As diferenças entre o jogo e a série The Last of Us episódio 3 ficam cada vez mais evidentes à medida que a adaptação televisiva se distancia de alguns eventos e dinâmicas do jogo. A série faz ajustes na cronologia dos acontecimentos e nas interações entre os personagens, oferecendo uma nova visão da história original.
Essas mudanças permitem que o público veja a trama sob uma perspectiva diferente. Assim, vamos analisar as principais diferenças entre a série e o jogo, explorando mudanças como o ritmo do relacionamento de Ellie e Dina, a introdução antecipada dos Serafitas e como a trama se desenvolve em Jackson.
A despedida de Tommy tem um impacto diferente

O episódio anterior mudou alguns pontos importantes da história. Em vez de acompanhar Joel na patrulha para fora de Jackson, como era esperado, Tommy permaneceu na cidade para enfrentar uma invasão de infectados. Por isso, ele não testemunhou a morte brutal do irmão. No entanto, a série encontrou uma maneira de dar aos dois personagens um último momento juntos.
No começo do episódio 3, vemos Tommy limpando o corpo de Joel, enquanto Jackson ainda luta contra as consequências do ataque. Em meio à destruição, Tommy se despede com poucas palavras, mas de grande significado: “Mande um beijo para Sarah”, diz ele, lembrando a filha falecida de Joel. É uma mensagem simples, mas que carrega todo o peso da perda e da esperança de reencontro.
Portanto, essa despedida se destaca na série por sua honestidade e sensibilidade. Mesmo sem grandes discursos, ela reforça a ligação profunda entre os irmãos e mostra que, mesmo diante da tragédia, o afeto e a memória resistem.
Ellie tem mais tempo para se recuperar, física e emocionalmente

No início do episódio 3, vemos Ellie lidando com o impacto imediato da morte de Joel. Abalada, ela tenta processar o que acabou de testemunhar. A série então opta por avançar três meses no tempo, mostrando Ellie já em estágio final de recuperação no hospital. Nesse momento, ela passa por uma consulta médica e, depois, conversa com Gail, a terapeuta da cidade — uma personagem criada exclusivamente para a adaptação.
Assim, essa escolha marca uma diferença importante em relação ao jogo. Em The Last of Us Part II, não há nenhum salto temporal visível entre a morte de Joel e a resposta de Ellie. Pelo contrário, a história segue quase sem interrupções: Ellie, ainda com um olho roxo e claramente abalada, conversa com Tommy logo depois, deixando clara sua sede de vingança contra Abby.
Ao dar esse tempo de recuperação para Ellie, a série aprofunda a jornada emocional da personagem. Enquanto no jogo a reação dela é imediata e impulsiva, a adaptação opta por mostrar uma Ellie que passa pelo luto de forma mais silenciosa e processada, antes de partir para a ação. Essa mudança oferece ao público uma nova perspectiva sobre o trauma vivido pela protagonista, enriquecendo ainda mais sua história.
O último momento de Ellie com Joel pode ser diferente na série

No episódio mais recente, durante sua conversa com Gail, Ellie relembra seu último momento com Joel. Segundo ela, a última interação entre os dois teria sido o confronto durante o baile. A série, pelo menos até agora, sugere que esse foi o ponto final da relação entre eles.
Essa escolha levanta dúvidas entre quem conhece bem o jogo. Em The Last of Us Part II, a história revela que Ellie e Joel tiveram outro momento importante antes da tragédia — uma conversa emocional que se tornou uma das cenas mais marcantes de todo o enredo. No entanto, ainda não está claro se a série vai incluir esse reencontro ou se optou por deixá-lo de fora.

Portanto, caso essa cena realmente tenha sido cortada, a adaptação pode acabar sacrificando uma das passagens mais emocionantes e significativas da jornada de Ellie. No jogo, esse último encontro adiciona camadas profundas de arrependimento, esperança e redenção à história, impactando diretamente a forma como o público entende a dor e as escolhas da protagonista.
Por enquanto, resta esperar para ver se a série vai resgatar esse momento essencial ou seguir um caminho diferente.
Casa de Joel e seu local de descanso final em The Last of Us

Entre as várias diferenças entre o jogo e a série The Last of Us no episódio 3, a visita à casa de Joel chama atenção por equilibrar fidelidade e mudanças sutis. Assim como no jogo, Ellie explora o local, revisitando lembranças e objetos pessoais de Joel. A caixa vermelha que guarda o relógio e a arma dele aparece novamente, mantendo um dos símbolos mais fortes da ligação entre os dois.
No entanto, a adaptação traz algumas alterações importantes. No jogo, o túmulo de Joel está localizado dentro dos limites da cidade, permitindo que Ellie o visite, reforçando a presença constante da memória dele em sua jornada. Na série, essa visita não é mostrada de forma direta, o que diminui parte da carga emocional que essa cena trazia no material original.

