Tive a incrível oportunidade de testar Elden Ring neste final de semana (muito obrigado Bandai Namco Brasil). Como já saíram inúmeros previews, vídeos e outros textos com um grau de antecedencia maior do que o nosso, irei ser o mais objetivo possível aqui.
Elden Ring é, da forma mais direta possível, a síntese de décadas de trabalho da From Software. Fundado em 1986, o talentoso estúdio japonês conquistou popularidade e respeito ao criar um gênero que passou a ser o mais replicado da indústria – o Soulslike. Suas mecânicas estão sendo incorporadas em diversos tipos de jogos, inclusive inspirações diretas que chegam próximo da grandiosidade da From, contudo, não atingem o mesmo grau de perfeição.
Elden Ring – A Obra Suprema
Elden Ring, o novo (peculiar) projeto da equipe traz todas as fórmulas que conhecemos em Dark Souls, Demon’s Souls, Sekiro e Bloodborne, elevando tudo ao máximo. As lutas contra os chefes estão ainda mais épicas, existe uma variedade imensa de habilidades e a furtividade e verticalidade que surgiram em Sekiro foram aprimoradas, tornando-se uma mecânica indispensável para a sobrevivência do jogador.
Além de todos esses detalhes, a equipe tomou a louca/corajosa decisão de construir o game em um mundo aberto repleto de segredos e perigos de todos os tamanhos, injetando a identidade fantástica que transformou a From Software num dos estúdios mais idolatrados do mundo. A variedade de inimigos é tão grande que chega a ser inacreditável. Os chefões estão ainda mais brutais e marcantes. A trilha sonora faz um trabalho impecável na imersão e, para a surpresa de todos, agora temos um companheiro equino que serve até para despachar alguns chefes de mundo.
Pode parecer um exagero, mas, o jogo vai ser a realização de um sonho pra muita gente. Todos os fãs que sempre imaginaram como seria um Dark Souls de mundo aberto, bom, Elden é a resposta exata disso. E, sim, as comparações fazem sentido. O jogo realmente parece bastante com uma espécie de Dark Souls 4, mas, lembre-se do que eu disse acima. Ele se trata da junção de todas as mêcanicas criadas pela equipe nas múltiplas franquias. Demon’s Souls, Dark Souls, Bloodborne e Sekiro, logo, no que tange o combate e exploração, ele é muito mais do que apenas um DS4.
Uma história para poucos
Em alguns aspectos, o jogo está muito mais acessível para os jogadores. Agora o game possui um mapa de mundo que pode ser marcado, indicando pontos de interesse como tumbas, chefes e baús. Outro ponto é que ao eliminar grupos de inimigos, as poções são restauradas, incentivando uma exploração prolongada. Agora se você achou que a estrutura mais aberta traria finalmente uma história explicada de maneira tradicional, você se enganou e muito.
A lore, que teve participação direta de George R. R. Martin, continua sendo contada do jeito tradicional das outras franquias da saga. As explicações são subjetivas e imbutidas em diálogos de personagens, chefes e descrições de itens. Prepare-se para ler muito e explorar bastante caso você queira entender o que diabos está se passando no jogo.
O provável GOTY de 2022
Diante de tudo que eu joguei de Elden Ring e das quase 20 horas de jogo, não encontrei nenhum defeito no game. Ao reunir tudo que o estúdio sabe fazer, vai ser muito difícil tirar o GOTY da From Software. Claro que Zelda: Breath of the Wild 2 e God of War: Ragnarok não vão tornar a tarefa fácil, contudo, por se tratar de sequências diretas, os dois projetos não devem possuir inovação/disrupção o suficiente para desbancar Elden. O tempo irá dizer!
O jogo será lançado no dia 25 de Fevereiro de 2022 nos consoles da geração antiga, da atual e no PC.
PS: as capturas de imagens e vídeos estavam bloqueadas.