Os jogos indies estão saturados, e os AAA estão cada vez mais caros, demorados e complexos de desenvolver. Isso abre espaço na indústria para a popularização dos jogos AA de menor orçamento, segundo Chris Kaleiki, ex-funcionário da Blizzard.
Se pensarmos nos jogos como um mercado, sempre falamos de indies e AAA. Os indies estão incrivelmente saturados — há uma quantidade enorme desses jogos. A maioria dos lançamentos no Steam são basicamente indies, certo? Já os AAA, na verdade, não são lançados em grande quantidade.
O número de títulos certamente cresceu com o tempo, desde quando eu era criança, mas ainda assim não existem tantos, pois são extremamente caros de produzir. Tornaram-se mais custosos, complexos e demorados de desenvolver, com tempos de produção cada vez mais longos. Por isso, há um enorme fosso entre indies e AAA.
Chris Kaleiki
A categoria de jogos AA é bem curiosa: eles não têm o mesmo orçamento dos grandes blockbusters, conhecidos como AAA, como The Last of Us e Cyberpunk 2077, mas também não são produzidos por estúdios independentes com orçamento reduzido, como Limbo e Terraria.
Os AA podem aproveitar esse vazio deixado pelo longo tempo de desenvolvimento dos grandes jogos, encaixando-se em todos os gêneros.
Kaleiki afirma que os AAA nunca vão deixar de existir, mas que conhece muitas pessoas que já trabalharam na área e, hoje, não querem voltar a produzir projetos de tamanha escala, pois passam anos desenvolvendo uma única obra.
Podemos citar como exemplos de jogos AA de sucesso Lies of P, um soulslike desenvolvido pela Round8 Studio que foi bem recebido pela comunidade, e A Plague Tale: Requiem, que chegou a concorrer ao prêmio de Melhor Jogo do Ano no The Game Awards 2022.
Você acha que jogos de menor orçamento têm espaço na indústria ou que a oferta de AAA e indies já é suficiente? Deixe sua opinião nos comentários!
Fonte: Eurogamer
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