Além disso, há mudanças na dinâmica entre os personagens. Enquanto nos jogos Dina já acompanha Ellie nessa etapa, e Maria a ajuda a tentar encontrar Tommy — que havia partido em busca da WLF e dos assassinos de Joel —, na série esses encontros acontecem de maneira diferente, e a presença de Dina ainda não é inserida nesse ponto da narrativa.
Esses ajustes, embora discretos, afetam a experiência emocional de quem acompanha a história. A ausência da visita ao túmulo e a mudança na interação entre Ellie e Dina são exemplos claros das diferenças entre o jogo e a série The Last of Us no episódio 3, moldando de outra forma o luto e a determinação de Ellie.
A história do conselho é completamente nova em The Last of Us

Entre as principais diferenças entre o jogo e a série The Last of Us no episódio 3, a criação de um conselho comunitário em Jackson é uma novidade que chama atenção. Na adaptação para a TV, a cidade é retratada como uma comunidade mais organizada e autossuficiente, contando com um conselho que toma decisões coletivas e envolve vários moradores.
Essa expansão do universo de Jackson não existe no jogo. Em The Last of Us Part II, a cidade é apresentada como estruturada, mas sem detalhes sobre a existência de uma liderança formal ou processos políticos. Já na série, Ellie e Dina chegam a recorrer ao conselho para buscar apoio na missão de organizar uma patrulha até Seattle, com o objetivo de encontrar os assassinos de Joel.
Essa adição é totalmente original da adaptação televisiva e aprofunda a sensação de comunidade em Jackson, reforçando o contraste entre a vida segura dentro dos muros e o caos que domina o mundo lá fora. Ao mesmo tempo, marca mais uma diferença importante entre o jogo e a série The Last of Us no episódio 3, mostrando como a série escolheu expandir certos aspectos do universo da história para dar mais contexto e profundidade à jornada de Ellie.
Os Serafitas aparecem mais cedo em The Last of Us

Entre as diferenças entre o jogo e a série The Last of Us no episódio 3, a introdução antecipada dos Serafitas é uma das mais notáveis. Para quem já conhece The Last of Us Part II, os Serafitas — também conhecidos como Cicatrizes — têm um papel central na trama do segundo jogo. No entanto, a série optou por antecipar a presença deles ainda na segunda temporada.
Neste episódio, vemos dois Serafitas caminhando pela floresta nos arredores de Seattle. Durante o diálogo, eles mencionam “o profeta”, uma figura de liderança fundamental para o grupo. Em seguida, Dina e Ellie encontram os dois mortos, o que marca a primeira interação direta com essa facção misteriosa.
No entanto, no jogo, os Serafitas só entram em cena mais tarde, durante a jornada de Ellie em Seattle. Portanto, essa antecipação na série adiciona uma camada extra de tensão e estabelece desde já a importância desse novo inimigo no universo da história.

Essa mudança é mais um exemplo das diferenças entre o jogo e a série The Last of Us no episódio 3, mostrando como a adaptação não apenas reconta os eventos, mas também reorganiza elementos narrativos para construir um suspense diferente do original.
O relacionamento de Ellie e Dina se desenvolve mais devagar em The Last of Us

No episódio 3 de The Last of Us, uma das mudanças notáveis em relação ao jogo é o ritmo do relacionamento entre Ellie e Dina. A cronologia do casal foi ajustada na série, em parte devido à decisão no episódio 2 de fazer Joel patrulhar com Dina, em vez de Tommy.
Na adaptação, a conversa sobre o primeiro beijo — um dos momentos icônicos que acontece durante a patrulha em The Last of Us Part II — é transferida para este episódio. Durante a noite, enquanto estão juntas na barraca, Ellie e Dina têm uma conversa semelhante sobre o tema. No entanto, apesar da mudança no timing, o conteúdo real da conversa permanece fiel ao que é mostrado no jogo.

Essa diferença no ritmo do relacionamento de Ellie e Dina é uma das várias mudanças que a série faz em relação à obra original. Ao desacelerar o desenvolvimento dessa relação, a adaptação constrói de maneira mais gradual a conexão emocional entre as personagens.
Considerações Finais
Em resumo, The Last of Us série e jogo compartilham a mesma base emocional e narrativa, mas as diferenças entre o jogo e a série The Last of Us episódio 3 destacam-se ao oferecer novos elementos que enriquecem a história.
Desde mudanças no ritmo do relacionamento de Ellie e Dina até a inclusão dos Serafitas mais cedo, a adaptação traz uma série de surpresas para os fãs.
Portanto, essas alterações não apenas oferecem uma nova experiência para quem já conhece o jogo, mas também constroem uma narrativa mais profunda para a série, tornando cada episódio uma interpretação única do universo criado por Neil Druckmann.