Com o lançamento recente do Nintendo Switch 2, uma das maiores dúvidas entre os jogadores era referente aos lançamentos que chegariam ao console em seu primeiro ano de vida. Antes mesmo de começar esta análise sobre Donkey Kong Bananza, em maio de 2025 tive a oportunidade de visitar o Museu da Nintendo, em Kyoto, localizado no Japão. Ao visitá-lo, pude “reviver” a história da franquia Donkey Kong com momentos marcantes de uma série que marcou geração e inovou a forma de jogar videogame ao longo dos anos.
No museu, as expectativas estavam altíssimas! Cada expositor desbloqueava memórias da infância com horas de jogatina e muitas risadas. Era impossível não lembrar das tardes jogando Donkey Kong 64 com os amigos, ou até mesmo ao voltar da escola e morrer 10 vezes na mesma fase.
Depois de anos sem receber novidades, a franquia parecia ter sido deixada de lado, gerando frustração entre os fãs que aguardavam ansiosamente por um novo capítulo. Foi então que Donkey Kong Bananza foi finalmente anunciado, surpreendendo os antigos e novos jogadores, especialmente por ser um título desenvolvido exclusivamente para o novo console da Nintendo.
Para comemorar a chegada do game ao Brasil, a Nintendo investiu pesado em ações de marketing e realizou um evento exclusivo de lançamento, no qual a equipe da República DG teve a oportunidade de participar a convite da Nintendo Brasil. Além das novidades, o evento oferecia uma sala exclusiva para testar Super Mario Party Jamboree + Jamboree TV, a nova atualização do clássico do Nintendo Switch que será lançado em 24 de julho de 2025 com a implementação da nova câmera do console.
Afinal, a grande dúvida paira no ar: será que Donkey Kong Bananza realmente é tudo isso? É o tipo de jogo que justifica a compra de um Nintendo Switch 2? Ele poderá se tornar o melhor título do ano ou até mesmo o melhor título do console? É isso que você irá descobrir em nossa análise!
Esta review foi produzida graças a um código de Nintendo Switch 2 cedido gentilmente pela Nintendo Brasil!
Pode ficar tranquilo(a): esta análise é totalmente livre de SPOILERS!
Bananas e mais bananas!
Em Donkey Kong Bananza, os jogadores assumem o controle de Donkey Kong, o icônico gorila da Nintendo, que retorna após 11 anos sem um novo título original para a franquia. Desta vez, DK está mais poderoso do que nunca e conta com a companhia de Pauline, uma garota de 13 anos que desperta misteriosamente sem memórias ou qualquer lembrança de como foi parar lá.
Logo no início da campanha, os jogadores são apresentados à jornada de nossos heróis em uma missão para proteger o mundo dos ataques da Void Co, uma corporação que está roubando as bananas de todas as camadas do planeta. Com esse objetivo em mente, devemos explorar cada uma dessas regiões, coletar o máximo de bananas possível e derrotar os inimigos para frustrar os planos malignos da empresa, que vem causando caos aos habitantes locais.
Apesar de contar com uma narrativa simples e objetiva, Donkey Kong Bananza aposta em uma gameplay imersiva, focando completamente na exploração e em mini-games que podem ser acessados ao longo de nossa jornada. As bananas também são de extrema importância para a gameplay, disponibilizando novos upgrades em habilidades que podem ser desbloqueadas ao coletar 5 unidades.
Ambas estão espalhadas pelas camadas (áreas do jogo) e podemos encontrá-las em mini-games (derrotar inimigos em um curto período de tempo, atravessar áreas rodeadas por inimigos e até mesmo desafios de sobrevivência com obstáculos), áreas subterrâneas ou concluindo missões oferecidas por NPCs.
O que torna a experiência ainda mais envolvente é o fato de o jogo contar com 777 bananas que podem ser coletadas, rendendo mais de 80 horas de gameplay explorando cada canto do mapa em busca do desejado 100% da campanha. É impossível não notar algumas semelhanças com Super Mario Odyssey, no entanto, Donkey Kong Bananza segue um caminho próprio com DK tendo total liberdade para explorar onde quiser a hora que quiser.
Surpreendentemente, o jogo oferece uma mecânica própria onde todo o cenário é destrutível. Quando eu me refiro a “todo o cenário”, acredite em mim, pois tudo é possível de ser destruído e explorado ao longo da trama. Donkey Kong pode quebrar o chão, abrir portas usando explosivos, pular, voar, arrebentar paredes e até “cavar com socos”, permitindo acesso a áreas subterrâneas escondidas ou missões especiais.
