Deathbound é um RPG brasileiro inspirado em Dark Souls. Com um combate brutal, belos visuais e ideias originais que dão frescor à fórmula, saiba se vale a pena se aventurar no universo do game em nosso review.
Antes de continuarmos, vale destacar que esse preview foi feito com base na build de Acesso Antecipado, logo, MUITA coisa pode mudar até o lançamento final.
A história do jogo é bem peculiar, misturando ciência e religião para construir uma atmosfera sombria que lembra os títulos que serviraram de inspiração para o game. O protagonista é capaz de se transformar em adversários derrotados. A história segue o viés subjetivo que conhecemos em Dark Souls, logo, se prepare para ler todos os itens e se atentar ao cenário caso queira entender a lore por completo.
Visuais:
Para um AA de orçamento consideravelmente baixo, Deathbound impressiona e muito. Os visuais são competentes, apresentando boas texturas e uma direção de arte que caiu como uma luva para o tema retratado. O design das armaduras e os efeitos das magias estão excelentes, assim como o design dos inimigos.
Como você pode perceber pela imagem abaixo, as texturas das construções estão um pouco esquisitas, recebendo aquele aspecto de cera, mas é algo completamente compreensível pelo orçamento do projeto e que não chega a incomodar muito.
A jogabilidade
Deathbound é um soulslike em gênero, número e grau. Mas não pense que se trata de outro repeteco da fórmula que conquistou o mundo. O jogo tem identidade o suficiente para se distinguir dos demais.
Começando pelo seu sistema peculiar de grupo. Podemos ter quatro membros no grupo e o jogador pode alternar entre esses membros, garantindo uma diversidade interessante ao combate. Cada um dos personagens apresentam habilidades específicas que são adequadas para situações específicas. Isso garante que o jogador rotacione entre personagens com frequência, gerando um frescor bem vindo ao loop de gameplay.
Outra maneira de se diferenciar são os Morph Strikes. Deathbound possui uma barra de sincronização, que, quando cheia, permite que o jogador troque de essências e solte um golpe poderoso no inimigo. Essa barra é preenchida ao desviar de ataques e ao golpear inimigos, portanto, nem só a agressividade é recompensada.
Para deixar a jornada ainda mais perigosa, temos um sistema bem peculiar que funde a barra de vida com a de stamina. Ao perder vida, nossa barra de stamina encolhe, limitando as ações do personagem. Isso faz com que o jogo seja brutal e torna algumas batalhas contra chefes injustas. O famoso Git Gud nunca foi tão real
O desempenho
É importante observar que, como se trata de um lançamento pré-alfa, Deathbound ainda é um trabalho em andamento e a otimização provavelmente melhorará nas atualizações subsequentes.
O Trialforge Studio tem sido transparente quanto ao processo de desenvolvimento do jogo, solicitando ativamente o feedback dos jogadores para identificar e solucionar problemas. Esse nível de envolvimento é louvável e é um bom presságio para o futuro do jogo.
Eu testei o jogo em uma configuração alta em um PC com um Ryzen 5 5600X, RTX 3060 (12GB), 16GB RAM e um NVMe. Detectei que ao jogar com um dos personagens, a Sorcerer, ao usar ataques de raio a longa distância, a taxa de quadros cai consideravelmente. Normalmente, o jogo rodou em 120fps, na configuração alta. E 60 quadros, quando configurado para ultra.
Deathbound – Vale a pena ficar de olho!
Considerando que a versão pré-alfa tenha sido disponibilizada para testes, no entanto, Deathbound, apresenta pontos positivos suficientes para manter o nosso interesse até que a versão final seja lançada, na esperança que as falhas – além da baixa qualidade das animações de impacto em combates – sejam resolvidas.
Alguns jogadores podem achar que certas seções do jogo são excessivamente frustrantes, principalmente quando se trata de sequências de plataforma, com certos momentos parecendo apressados ou pouco desenvolvidos.
Embora ainda esteja em sua infância, Deathbound mostra sinais promissores de se tornar um título de destaque, embora seu desempenho no PC, nesta fase, deixe espaço para melhorias.