Como já temos um preview de Shadow Labyrinth, onde tivemos a oportunidade de jogar ele na Summer Game Fest, esse preview vai ser um pouco diferente do normal.
Irei dividir ele em três seções – o que eu gostei, o que eu não gostei e minhas considerações finais. O propósito é deixar minhas impressões o mais claras possíveis e, claro, evitar a repetição de ideias.
O que eu gostei em Shadow Labyrinth
Primeiramente, o combate. Um dos principais pilares de um metroidvania é isso e a Bandai fez um trabalho formidável nesse departamento.
O parry é extremamente preciso e prazeroso de ser encaixado, tornando o loop viciante. Temos um leque bem amplo de opções que usam tanto as perícias do espadachim como as de Puck, a bola amarela.

O level design também está excelente. O mapa apresenta vários segredos mas a exploração acontece de forma intuitiva e recompensa bem o jogador. As seções de plataforma são divertidas e justas.
Outro ponto fantástico é que o jogo reverencia outras IPs. Um dos chefes do preview por exemplo presta uma homenagem claríssima à Splatterhouse. Essa atmosfera sombria e macabra acabou combinando com Pac-Man de maneira formidável.
Toda a parte sonora também faz uma alusão interessante à PAC-MAN e seus elementos originais, o que aumenta a imersão nesse universo inusitado. Ao derrotar os chefes, nossa “bolota” companheira engole os inimigos, o que rende um momento peculiar para quem teve tanto contato com os jogos originais e com uma estética mais amigável.
O que eu não gostei em Shadow Labyrinth
Apesar do preço altamente convidativo, apenas R$149,50 na PS Store, eu esperava um pouco mais de revestimento técnico no geral. Estamos falando de um jogo 2D desenvolvido e publicado pela Bandai Namco, não de uma empresa indie novata no ramo.
Os diálogos com os NPCs, ao menos no preview, não possuíam atuação de voz, o que diminui o peso da narrativa. Além disso, os visuais deixam a desejar, tanto dos cenários, quanto dos inimigos. O aspecto cartoonesco me lembrou títulos como Adventure Quest, o que é uma pena por que a equipe fez um trabalho fantástico no design dos inimigos.
A HUD também poderia ser mais rebuscada, dando um ar de produto premium de uma grande publisher e com elementos mais próximos de PAC-MAN. Os menus seguem uma estética futurista sem graça, o que me decepcionou um pouco.
Por fim, mas não menos importante, o hitbox de certos adversários, como o de chefes grandes, é bem inconsistente e pode gerar frustração. Por muitas vezes fui atingido por um ataque que, visualmente, eu estava claramente fora da área de alcance.

Outro ponto é a quantidade de HP do último chefe presente no teste. A luta acaba se tornando cansativa por que o chefe vira uma enorme esponja de dano. E, como o leque de golpes que ele possui é pequeno, só acaba marcando ainda mais a experiência da luta como algo negativo.
Iai, vale dar uma chance para Shadow Labyrinth?
Você pode discordar disso, mas, na minha visão, um bom metroidvania é marcado por dois pilares principais – a exploração e o combate. Felizmente, Shadow Labyrinth acerta em cheio nesses dois departamentos.
O jogo é longe de ser perfeito, contudo, a maior parte de seus pontos fracos podem ser facilmente atenuados com atualizações pontuais. A Bandai Namco, com bastante genialidade, parece conseguir quase um milagre para o gênero – entregar originalidade e inovação.
É claro que o pouco que eu joguei não foi o suficiente para cravar se vale de fato efetuar a pré-venda ou não, contudo, no momento, estou mais inclinado a dizer que sim! Portanto, adicione o jogo em sua lista de desejos e aguarde o nosso review final!