Outro ponto que torna a experiência ainda mais imersiva é a variedade de itens disponíveis nas camadas do jogo. É possível encontrar desde ossos fósseis, que podem ser trocados por itens que concedem bônus de status para DK ou Pauline, fortalecendo a equipe, até pepitas de ouro, que movimentam a economia do jogo. Esses recursos permitem aos jogadores adquirir itens essenciais para a sobrevivência, além de mapas que revelam a localização das bananas escondidas.
A campanha também conta com dublagem e legendas em Português do Brasil, o que facilita a compreensão da história e reforça que a Nintendo está interessada em proporcionar experiências cada vez mais acessíveis para o público brasileiro. Em Bananza, apenas Pauline possui falas durante a jornada, enquanto os inimigos emitem sons desconexos, o que pode comprometer um pouco a imersão em determinados momentos.
Para evitar spoilers, optei por não me aprofundar demais na narrativa, mas fica claro que a Nintendo priorizou a gameplay e o sistema de combate de Donkey Kong em vez de focar na história. Mesmo assim, isso não significa que a trama seja irrelevante. A relação entre Pauline e nosso querido mascote se desenvolve, especialmente nos momentos de repouso em zonas seguras, onde surgem diálogos que complementam a história e adicionam uma “carga emocional”.
Quebrando tudo com Donkey Kong
Donkey Kong Bananza não é um simples jogo de esmagar botões, é uma verdadeira “terapia”, se é assim que podemos chamar! Divertido do início ao fim, o jogo dá total liberdade para destruir tudo ao seu redor, e isso já fica evidente nos primeiros minutos de gameplay. Como já mencionado, a possibilidade de quebrar praticamente todo o cenário torna a exploração ainda mais emocionante, revelando áreas secretas e novas surpresas conforme avançamos na campanha.
O jogo oferece um sistema de combate simples, mas muito funcional, onde pressionamos o botão Y para atacar os inimigos e criar combos poderosos, derrotando criaturas no mundo aberto ou durante as missões secretas que podem ser acessadas no mapa.
Além do sistema de combate, Bananza também oferece uma árvore de talentos que é desbloqueada após a coleta de cinco bananas. A partir daí, os jogadores passam a ter acesso a novos ataques, habilidades de exploração e melhorias no “radar”, facilitando a localização de itens e moedas espalhados pelos cenários.
Os jogadores poderão realizar diversas ações, sendo elas:
- Socos básicos: destruir paredes e derrotar inimigos;
- Socos para o alto: destruir pedras e realizar ataques para cima;
- Socos para baixo: destruir pedras e escavar túneis;
Depois de tudo isso, você provavelmente está se perguntando: e as transformações que foram reveladas nos trailers de gameplay?
E é aí que o jogo brilha cada vez mais! Como se não bastassem todas as novidades e inovações para a franquia, DK poderá obter habilidades Bananza, que o tornam cada vez mais poderosos. Estas habilidades são essenciais para derrotar inimigos, destruir paredes de forma rápida e eficiente, explorar áreas especiais do mapa e muito mais. Elas servem como uma evolução do nosso herói, se
É justamente nesse ponto que o jogo começa a brilhar ainda mais! Como se todas as inovações já não fossem suficientes, Donkey Kong Bananza introduz as poderosas habilidades Bananza, que tornam DK cada vez mais forte. Essas transformações são ideais para enfrentar inimigos especiais, quebrar paredes rapidamente, acessar áreas especiais do mapa e muito mais. Elas funcionam como uma verdadeira evolução do herói, transformando Donkey Kong em um verdadeiro gorila de guerra!
Ao todo, o jogo conta com 5 evoluções que serão desbloqueadas ao avançar pelas camadas, entretanto, evitarei falar sobre cada uma delas, tendo em vista que spoilers podem afetar na experiência.
Um jogo para todos?
Que Donkey Kong Bananza é um jogo divertido e inovador, isso não restam dúvidas. Mas se você jogou os títulos anteriores da franquia, com certeza irá se perguntar. E a dificuldade? Bom… é aí que o jogo acaba perdendo um pouco de seu “brilho”.
Para os fãs de longa data, Donkey Kong Bananza pode parecer um verdadeiro passeio no parque. As lutas são fáceis, os desafios apresentam um nível de dificuldade bem baixo e os chefes, na maioria das vezes, não exigem grandes estratégias para serem derrotados. Ao longo das minhas 20 horas de gameplay, arrisco a dizer que morri apenas 2 ou 3 vezes, e muitas delas poderiam ter sido evitadas por pequenos erros ao saltar de uma plataforma a outra.
