Eu tive a oportunidade de participar do teste fechado de The First Berserker: Khazan, um novo soulslike que se passa no universo de Dungeon & Fighter, franquia de 19 anos de idade carinhosamente apelidada de DNF.
DNF começou lá em 2005 como um beat em up e, agora, recebe um jogo mais robusto seguindo uma das principais trends de mercado.
Mas será que a fórmula Souls casou bem com a proposta do jogo? É isso que você vai descobrir nesse preview de The First Berserker: Khazan!
Uma história de vingança
A premissa do jogo é relativamente simples. Nosso protagonista, Khazan, era um dos generais mais proeminentes do Império. Ele foi o responsável por derrotar o Berserk Dragon, uma entidade formidável capaz de destruir o país inteiro.
Contudo, Khazan acabou sendo acusado de organizar uma rebelião contra o Império. Torturado e preso, ele perdeu o seu melhor amigo e acabou jurando vingança.
É diante desse contexto que algo inesperado acontece. Um espírito, chamado de Blade Phantom, acaba invadindo o corpo de Khazan. Os dois lutam pelo controle do corpo e acabam selando um pacto de ajuda mútua.
O Fantasma vai ajudar Khazan a se vingar do Império e Khazan vai ajudar o Fantasma a recuperar o equilíbrio do Netherworld, o submundo do jogo.
A interação entre os dois é bem interessante e lembra a relação de Venom com Eddie Brock.
Apesar da narrativa ser clichê, eu gostei bastante do tom e do formato abordado. Não temos a subjetividade dos jogos da FromSoftware. Em The First Berserker: Khazan, a lore é explorada de maneira direta através de diálogos, cutscenes e de colecionáveis.
Team Ninja, é você?
Muito mais do que a FromSoftware, The First Berserker: Khazan se apoia mais na filosofia de jogo da Team Ninja. A jogabilidade premia muito mais a agressividade e temos vários sistemas incrivelmente parecidos, como o counter de ataques indefensáveis usando o L2 + Bola e a proficiência de armas.
Jogar de maneira cadenciada é a receita para morrer bem rápido no jogo. É necessário manter a pressão constante nos inimigos visando quebrar a barra de stamina e desferir um ataque poderoso.
Até a estrutura de mapa e level design é bem similar aos de jogos como NiOh e Wo Long: Fallen Dynasty. Vale destacar que isso não é um demérito, pelo contrário. Serve de indicativo que o estúdio pesquisou e testou bastante várias fórmulas já existentes no mercado até achar a que mais se adequasse à proposta do jogo.
O arsenal de um Berserker
Um Berserker é um guerreiro imparável, e, seguindo esse conceito, Khazan tem um arsenal poderoso de armas que vão desde armas duplas, até uma lança e um espadão.
Na medida que usamos essas armas, aumentamos nosso nível de proficiência e um ponto de habilidade é conquistado. O sistema é bem intuitivo e segue a cartilha de outros games.
Além dos combos específicos de cada arma, que, surpreendentemente, contam com um vasto leque de opções, temos habilidades especiais oriundas do Fantasma.
O combate é bem prazeroso e achei quase tudo funcional. Os dois únicos pontos negativos vão pra janela disponível pra dar counter nos ataques indefensáveis. A janela é extremamente curta e precisa de leves ajustes.
Outro ponto é a necessidade de um balanceamento, ao menos desse teste fechado. Os chefes possuem uma quantidade absurda de HP e causam um dano massivo, onde cada erro do jogador é duramente punido.
O melhor amigo do jogador de The First Berserker: Khazan é a defesa. O bloqueio está bem responsivo e, quando usado no tempo correto, causa um ótimo dano na barra de stamina do adversário, lembrando Sekiro.
Jogadores casuais com certeza não vão conseguir passar nem do primeiro chefe, o Yetuga. Por falar em chefes, fiquei surpreso com o quão boa estão as lutas. Cada um deles possui um leque bem vasto de golpes e mecânicas, o que torna as lutas ainda mais especiais.
Um visual distinto
Para se diferenciar dos demais games do gênero, The First Berserker: Khazan aposta em visuais cel-shade, o que concedem ao jogo uma vibe meio que de quadrinhos/anime.
Não tive nenhum problema com bugs ou desempenho, porém, senti que os cenários podem ser melhor trabalhados, principalmente no uso de cores. Como eles são meio que monocromáticos, a navegação, mesmo que em um mapa relativamente linear, acaba sendo prejudicada.
Um ponto positivo é que o design dos inimigos, tanto comuns contra os chefes, está muito bom e, ao menos no teste fechado, a variedade de adversários é satisfatória.
Preview de The First Berserker: Khazan – Promissor
Eu não tinha expectativa alguma quando comecei a jogar The First Berserker: Khazan, contudo, felizmente, terminei a beta com um sorriso no rosto. O jogo tem todos os ingredientes pra ser um dos meus prediletos de 2025.
É claro que ajustes se fazem necessários, principalmente no que diz respeito à balanceamento, mas são detalhes minúsculos e fáceis de serem resolvidos.
O game não estava em meu radar mas agora com certeza ficarei de olho nele! Se você gosta da proposta Souls, mas com um pouco mais de velocidade, vale demais dar uma chance!