Hoje (13) a Sony/PlayStation anunciou uma novidade que já era muito aguardada pelos fãs. O nome de quem assumiria o comando deixado por Jim Ryan, ex-CEO da Sony Interactive Entertainment.
O que os fãs não esperavam é que a empresa matriz optou por dividir o cargo anterior em duas novas funções: o CEO dos estúdios da PlayStation (Studio Business Group) e o CEO das plataformas. Os papéis serão desempenhados por Hermen Hulst, que, além de chefiar o estúdios vai passar a comandar a iniciativa transmídia da companhia e por Hideaki Nishino, que passará a comandar toda a estratégia de plataformas, envolvendo a PSN, hardwares e mais.
Ambos os executivos irão responder à Hiroki Totoki, o CFO da Sony e manda-chuva da divisão de entretenimento. As mudanças irão ser efetivadas a partir de 1 de Junho.
Quem é Hermen Hulst, o CEO dos estúdios da PlayStation?
Herment Hulst teve uma ascensão meteórica dentro da indústria dos games. Ele começou lá em 1995, como um marketeiro da Ubi Soft SA. Após isso, ele aparece como co-fundador da Guerrilla (leia a história do estúdio aqui), estúdio que serviu para alavancar sua carreira dentro da PlayStation.
Ele foi nomeado chefe da PlayStation Studios em 2019 após a saída de Shawn Layden, executivo que era adorado pelos fãs. Sua gestão como chefe dos estúdios é vista como mista pela comunidade.
Muitos estúdios foram fechados sob a tutela de Hermen e uma série de projetos foram cancelados. Além disso, Shawn seguia um estilo de gestão mais voltado para o modelo americano. Ele era mais vocal e gostava de ter contato com a comunidade. Hermen, mais voltado para a escola europeia, adota uma gestão low-profile, logo, ele não tem tanta conexão com os fãs como o executivo prévio.
Quem é Hideaki Nishino, o CEO de plataformas da PlayStation?
Hideaki Nishino se formou em Ciências da Computação no ano 2000 e sua carreira na Sony começou neste mesmo ano.
Ele assumiu diversos cargos de gerência em divisões como Sony Ericsson, Sony Network, na matriz Sony Corp e, desde 2016, ele cumpre a função de Vice Presidente da divisão de entretenimento da Sony e de planejamento de plataforma.
Seu estilo de gestão é mais voltado para a logística e experiência de usuário, logo, faz sentido ele ocupar esse cargo e a parte mais criativa ficar à cargo de Hermen. Inclusive, ele influenciou bastante a UX do PlayStation 5, logo, vejo sua ascensão com bons olhos para o futuro da marca.
O que muda para os fãs?
Uma companhia acaba recebendo o “DNA” de seus principais comandantes. Hermen por exemplo adora a iniciativa transmídia que a PlayStation adotou, logo, podemos apostar no transporte de mais IPs através da PlayStation Productions.
Ele também tende a investir mais nos estúdios ocidentais e em propostas de jogos “globais”, apesar de saber valorizar grandes criadores japoneses como Kojima (lembre-se do anúncio do primeiro jogo de PS6).
No caso de Hideaki, ele é praticamente um modernista e pode ajudar a desconstruir diversos aspectos arcaicos que estão enraizados na PlayStation até hoje. A UX e a experiência com a PS Store ainda deixa muito a desejar e ele é um nome forte para modificar essa situação.
Além disso, todo o sistema e navegação do PS6 devem refletir um grande salto geracional com ele no comando.
2 Comentários
Boa matéria.. deixa um ar de otimismo 🙂
Valeu meu querido! Vejo com bons olhos a gestão dos dois. Antes já especulava mas acredito que a PS vai voltar a investir em “portabilidade” para a próxima geração.