God of War foi um sucesso. Nomeado jogo do ano em 2018, o game marcou um recomeço para Kratos sem esquecer de suas origens na Grécia. Agora estamos próximos de sua sequência, God of War Ragnarok, a ser lançada em 9 de novembro. O novo jogo promete explorar as consequências de seu final e encerrar a saga nórdica da franquia. Desde seu anúncio, muito se teorizou. Algumas vozes na internet chegaram a chamar o game de DLC, o que não se sustenta minimamente por toda uma história poderosa e diversas inovações. Perigaríamos entrar no campo de considerar que qualquer sequência de um jogo seria uma expansão, o que não é verdade. God of War Ragnarok traz incríveis elementos e possibilidades que podem fazê-lo não só um dos melhores games da franquia, como um dos melhores títulos de 2022 e da nova geração. Confira abaixo algumas das novidades:
Uma nova e robusta história em God of War Ragnarok
God of War Ragnarok trará uma nova e completa história, explorando as consequências do final do jogo anterior. Segundo um recente rumor, aparentemente a campanha pode ter 20 horas. God of War encerrou-se com a morte de Baldur e a chegada do Fimbulwinter, o inverno que antecede o fim do mundo e a mitologia nórdica. Além disso, Atreus descobriu que os gigantes e sua mãe, Faye, o chamavam de Loki. As consequências destas ações ficaram em aberto, mas uma delas foi rapidamente mostrada: o inevitável choque entre Kratos e Thor, o Deus do Trovão.
God of War Ragnarok marca o fim da saga nórdica da franquia. O Ragnarok realmente irá acontecer, como antecipado por Cory Barlog, diretor de God of War. A razão para isto é fazer que a história de Kratos e Atreus seja contada com a intensidade e desenvolvimento na medida certa, o que implica em não esticar a saga para um terceiro jogo. Esta abordagem difere-se da saga grega, onde o segundo jogo nada mais foi do que uma preparação para a verdadeira luta contra os Deuses do Olimpo, finalizada em God of War 3.
Uma vez que estamos falando do fim do mundo na mitologia nórdica, muitos eventos terão lugar. Um deles já foi visto no trailer, que é a perseguição ao Sol e Lua feita pelos lobos Hati e Skoll (e aparentemente, provocada por Atreus). É possível que vejamos a famosa luta de Thor e a serpente do mundo, além dos atos destrutivos de Surtr.
Kratos e Atreus estão em conflito, como é possível ver pelos trailers. Atreus que respostas e entender a profecia de Loki, já Kratos quer manter seu filho seguro. Também nos trailers foi sugerido que Kratos e Atreus estarão separados um do outro em pelo menos um momento da história.
Com a participação de personagens como Tyr, este será um jogo com as respostas a perguntas suscitadas no God of War anterior com a elegância de não deixá-las para um jogo seguinte. Por que Atreus se chama Loki? O que Faye, de fato, sabia? Qual o papel de Odin no jogo? Qual o significado do misterioso mural que Kratos viu e escondeu de Atreus?
Em resumo, enquanto God of War trouxe o FImbulwinter e abordou de forma um pouco tímida as presenças físicas dos deuses, Ragnarok aumentará completamente o escopo em termos de eventos, impactos e consequências.
Novos personagens
Durante God of War, não contando com Mimir e os inimigos Aesir, houve uma menor interação de Kratos e Atreus com outros personagens que não fossem os anões Brokk e Sindri, excelentes ferreiros que fazem o papel de alívio cômico, além de Freya. Em Ragnarok, aparentemente teremos diversas outras conversas envolvendo personagens como o anão Durlin e Angrboda, que é amante do deus Loki na mitologia nórdica. É possível que a dupla encontre outros anões e também membros dos Vanir, deuses que lutaram contra os Aesir.
Exploração dos nove reinos
Em God of War, seis dos nove reinos estavam acessíveis. Não é possível entrar em Vanaheim, Asgard e Svartalfheim, mas foi confirmado pela equipe de Ragnarok que no novo jogo os nove reinos estarão disponíveis para exploração. Svartalfheim, por exemplo, foi mostrado no material da Game Informer sobre God of War Ragnarok. No que pudemos ver, trata-se de uma região mais pedregosa, com diversas casas e outras construções.
