Programado para ser lançado em 2026, John Carpenter’s Toxic Commando é a nova aposta da Focus Entertainment com o FPS cooperativo e hordas enormes de zumbis. Desde que foi anunciado pela primeira vez durante a Summer Game Fest 2023, os jogadores realizaram diversos comparativos com Left 4 Dead, World War Z e até mesmo Back 4 Blood.
Entre erros e acertos na indústria de games, o gênero horde shooter vem sofrendo com mecânicas ultrapassadas ou pouco criativas, desbalanceamento de personagens e até mesmo problemas de desempenho constantes, que acabam afastando o público de participar de novas partidas online. Ao assistir o trailer de Toxic Commando pela primeira vez, tive a sensação de que algo muito grande estaria por vir, podendo se tornar um futuro candidato ao clássico Left 4 Dead.
A equipe da República DG teve a oportunidade de participar do teste fechado do game e podemos dizer que a experiência nos surpreendeu. Entre novas mecânicas, ação constante e uma jogabilidade responsiva, o título chamou nossa atenção desde os primeiros minutos. Mas será que ele realmente faz jus ao gênero horde shooter? É isso que você irá descobrir agora em nossa Preview!
Esta preview foi produzida graças a um código de PC cedido gentilmente pela Focus Entertainment.
Pode ficar tranquilo(a): esta análise é totalmente livre de SPOILERS!
Hordas frenéticas e modo de jogo
Em John Carpenter’s Toxic Commando, os jogadores controlam um esquadrão responsável por proteger a terra após um experimento científico sair do controle. Desta vez, um grupo de pesquisadores acabou desenvolvendo o Arco Solar, uma máquina responsável por extrair energia do núcleo da Terra.
O experimento saiu completamente do controle ao liberar uma energia desconhecida que despertou criaturas chamadas Sludgeborn, os mortos-vivos formados por lama e parasitas.
Embora a narrativa seja simples, ela cumpre bem o papel de “explicar” a jornada de um esquadrão encarregado de eliminar hordas colossais de monstros, conter os ataques e proteger o que restou da humanidade. Os jogadores também poderão escolher seu personagem preferido, no qual cada conta com uma classe em específico.

Para quem busca uma experiência mais estratégica, é possível montar um grupo equilibrado, permitindo que cada jogador utilize uma classe diferente. Entre elas, podemos destacar:
- Atacante – classe focada em causar dano utilizando armas de grande impacto.
- Médico – classe responsável por curar e reviver o time com itens médicos.
- Operador – classe especializada em utilizar gadgets para dar suporte ao time, com torretas, granadas e outros itens.
- Defensor – classe tanque que garante segurar os inimigos na linha de frente, absorvendo o dano e protegendo o grupo.
Por se tratar de uma Preview, o jogo disponibiliza apenas o modo campanha, oferecendo uma experiência focada na narrativa e em um combate frenético contra hordas de inimigos. O mapa aberto permite que os jogadores explorem áreas diversas em busca de loot, recursos e itens especiais para as missões.
Ao explorar o mapa, temos a oportunidade de desbloquear recompensas, moedas e até mesmo recursos para a arma que podem ser alteradas pelo jogador no Quartel General, uma espécie de hub que serve para realizar modificações em armas e comprar itens customizáveis.

Falando em personalização, o título apresenta um sistema de melhorias, permitindo instalar miras, aumentar o poder de fogo, aumentar capacidade de munição, trocar pentes e aplicar diversos aprimoramentos que tornam cada arma mais poderosa. O arsenal é vasto e evolui conforme o jogador sobe de nível, liberando novos modificadores. Este sistema lembra o que vemos em Call of Duty, criando uma identidade própria em um jogo de zumbis.
Embora ainda seja cedo para qualquer conclusão, fica a sensação de que o jogo poderia contar com novos modos para manter a experiência viva por mais tempo. A campanha oferece missões muito divertidas, mas talvez isso não seja suficiente para prender os jogadores por muito tempo.
O combate
Como já mencionado, o combate é o grande destaque de John Carpenter’s Toxic Commando, trazendo hordas frenéticas, uma ampla variedade de armas e até veículos que podem ser utilizados para atravessar o mapa com eficiência.
Os veículos contam com um sistema próprio de durabilidade e podem ser destruídos pelos zumbis a qualquer momento. Isso exige que a equipe esteja sempre atenta para entrar rapidamente no carro e eliminar os inimigos que se aproximam. Caso o veículo seja completamente destruído, é possível encontrar outros nas redondezas para continuar a missão.

Tanto no combate corpo a corpo quanto no uso de armas de fogo, o jogo entrega um grande impacto ao atingir inimigos, incentivando o jogador a buscar novos recursos e armamentos pesados. Estes itens podem ser úteis contra os mini-chefes que surgem ao longo da campanha. Apesar disso, a variedade de inimigos ainda é limitada nesta versão, algo que provavelmente poderá ser aprimorado até o lançamento oficial.
Durante a demonstração, notei que as animações dentro dos veículos ainda são genéricas, porém, o volume de inimigos que surge a cada minuto é surpreendente, especialmente considerando a vastidão do mundo aberto de Toxic Commando.
Para quem busca uma experiência mais equilibrada, o jogo oferece quatro níveis de dificuldade, tornando-se uma opção interessante para jogadores que ainda não estão familiarizados com o gênero. Dentre elas, podemos citar:
- História;
- Normal;
- Difícil;
- Muito Difícil.
Vale destacar que quanto maior a dificuldade selecionada, maiores serão as recompensas e a quantidade de XP recebida. Isso torna a experiência ainda mais divertida, já que o jogo incentiva constantemente os jogadores a enfrentarem novos desafios.
Durante a minha gameplay de aproximadamente 5 horas ao longo das missões oferecidas no teste fechado, pude notar que o jogo oferecia inúmeras configurações para os usuários de PC, incluindo DLSS, FSR e outros modos de upscaling que permitem que jogadores com PC mais modestos consigam jogar com tranquilidade.

Tive a oportunidade de testar o jogo com uma RTX 3060, 4060 e 5090, e em ambas placas de vídeo, o jogo foi capaz de manter os 60 fps estáveis até mesmo com a aparição de grandes hordas. Os gráficos e level design também surpreendem, superando até mesmo títulos como Back 4 Blood e World War Z.
Preview de John Carpenter’s Toxic Commando – Muito promissor!
Após cerca de cinco horas de gameplay, John Carpenter’s Toxic Commando demonstra um enorme potencial para se firmar como um dos melhores jogos de horda dos últimos anos. Seu sistema de aprimoramento de armas, o mundo aberto que incentiva a exploração e a campanha imersiva formam uma combinação que promete muitas horas de diversão.
Mas nem tudo é perfeito… Com o passar do tempo, a campanha pode perder o ritmo caso o estúdio não invista em novos modos e conteúdos adicionais. Felizmente, a Focus Entertainment parece estar no caminho certo, construindo um universo imersivo e diferente de tudo aquilo que vemos no gênero.
Sem dúvidas, John Carpenter’s Toxic Commando é um jogo essencial (pelo menos por enquanto)!