Tudo indica que a Nintendo optou por priorizar a diversão, combinando elementos clássicos dos jogos anteriores para entregar uma experiência marcante aos fãs, ao mesmo tepo em que adotou uma abordagem mais acessível para atrair novos jogadores à franquia.
Eu acredito que um novo modo de jogo (Difícil) poderia ser disponibilizado para os jogadores que procuram uma experiência desafiadora e similar aos jogos anteriores.
Aspectos técnicos
Partindo para o lado técnico, é impossível não mencionar o level design e os gráficos do game, tornando-se um dos títulos mais bonitos da Nintendo até o lançamento atual do console. Em diversos momentos durante a minha gameplay, decidi parar para contemplar as belíssimas paisagens de Bananza. Conforme progredia na campanha, os cenários se tornavam cada vez mais bonitos, destacando a beleza de cada bioma presente nas camadas.
Em outro ponto, arrisco a dizer que o level design de Super Mario Odyssey era ainda mais interessante, com cenários mais envolventes e missões secundárias mais imersivas. Tive a oportunidade de testá-lo na Dock e no modo portátil, e ambos ofereciam resultados satisfatórios com belíssimos gráficos, dignos do novo console da Nintendo.
Em relação a trilha sonora, o jogo é um verdadeiro show a parte, remixando músicas dos jogos clássicos, criando momentos marcantes para os fãs de longa data e novos usuários que compraram o console e estão jogando pela primeira vez. As mudanças de trilha sonora são perceptíveis a cada combate, a cada bioma e a cada momento onde coletamos um recurso importante para a campanha. É aquela trilha que você quer colocar na sua playlist!
É inegável que Donkey Kong Bananza é um jogo incrível, mas não poderia deixar de mencionar dos problemas de desempenho que o jogo oferece. Para começar, o game está sofreendo com problemas constantes de pop-in, além de problemas de desempenho ao destruir muitos itens ao mesmo tempo ou ao acessar o mapa do jogo. O jogo também conta com alguns problemas de efeitos sonoros, no qual pude sentir no segundo boss do game. Para evitar que isso pudesse acontecer novamente, reiniciei o game e o problema aparentemente foi resolvido.
As quedas de frame são perceptíveis em alguns momentos, mas nada que comprometa a experiência ou se torne injogável. Donkey Kong Bananza ainda oferece uma experiência definitiva no novo console, e tenho certeza de que os próximos títulos da Nintendo não sofreram com esses pequenos “deslizes”.
Review de Donkey Kong Bananza – Vale a Pena?
Falar que Donkey Kong Bananza é uma carta de amor para os fãs pode parecer algo clichê, mas não existe outro termo para definir a experiência do novo título exclusivo do Nintendo Switch 2. Por se tratar de um dos maiores lançamentos de 2025 e um dos mais aguardados pelo público, o game cumpre muito bem o seu papel, entrega uma gameplay divertida e dinâmica, acompanhada de uma narrativa leve e envolvente. É o tipo de jogo perfeito para ser finalizado em um fim de semana, aproveitando cada momento e se dedicando à coleta de todas as bananas espalhadas pelo mapa.
Apesar de alguns pequenos problemas de desempenho, é impossível não recomendar Donkey Kong Bananza, especialmente para quem acabou de adquirir o novo console e está em busca de grandes lançamentos. Trata-se de um título obrigatório e arrisco dizer que tem potencial para se tornar o motivo que levará muitos jogadores a comprarem o console.
Infelizmente o preço ainda é salgado para a nossa realidade, mas seu conteúdo secundário e campanha são o suficiente para tornar a compra obrigatória!
O que você achou dessa review de Donkey Kong Bananza? Deixe seu feedback nos comentários!
Donkey Kong Bananza é uma verdadeira carta de amor aos fãs, entregando uma campanha envolvente com um sistema de combate e exploração que traz novidades marcantes para a franquia. Mesmo com alguns problemas de desempenho em certas áreas, o jogo compensa em todos os outros aspectos, tornando-se a melhor experiência disponível no Nintendo Switch 2 até agora!
Pontos Positivos
- Campanha envolvente
- Missões secundárias divertidas
- Level Design surpreendente
- Belíssimos gráficos
Pontos Negativos
- Jogo muito fácil
- Quedas de frame e problemas de desempenho em áreas externas
- História
- Jogabilidade
- Gráficos
- Trilha Sonora
- Desempenho