Além disso, os reinos que já haviam sido introduzidos terão paisagens e lugares novos. Um exemplo é o Lago dos Nove, congelado pelo Fimbulwinter e palco de uma monstruosa batalha entre Kratos e Thor.
A exploração de todos os reinos permitirá que mais ambientes sejam desbravados por Kratos e Atreus. Embora God of War já fosse um título muito rico nesse sentido, Ragnarok leva isto além. No trailer de história, pudemos ver uma floresta, um ambiente que aparenta simular um mundo subaquático e até mesmo uma pedra no que parece ser o espaço. Ou seja, há muito para ser explorado e descoberto.
Variedade de inimigos
Uma das críticas a God of War é o fato do jogo possuir uma variedade de inimigos não muito grande, com boa parte dos confrontos envolvendo monstros humanoides conhecidos como Draugr e suas variações. Tudo o que Ragnarok nos mostrou até agora é que haverá muitos outros inimigos a serem enfrentados. Haverá adversários utilizando espadas, centauros, criaturas denominadas Grimms, lagartos, bestas e outros.
Mais bosses
Algo que também foi objeto de críticas foram alguns dos bosses. É claro que tivemos combates apoteóticos como os contra Baldur e também um contra um dragão, mas houve repetição nos trolls. Em Ragnarok, os principais inimigos serão Thor e Freya, o que implica em batalhas de boss contra ambos. Além disso, há múltiplos novos adversários que podem fazer o papel de chefes, como Odin e outros deuses do panteão nórdico como Heimdall e Hela.
Algo que gerou expectativas é que provavelmente haverá mais batalhas contra as difíceis Valquírias, envolvendo até mesmo embates contra duas de uma vez.
Inovações na jogabilidade com as armas
Em God of War Ragnarok o machado Leviatã e as Lâminas do Caos retornam. A jogabilidade com eles, porém, não será exatamente a mesma do jogo anterior. Os desenvolvedores deram ao botão triângulo, ocioso quando se tem o Leviatã em mãos, o poder de imbuir as armas. É possível colocar gelo e fogo no Leviatã e nas Lâminas do Caos, permitindo maior variedade de estratégias e dano causado aos inimigos.
Além disso, teremos novas finalizações, algumas relembrando de maneira nostálgica a saga grega.
Inovações na jogabilidade com escudo
Em God of War, Kratos utilizava o Escudo Guardião para se defender de ataques. Em God of War Ragnarok o escudo retorna, mas também haverá outras possibilidades. A primeira é o Dauntless Shield, um escudo que permite a Kratos aparar e contra-atacar. O segundo é o Stonewall Shield, um escudo mais maciço que absorve dano e, quando o faz em determinada medida, pode provocar uma onda de energia contra os adversários.
Jogabilidade vertical
God of War Ragnarok terá uma jogabilidade mais vertical que seu antecessor, permitindo o acesso a plataformas elevadas para que se possa, por exemplo, combater inimigos. As Lâminas do Caos fazem um papel de gancho que permite maior velocidade para Kratos na exploração e nos confrontos.
Novos puzzles
Durante os vídeos da Game Informer, pudemos ver novos quebra-cabeças sendo resolvidos por Kratos. Eles envolvem usar a Lâmina do Caos para destruir objetos ou o machado Leviatã para congelar fontes d’água. Isto, porém, deve ser apenas uma pequena parte do todo.
Inovações na jogabilidade com Atreus
Atreus terá um papel maior nos combates. Por exemplo: o garoto terá novas invocações à disposição. Além disso, é de se pensar que sua idade e amadurecimento o façam mais forte, o que pode ser fundamental para Kratos. Também foi sugerido, devido aos vídeos de gameplay lançados, que Atreus ganhará experiência durante os combates.
Dual Sense e desempenho geral em God of War Ragnarok
O Dual Sense permite que o jogador sinta nas mãos muito do que se passa em tela. No jogo, os gatilhos adaptáveis e o feedback háptico serão aproveitados. É provável que os gatilhos adaptáveis, por exemplo, reverberem os impactos do Leviatã e das Lâminas do Caos.
