God of War Ragnarok recebeu o seu epílogo em uma DLC gratuita denominada “Valhalla”, sendo a expansão muito elogiada pelos fãs. É improvável que este seja o último capítulo da história de Kratos, o que nos faz pensar em como será o futuro da franquia. Abaixo, reunimos algumas pistas e reflexões sobre o que esperar do próximo God of War. Confira:
Remakes a caminho?
Valhalla foi um verdadeiro fanservice para Kratos, nos trazendo muitas referências da saga grega não só em diálogos, mas também em visuais, inimigos e armas. Tivemos, por exemplo, o retorno de Helio, Deus do Sol dos gregos, em várias visões. Também vimos presenças como os Juízes, grandes estátuas que exercem papel importante em God of War 3. As ambientações, lembrando a antiga terra de Kratos, trouxeram inimigos como as Harpias, os Legionários Mortos-Vivos e até mesmo Ciclopes e Minotauros. Em termos de armas, tivemos a icônica Lâmina do Olimpo marcando presença em um modo alternativo de Fúria para o nosso espartano e servindo como mais uma arma no arsenal do espartano ao lado do Leviatã, das Lâminas do Caos e da Lança Draupnir. Ainda vimos um modelo do jovem Kratos, que até mesmo se torna uma skin disponível ao completar a DLC.
Tudo isso pode não ter sido feito apenas para um epílogo da saga nórdica, como também pode ser o pontapé inicial de remakes para a saga grega. Podemos pensar que a DLC tentou até mesmo simular trechos dos primeiros games, o que indicaria a vontade dos desenvolvedores em criarem um possível remake a partir de uma câmera acima do ombro – e não isométrica, como antes. Isto, é claro, pediria também um ajuste do design dos possíveis novos games. Além disso, poderíamos ver mudanças em detalhes polêmicos. Por exemplo, sabemos que Kratos, na Grécia, pode matar inocentes sem nenhum tipo de punição. Já em God of War III o Fantasma de Esparta sacrifica uma mulher, até então presa por Poseidon, para continuar sua jornada em direção ao Olimpo. São trechos que podem ser reescritos ou, em última instância, suprimidos. Obviamente isto não implica em tornar o Kratos mais dócil, ignorando que ele era um personagem diferente que evoluiu até chegar no mundo nórdico.
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Mundo nórdico e Sindri
Outra direção que a franquia poderia tomar seria manter Kratos no mundo nórdico. Para mim, este é o caminho menos interessante uma vez que o Ragnarok já aconteceu. Entretanto, Valhalla não resolve todas as pontas de Ragnarok. Uma das maiores delas, por exemplo, é Sindri, nosso querido anão que nos ajudou durante os dois últimos games junto de seu irmão Brokk, morto por Odin. Após destruir a alma de Odin, Sindri permanece amargurado e arisco, ficando até mesmo sujo pelos detritos de sua forja (uma de suas características é sempre prezar pela limpeza). Podemos imaginar que ainda há mais de sua história a ser contada e isto poderia ocorrer dentro de um novo game na mitologia nórdica.
Por outro lado, Kratos parece ter um papel ainda a cumprir nos agora oito reinos (já que Asgard foi destruída). Durante Valhalla, Freya lhe indaga sobre uma proposta que havia feito e, por diálogos posteriores de Mimir, entendemos que muito provavelmente esta proposta é que Kratos se torne o novo Deus da Guerra da mitologia nórdica, substituindo Tyr e compondo uma espécie de conselho de paz. Valhalla parece levar a uma conclusão natural desta trajetória, com o espartano compreendendo sua evolução e se aceitando como um deus que deve servir e prover esperança. Isto se alinha com o quadro que mostra o futuro de Kratos no final de Ragnarok, onde ele aparenta ser adorado pelas pessoas. Com isso, veríamos um Deus da Guerra que seria completamente diferente da versão de Kratos que carregava este título em God of War, God of War 2 e God of War: Ghost of Sparta, insuflando esperança e não conflito.
Atreus, os Jotnar e a máscara
Algo que já havia sido mostrado no game de 2018 e que foi reforçado em Ragnarok é que há objetos nos nove reinos que não pertencem a eles originalmente. O maior exemplo disto é a máscara que Odin possuía e que poderia revelar grandes segredos sobre o mundo. Esta é uma ponta solta que poderia ter implicações em outros jogos.
Como sabemos, no final de God of War Ragnarok Atreus deixou Kratos e resolveu ele próprio fazer uma busca pelos Gigantes, dos quais ele é descendente por parte de mãe. Este pode ser um artifício para separar Kratos e Atreus, mas muito provavelmente deve indicar que teremos ao menos um jogo que foque nesta busca. Muitas apostas dos fãs da saga estão voltadas para o Egito (que seria a segunda saga de God of War, originalmente), e elas aumentam quando relacionamos seus deuses com os Jotnar: os dois grupos têm uma forte relação com os animais.
Kratos e outras mitologias
De acordo com o que vimos no final de Ragnarok e de Valhalla, Kratos deve ficar algum tempo nas terras nórdicas. Também vimos que Tyr possui um conhecimento grande a respeito de outras terras, como lâminas das culturas asteca, egípcia e japonesa. Kratos poderia, como Deus da Guerra do mundo nórdico, entrar em conflito com estes mundos? Liderar uma missão de resgate para Atreus que inevitavelmente se tornaria um conflito? Por mais que não se saiba nada sobre o próximo game da franquia, um choque entre mitologias seria interessante e curioso, com a construção de um mundo maior no qual há um equilíbrio entre os deuses e seus mundos.
E você, como acredita que será o próximo God of War?
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