A era do PlayStation 1 marcou a infância de muitos jogadores com a chegada triunfal de Resident Evil, colocando medo até mesmo nos jogadores mais corajosos. Em uma época repleta de lançamentos de jogos do gênero aventura, o terror acabou ganhando o seu devido destaque com uma gameplay imersiva, repleta de puzzles e desafios que só eram possíveis de serem concluídos com muita exploração e empenho do jogador. Ainda que essa época tenha sido marcada por estes jogos, Crow Country é um misto de nostalgia com modernidade, revivendo puzzles desafiadores que ficaram presos no passado.
Crow Country despertou o interesse do público com sua trama rica e misteriosa, acompanhada de uma representação artística que faz alusão aos grandes clássicos daquela era. Mas será que o jogo realmente surpreende? É isso que você irá descobrir em nossa Review!
Esta Review foi produzida graças a um código de PS5 cedido gentilmente pela SFB Games!
Pode ficar tranquilo(a), esta análise é totalmente livre de SPOILERS!
Um parque infernal
Em Crow Country, assumimos o papel de Mara Forest, uma agente que recebe a missão de encontrar Edward Crow, o dono do parque de diversões que havia desaparecido. Ao chegar no local, ela percebe que o parque está abandonado e que pessoas foram atacadas por criaturas assustadoras. Ao coletar alguns recursos, a agente encontra Arthur, um homem que foi ferido pelos monstros e está entre a vida e a morte. É possível resgatá-lo, onde levamos o rapaz em segurança até o seu veículo.
Explorando novas áreas, coletando recursos e derrotando inimigos, Mara encontra um arquivo revelando que o parque foi fechado após uma garota ter sido atacada por uma criatura misteriosa. Além dessas informações, os jogadores também descobrem que Edward está enviando minério para o Pará (Brasil). É claro que esta informação será revelada futuramente, entretanto, para evitar spoilers, os jogadores poderão encontrar novos arquivos que complementam a narrativa e revelam mistérios acerca do parque.
Dividido em 4 áreas, o jogo utiliza referências de clássicos como Resident Evil e Silent Hill (neblina), onde os jogadores deverão explorar cada sessão e descobrir como resolver pequenos puzzles complexos para abrir portas ou adquirir itens especiais. Similar aos jogos mencionados, Crow Country oferece aos jogadores 5 tipos de armas, sendo elas:
- Pistola
- Shotgun
- Lança-chamas
- Magnum
- Granada (pode ser obtida ao quebrar caixas ou abrindo armários)
No aspecto técnico, o jogo traz mecânicas modernizadas, tornando a jogabilidade mais acessível para os novatos. Contudo, para os fãs do estilo clássico, a ausência dos controles de Tanque pode acabar desapontando aqueles que buscam um desafio mais intenso. Em contraste com o que era comum em Resident Evil (PS1), agora é possível ajustar a mira da arma usando o gatilho direito do controle DualSense. Apesar dessa ausência, o combate no jogo é agradável, porém não apresenta grandes dificuldades, já que a maioria dos inimigos são extremamente lentos. Isso permite que os jogadores fujam ou derrotem os inimigos a longa distância. Vale ressaltar que o jogo disponibiliza muitos recursos aos jogadores, facilitando ainda mais a experiência de sobrevivência.
Em comparação com os clássicos daquele tempo, Crow Country se destaca por ser um jogo bastante acessível e certamente divertido, embora não apresente um nível de dificuldade elevado!
Gráficos e Efeitos Sonoros
Quando falamos sobre gráficos, a direção artística escolhida pela equipe de desenvolvimento é impecável, remetendo a era do PlayStation 1! Em diversos momentos da gameplay é possível notar referências espalhadas pelo mapa, bem como easter eggs relacionados as armas presentes no game. Em Crow Country, podemos notar cenários muito escuros e uma paleta de cores com tons mais quentes, tornando a experiência ainda mais sombria. De certa forma, esta ambientação colabora para se aproximar ainda mais de Resident Evil e Silent Hill, adicionando um tom obscuro para a obra.
Em relação à trilha sonora, o jogo não oferece momentos tão marcantes, porém, a implementação de alguns efeitos sonoros em pequenas áreas tornam a experiência ainda mais tensa! Todos estes aspectos causam um impacto ainda maior ao utilizar um headset para jogá-lo, “transportando” os jogadores da sala de TV ou quarto para o parque de diversões de Crow Country.
É surpreendente como os recursos sonoros são capazes de influenciar em nossa gameplay!
O maior problema de Crow Country
Como mencionado anteriormente, o jogo oferece uma pequena variedade de inimigos, que podem ser facilmente evitados ao correr para uma outra área. Embora sejam divertidos e com um visual assustador, seus ataques também são fáceis de serem esquivados, bastando que o jogador se afaste. Outro aspecto que me incomodou bastante é que alguns inimigos ficam travados em paredes invísiveis caso o jogador esteja a uma certa distância.
Para os jogadores hardcore, a quantidade de dicas e itens que estão espalhados pelo mapa podem acabar incomodando, já que munições são facilmente encontradas. Em suma, Crow Country acaba desapontando já que os clássicos não facilitam quando o assunto está relacionado a sobrevivência!
Review de Crow Country – Vale a Pena?
Para os amantes de jogos de terror e sobrevivência, bem como os clássicos da época, Crow Country é um prato cheio! Mesmo com um sistema de combate simples, o jogo acaba compensando com ótimos puzzles e uma narrativa intrigante que irá colocar os jogadores em um parque abandonado e completamente sem vida.
Se você é apaixonado por Resident Evil, com certeza vale a pena dar uma conferida no game para explorar novas áreas e entender todo o contexto por trás do desaparecimento de Edward Crow!
Crow Country peca com um sistema de combate básico, mas acerta em cheio com puzzles, enigmas e uma narrativa que irá impactar os jogadores com descobertas surpreendentes!
- História
- Jogabilidade
- Gráficos
- Trilha Sonora
- Desempenho