Flow são diretamente inspirados nas habilidades mais icônicas dos heróis do primeiro game da franquia.
Os efeitos das magias estão bem bonitos, com animações de ponta. Eu fiquei genuinamente surpreso com o nível de polimento que o estúdio já alcançou com o game. Os visuais, trilha sonora, efeitos e o design dos inimigos estão todos com uma roupagem de AAA premium.

Além dos calabouços, o jogo vai oferecer atividades sociais, como a possibilidade de construir casas, gerenciar uma fazenda e outros elementos nesse sentido. A ideia da equipe é transformar World em um grande hub, mantendo os fãs da franquia engajados.
Infelizmente o teste foi insuficiente para determinar a qualidade do conteúdo narrativo, contudo, os desenvolvedores me asseguraram que o storytelling é um componente importante do jogo e vão honrar o tamanho da IP. E a monetização? Honor of Kings: Worlds será gratuito, ou seja, a monetização dele vai seguir o mesmo padrão de outros títulos do gênero.
Os jogadores vão poder comprar estilos do Flow, personagens e skins. Uma notícia boa é que de acordo com o desenvolvedor, a compra de Flow não vai seguir o sistema de gacha presente em games como Genshin Impact. Infelizmente, Honor of Kings: Worlds segue sem data de lançamento. Julgando pelo que eu joguei, diria que ele chega em 2026, contudo, teremos que aguardar até uma confirmação oficial ser divulgada.