A Remedy Entertainment divulgou os números do terceiro trimestre de 2025 e reconheceu que o desempenho financeiro ficou bem abaixo do esperado. A empresa registrou prejuízo operacional de R$ 102,4 milhões (€ 16,4 milhões), enquanto a receita caiu 32%, para R$ 76,5 milhões (€ 12,2 milhões).
Firebreak decepciona e muda prioridades internas
Um dos pilares para esse prejuízo da Remedy neste trimestre pode ser Firebreak. O multiplayer não alcançou as metas da empresa. Mesmo com uma grande atualização no fim do trimestre, as vendas evoluíram pouco. Por isso, a Remedy realocou parte da equipe do jogo para outros projetos, embora siga trabalhando em melhorias a longo prazo.
A baixa performance também levou a uma desvalorização contábil de R$ 93,4 milhões (€ 14,9 milhões) em custos de desenvolvimento e direitos de publicação. Com isso, houve mudança na liderança: Tero Virtala deixou o cargo de CEO após nove anos, e Markus Mäki assumiu interinamente.
Mäki afirmou que Firebreak funcionou bem tecnicamente no lançamento e destacou avanços internos para futuros jogos. Mesmo assim, reconheceu:
“Não estamos satisfeitos com o desempenho financeiro recente, mas seguimos confiantes de que podemos voltar à lucratividade criando jogos fortes e comerciais.”
Control e Alan Wake seguem como pilares
Apesar do trimestre ruim, a Remedy registrou aumento na receita de vendas e royalties, puxado por:
- Firebreak (contratos de assinatura)
- Alan Wake 2, com um início positivo no mercado chinês
- Control, que segue vendendo bem desde que a Remedy recomprou os direitos em 2024
No entanto, a empresa afirma estar ampliando a marca Control para novos territórios, preparando terreno para oportunidades futuras.
O que vem por aí
A Remedy diz que seus principais projetos seguem no rumo esperado:
- Control 2 – em plena produção, cofinanciado pela Annapurna
- Remakes de Max Payne 1 e 2 – em desenvolvimento
- Novo projeto não anunciado – em prova de conceito
Segundo Mäki, a empresa deve focar em franquias já estabelecidas, ao mesmo tempo, em que mantém espaço para criar novas experiências, algo que marca os 30 anos da desenvolvedora.
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Fonte: Games Industry
