Durante a Gamescom 2025, tivemos a oportunidade de testar John Carpenter’s Toxic Commando, um shooter cooperativo desenvolvido pela Saber Interactive, graças ao convite da Focus Entertainment.
Para quem não está familiarizado com John Carpenter, ele é uma verdadeira lenda do cinema de terror, responsável por clássicos como Halloween, The Fog e The Thing. Sua marca está presente em diversos momentos do jogo, especialmente nas interações entre os personagens e nas cenas da campanha, que carregam aquele clima típico dos filmes de horror dos anos 80.
A narrativa presta homenagem aos filmes cult do gênero, o que deve agradar em cheio os fãs de títulos como Left 4 Dead e Killing Floor. A trama gira em torno de um experimento que sai do controle e acaba invocando o chamado Deus do Lodo, uma entidade que inicia um processo de terraformação, colocando em risco toda a vida na Terra. Para tentar reverter a situação, um cientista convoca os Toxic Commandos—mercenários especializados em lidar com ameaças extremas.
Gameplay cooperativo que surpreende
Durante o teste, fui colocado em um esquadrão com outros três jornalistas, e toda a comunicação foi feita via chat de voz integrado ao jogo. A qualidade do áudio me surpreendeu: som limpo, sem cortes e com ótimo volume—essencial para missões que exigem coordenação constante.
A missão nos levou a um mapa aberto com o objetivo de limpar áreas infestadas. Cada personagem tinha uma função específica, e embora não pudéssemos escolher as classes, deu para perceber a variedade: um dos colegas usava uma barreira protetora, enquanto meu personagem emitia uma aura de cura.
A expertise da Saber Interactive em jogos de ação, como Warhammer 40,000: Space Marine 2, é evidente. Em vários momentos, enfrentamos enxames de zumbis que tomavam conta da tela, impulsionados pela poderosa Swarm Engine. O jogo também permite o uso de veículos, o que adiciona dinamismo e facilita o enfrentamento das hordas.

Outro ponto que merece destaque é o sistema de tiro. As armas têm um ótimo impacto e os inimigos não parecem absorver dano excessivo, algo que costuma atrapalhar a fluidez em jogos cooperativos.
Como os mapas são amplos e as hordas são intensas, explorar áreas secundárias se torna essencial para encontrar recursos. A escassez de munição pode colocar o grupo em situações complicadas, e a variedade de inimigos—entre comuns e elites—mantém o ritmo sempre desafiador.

O ápice da missão foi a defesa de uma estrutura contra três ondas massivas de zumbis. Com mais de 200 inimigos na tela e múltiplos pontos sendo atacados ao mesmo tempo, a tensão foi alta. Felizmente, conseguimos coordenar bem nossas habilidades e completar o objetivo com sucesso.
Progressão e modelo de negócios
Como a demo era focada no gameplay, não tivemos acesso aos sistemas de progressão. Em conversa com uma representante da Focus Entertainment, fui informado que será possível evoluir tanto as classes quanto as armas, com mais detalhes a serem revelados futuramente.
Sobre monetização, ainda há poucas informações. A proposta atual não envolve microtransações para cosméticos, mas é provável que o estúdio adote um modelo semelhante ao de Space Marine 2, com um passe de batalha pago focado em itens visuais.
Lançamento e expectativas
John Carpenter’s Toxic Commando está previsto para o início de 2026, com versões para PC, PS5 e Xbox Series, e suporte a crossplay entre todas as plataformas. Com base no que joguei, o título reúne tudo o que espero de um bom shooter cooperativo—ação intensa, variedade de classes, e uma ambientação que mistura humor e horror com maestria.
Se você sente falta da adrenalina de jogos como Left 4 Dead ou Killing Floor 2, vale a pena ficar de olho nesse lançamento.