Comecei o último mês do ano com a review de BROK: The Brawl Bar, e como gosto bastante do estilo Beat ‘n Up, fiquei animado para testar essa transformação do universo criado pela COWCAT Games para um formato de ação mais direta.
O estúdio já tinha mostrado talento com Brok: The InvestiGator, misturando aventura e pancadaria. Agora, decidiu investir em algo mais simples e focado, aproveitando o carisma do ex-boxeador que se tornou detetive.
O título tem o objetivo de transformar o bar encontrado por Brok em uma arena repleta de desafios, todos voltados para a porradaria sem enrolação. O jogo chegou ao PlayStation 5 no dia 2 de dezembro como uma extensão da franquia, mas sem o lado investigativo que marcou o primeiro título.
Confesso que tenho um sentimento meio confuso sobre o jogo, gostei e não gostei tanto assim. Parece confuso? Então fica comigo nesta review de Brok: The Brawl Bar e veja o que achei do game.

Como o jogo usa o universo de Brok para entregar muita pancadaria
A proposta coloca Brok, ou qualquer um dos outros cinco personagens jogáveis, em desafios inspirados em minigames clássicos de luta (Quem não lembra do minigame de detonar o carro em Street Fighter?).

O bar funciona como hub, com NPCs, pequenas interações e um alternador que permite trocar entre Modo Aventura e Modo Ação. No Aventura, você conversa, escolhe atividades e navega pelos pontos de interesse, porém, no Ação, tudo é puro facada, porrada e bomba.

Os personagens são diferentes entre si, com golpes próprios e vantagens fáceis de entender. Isso ajuda quem quer entrar sem pensar muito e só bater de frente com as ondas de inimigos. A estrutura é direta e cria um ritmo rápido, o que combina bem com o estilo de jogo.

O conteúdo é amplo. Há mais de 60 desafios, modos extras como Sobrevivência, Versus, Apostas e até desafios diários. O destaque fica para o Modo Criador, que permite montar fases personalizadas usando itens, armadilhas e inimigos.



C-Tokens e sua importância
A progressão usa C-Tokens, obtidos ao completar atividades. Com eles, você compra itens temporários, como reforços de ataque, aumento de defesa por tempo limitado, cura e até bônus de tempo para certos desafios. Também há uma roleta que entrega prêmios aleatórios, mas confesso que tem “marmelada” nela. Nunca ganhei nada que preste que só gastei meus C-Tokens.
A acessibilidade é um ponto forte. O jogo opções de contraste, destaque visual para personagens, vibrações que indicam a posição e ajustes, entre outras. É um conjunto amplo, algo que me surpreendeu positivamente, considerando o orçamento menor da produção.
Onde a ação funciona e onde o formato de desafios começa a cansar
A jogabilidade segue o padrão do beat ’em up clássico. Você se movimenta com o analógico, corre ao tocar duas vezes e usa combinações simples para atacar, defender, esquivar e encaixar golpes especiais.
Embora seja interessante escolher desafios diferentes, como derrotar inimigos dentro de um limite de tempo, pegar moedas em áreas escuras, estourar balões, evitar agarrões, vencer sem levar golpes ou usar apenas um tipo de ataque, a variedade não sustenta o ritmo por muito tempo. Na prática, são minigames sucessivos que vão ficando repetitivos à medida que avançam.

Eles progridem em dificuldade, o que deveria incentivar o jogador, mas comigo aconteceu o contrário: depois de repetir dezenas de provas, o jogo começou a me cansar. Mesmo com 60 atividades e pequenas mudanças entre elas, já não via a hora de terminá-los.
Alguns chefes aparecem no meio do caminho, mas não mudam muito a dinâmica. Alguns são difíceis, sim, principalmente porque os protagonistas recebem bastante dano.

Isso exige combinar golpes, criar pequenos loops de combos e, em certos casos, comprar comida no bar para entrar com alguma vantagem. É uma ação estratégica com uso de itens, mas nada que transforme a experiência.

A sensação de “bater” é muito gostosa
O que realmente funciona é a sensação dos golpes. A COWCAT Games acertou em cheio no impacto: socos, ataques aéreos, rasteiras, arremessos, golpes especiais e até a dinamite têm resposta forte.
Jogar a dinamite e sentir a explosão, encaixar um combo limpo ou finalizar um inimigo no momento certo é divertido. A parte de socar os inimigos do jogo é satisfatória. O problema é o formato de desafios, que não acompanha isso.
Além disso, visualmente, o jogo é muito agradável, com sua arte cartunesca maravilhosa, até as animações dos personagens são bem legais. Vale ressaltar que o game não possui dublagem para o PT-Br, mas está totalmente localizada para o idioma brasileiro.
Review de Brok: The Brawl Bar – Vale a pena?
Finalizo esta minha review de BROK: The Brawl Bar dizendo que ele vale, sim, a pena para quem gosta de um jogo de pancadaria sem enrolação. Ainda mais pelo valor atual na PSN, R$ 56,90, o qual coloca o o game como bastante acessível, financeiramente falando.
São 60 desafios, o que significa muitas horas de jogo pela frente. Mesmo com momentos cansativos e enjoativos, a animação cartunesca e a sensação de pancadaria garantem boas doses de diversão. Porém, saiba que existem ótimas outras opções de Beat ‘n Up no mercado, usando o estilo tradicional.
Contudo, eu recomendo a compra e acho que vale dar uma oportunidade ao trabalho da COWCAT Games. É um título simples, direto e muito honesto no que entrega.
Pancadaria nos desafios
Brok: The Brawl Bar é um beat ’n up direto, sem rodeios e com impacto gostoso nos golpes. A estrutura baseada em desafios funciona no começo, mas cansa rápido e não sustenta a sua diversão, ainda mais se tiver com muitas horas com o controle na mão.
Mesmo assim, o jogo segura firme pela boa jogabilidade, pela arte cartunesca e pelo conteúdo generoso. Ele não reinventa o gênero, não tenta ser maior do que é, e acaba vencendo na honestidade. Para quem curte pancadaria e desafios com certas variações de gameplay, pode ir sem medo!
A sensação de bater é muito gostosa
- uma jogabilidade responsiva
- visual cartunesco
- Bom preço
- Localização PT-BR
- Recursos de acessibilidade
- O feeling do combate
Pode afastar os gamers tradicionais
- A estrutura de desafios pode afastar
- 60 desafios pode cansar antes da hora
- A escala de dificuldade é desajustada
- Visuais
- Jogabilidade
- História
- Efeitos Sonoros
- Diversão