No PlayStation 5, teremos um modo de desempenho e um modo fidelidade, algo esperado. Além disso, o áudio 3D fará diferença apontando a direção de inimigos, por exemplo. Um outro aprimoramento será uma menor velocidade de loading.
Acessibilidade
God of War Ragnarok possuirá diversas inovações no que se refere à acessibilidade, muitas das quais vieram da versão de PC de God of War. Nos consoles, teremos corrida automática ao segurar o direcional, mira sempre ativada, modo de contraste de cores, auxílio de navegação e travessia, indicadores sonoros entre outros. Ao todo, são mais de 60 recursos de acessibilidade.
Possível viagem no tempo
Entrando mais no campo das especulações, podemos indagar: haverá viagem no tempo? É um tópico que já apareceu na história, durante a saga grega. Na saga de God of War sabemos que Atreus é Loki, além de sua capacidade de se comunicar com a Serpente do Mundo. Entretanto, na mitologia nórdica a Serpente é filha de Loki, o que torna tudo um pouco estranho. Uma possibilidade levantada é a de que, de alguma forma, Kratos e Atreus retornarão no tempo para provocar alguma mudança e lutar contra o destino.
Possíveis novas armas
É tradição de God of War apresentar novas armas em seus jogos. Desde a Lâmina de Artêmis até os Cestos de Nemeia, passando pela Lança do Destino, sempre tivemos novos equipamentos de combate para Kratos. No material promocional de God of War Ragnarok, tivemos um vídeo de Rick & Morty onde os dois protagonistas do desenho vão para Midgard. Rick encontra um baú de onde tira o machado Leviatã e afirma que ali há “novidades não anunciadas”. É possível que ele esteja se referindo a novas armas e uma que muitos jogadores querem ter em mãos é o Mjolnir, lendário martelo de Thor. O equipamento teria um terceiro elemento (a eletricidade) que Kratos usaria além do fogo e do gelo presente em suas demais armas.
Entre os argumentos de parte dos fãs que sustentam que o Mjolnir será uma das armas de Kratos no novo jogo, o design da arma possui alguns detalhes que podem indicar isto. Um exemplo é o fato do Mjolnir possuir espaços para ataques rúnicos, assim como o Leviatã e as Lâminas do Caos. Além disso, é costume de Kratos obter armas de inimigos derrotados, como Hades e Hércules. Outra pista é que o direcional cima é utilizado para trocar as flechas de Atreus, ao passo que os demais direcionais trocam as armas. Em God of War Ragnarok, este comando poderia ser utilizado justamente para usar o icônico martelo de Thor.
O futuro da franquia
God of War Ragnarok marca o fim da saga nórdica. Não sabemos qual será o destino de Kratos e Atreus e se o Fantasma de Esparta morrerá (novamente?). Contudo, fica em aberto a hipótese do Ragnarok nos levar a outras mitologias, que já foram estabelecidas como existentes durante a visita ao Cofre de Tyr em God of War. O que será que nos espera no futuro da franquia? Podemos imaginar que o Egito, destino já visitado por Kratos na história em quadrinhos Fallen God, seja uma opção.
Conclusão
A Sony vem mostrando um refinamento muito interessante no que se refere a sequências de seus títulos. O exemplo mais gritante provavelmente é Horizon Forbidden West, jogo que sucede Horizon Zero Dawn e possui um aprimoramento gigantesco no que se refere a gráficos, jogabilidade e mundo aberto. É nesta linha que muito provavelmente seguirão títulos como Marvel’s Spider-Man 2, agendado para 2023. Nesse sentido, não é estranho imaginar que God of War Ragnarok superará o seu antecessor com uma exploração ainda mais recompensadora, um combate ainda melhor e uma história de peso. O novo título da Santa Monica tem tudo para ser um grande jogo e ser um forte candidato ao título de jogo do ano.
God of War Ragnarok será lançado em 9 de novembro para PlayStation 4 e PlayStation 5.
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