Graças a popularidade de Harry Potter e Gandalf, muitos de nós passamos a infância imaginando como seria a vida se fôssemos um mago ou um bruxo. O tempo passou e a imaginação “boba” foi sendo enterrada no fundo da mente, contudo, Forspoken chega pra resgatar um pouco dessa magia.
Anunciada de surpresa durante o The Game Awards 2022, a demonstração do jogo dá um gostinho do que está por vir em Fevereiro de 2023. Protagonizado por Frey, personagem vivida pela excelente Ella Balinska, Forspoken coloca uma típica morada de Nova York em um mundo repleto de perigos, mistério e, claro, muita magia.
Já no primeiro contato do teste o game revela o seu maior diferencial: o combate frenético apoiado pela presença de dezenas de magias com efeitos diferentes. Temos feitiços para ataques de curta distância, longa distância, controle de área, suporte, movimentação. As opções são bem vastas e o segredo para a vitória reside no uso mesclado dessas magias, visto que cada inimigo tem resistência ou fraqueza para elementos determinados.
Felizmente, a equipe pensou muito bem no sistema e usar a lógica compensa. Por exemplo: avistou um jacaré próximo a água? Usar ataques de chamas certamente causará um dano maior neste tipo de inimigo. Caso não queira usar um pouco a lógica, basta pressionar um botão no DualSense para ter acesso às informações chaves sobre o inimigo.
O brilho do PS5
Ainda sobre o DualSense, os recursos do controle foram brilhantemente implementados no game e o feedback háptico e os gatilhos ajudam a deixar a experiência ainda mais imersiva.
O áudio 3D e a não existência de loadings são a cereja do bolo, reforçando a todo momento o senso de urgência e o aspecto frenético dos embates. Como falei mais acima, o combate é o principal chamariz de Forspoken e fico feliz em afirmar que a Luminous acertou em cheio nesse quesito.
Os efeitos de partículas geram um frescor aos olhos. Graças a agilidade de Frey e a existência de dezenas de feitiços diferentes, já deixo a recomendação de vivenciar Forspoken no modo Desempenho. O título perde muito no modo Qualidade e não entrega uma experiência satisfatória.
Muito a se fazer
Estruturado em mundo aberto, você já deve saber mais ou menos o que esperar aqui. Existem diversos tipos de atividades secundárias para manter os jogadores ocupados. Baús, vilarejos cheios de inimigos, altares que concedem pontos de atributos, nascentes que permitem Frey aprender novos feitiços… O mapa é bem grande e possui uma quantidade absurda de conteúdos secundários que certamente ajudam a aumentar a longevidade do game.
É compreensível que o modelo checklist possa afastar alguns jogadores cansados do formato, porém, graças a sua movimentação dinâmica e o combate ágil, Forspoken entrega uma dose generosa de diversão que pode ser o antídoto ideal para a doença da repetitividade.
Outro aspecto que ajuda a quebrar um pouco essa sensação são as interações entre Frey e Cuff, as luvas usadas pela protagonista. Os diálogos entre os dois são repletos de humor e palavrões, trazendo mais imersão para a obra. A trilha sonora também dá um show a parte, mas se tratando de um título da Square Enix, isso já era esperado!
Forspoken é promissor
Baseado na demonstração, acredito que Forspoken não deve decepcionar os jogadores que optarem por darem uma chance a ele. Infelizmente o teste não deu uma amostra da campanha principal, aspecto importante num RPG, contudo, o conteúdo secundário e principalmente o combate ajudam a instaurar um sentimento de otimismo. Se a campanha for ótima e o título inserir novidades com frequência pra combater a sensação de repetição do mundo aberto, não tenho dúvidas de que será um dos melhores jogos de 2023!