Warm Snow é um jogo roguelite (pense em Hades) desenvolvido pelo BadMudStudio e publicado pela Bilibili. O gênero tem conquistado bastante tração e exemplares graças ao sucesso de Hades e Dead Cells, contudo, poucos títulos conseguiram apresentar novidades e qualidade o suficiente para caírem no gosto dos fãs. Será que Warm Snow consegue… quebrar essa barreira de gelo? É isso que você vai descobrir em nosso review!
Título sugestivo
O nome do jogo está profundamente conectado a sua lore. Um evento climático estranho ocorreu, fazendo com que uma estranha neve quente caísse dos céus. Todas as pessoas que respiraram essa neve especial, acabaram perdendo a sanidade e viraram monstros terríveis.
O game tem uma protagonista fixa, chamada de Bi-An e também temos um objetivo claro definido: destruir os cinco principais clãs do país, restaurando a ordem em um mundo repleto de caos.
Para a minha enorme surpresa, todos os textos do jogo foram localizados em PT-BR, facilitando a compreensão da história e, claro, dos diferentes sistemas presentes em Warm Snow. Uma coisa que senti bastante é que o jogo segue uma filosofia diferente de Hades no que tange sua lore. O foco dele é maior no gameplay, deixando o aspecto narrativo mais para um segundo plano, o que é uma pena.
Nada novo sob o sol
Warm Snow não reinventa a roda, apenas coloca uma nova roupagem nela. Os sistemas do jogo seguem à risca tudo que já vimos em outros roguelites. Os estágios são divididos em fases/salas e, quando limpamos todos os inimigos de uma sala, decidimos por qual caminho ramificado devemos seguir.
As fases são geradas de maneira procedural, logo, cada run é diferente da outra na medida do possível. Os upgrades funcionam da exata maneira que outros exemplares do gênero.
Temos melhorias passivas e alterações temporárias que são aplicadas apenas na run atual. Logo no começo da run podemos rezar em uma estátua e escolher as habilidades que teremos na tentativa. Na medida que progredimos nas fases, encontramos relíquias que adicionam efeitos especiais nas habilidades da protagonista.
A variedade é ótima e permite a construção de diversas builds que alteram profundamente o gameplay. É através desse sistema que o jogador monta um gameplay focado no combate a curta distância ou constrói um alicerce que torna os ataques à distância mais poderosos. Eu senti que o jogo incentiva mais um gameplay focado no combate à curta distância, apresentando um leque maior de opções.
Podemos coletar espadas com graus de raridade diferente, ganhando novos status como aumento de velocidade de ataque e de movimento.
Uma boa tentativa
O principal ponto de um roguelite é o fator replay e, claro, um gameplay rico em opções no que tange a jogabilidade. Felizmente, Warm Snow preenche todas essas categorias, apresentando até um bom nível de desafio que não chega a ser injusto. A variedade de inimigos e chefes é decente, o que deve manter os jogadores engajados.
O principal “problema” do jogo reside em sua parte técnica. Por ser um projeto de baixo orçamento, os visuais não são nada charmosos e a trilha sonora não se destaca, contudo, podemos ver que a equipe tem talento. O design dos chefes é formidável.
Em suma, se você gosta de jogos do gênero, Warm Snow é uma boa pedida e rende dezenas de horas de diversão focada na ação desenfreada. Caso você não goste da proposta dos roguelites, recomendo passar longe.
- Narrativa e Lore
- Jogabilidade
- Visuais
- Som
- Desempenho