Fundada em 2017, a Knight Shift Games tem criado experiências de jogo criativas e inovadoras para todos os tipos de jogadores. E dessa vez eles oferecem uma experiência vibrante, dinâmica e intensa. Um jogo com pixel art muito bem feita, aliada a uma trilha sonora competente. Estamos falando de Elsie, novo jogo do estúdio supracitado e publicado pela Playtonic Friends.
Vem ler o nosso review de Elsie pra saber se vale a pena dar uma chance para essa aventura!
Onde estamos?
O mundo de Ekis foi lançado no caos por forças desconhecidas. O bastião à beira-mar, conhecido como Sapir Wharf (Porto Sapir), e lar dos Guardiões, foi atacado por um misterioso exército robótico. Como a última Guardiã do cais, Elsie deve investigar a causa dos ataques à sua casa e o desaparecimento de seus amigos, enquanto descobre a verdade sobre sua criação.
Do que se trata o jogo?
Em Elsie temos experiencias de um jogo retrô com jogabilidade clássica de corrida e tiro – inclusive com air dash que lembra muito Megaman X – mesclada com mecânica roguelike, afinal, esse genero está em voga hoje em dia, e com doses de bullet hell em algumas boss battles.
A jogabilidade
Em sua essência, Elsie se destaca com seus controles responsivos que, de certa forma, contribuem para a manutenção do ritmo do jogo, evitando barrigas, seja para os momentos de plataforma, run-and-gun e bullet hell. Afinal, o jogo disponibiliza a opção de aparar (parry) os ataques adversários. Então, ter uma jogabilidade com respostas a altura dos desafios é vital para a diversão
Particularmente, achei os desafios de plataforma breves e simplórios. Nada que acabe segurando algum jogador. Porém, isso não significa que o jogo seja fácil; na realidade o Elsie é bem desafiador, e isso não é resultado dos elementos roguelites, mas pelo volume de adversários em tela e os numerosos ataques simultâneos, criando, assim, as passagens que lembram jogos bullet hell. Mas não precisa ficar assustado porque são momentos curtos, mas ainda assim, intensos.
Aspectos visuais e sonoros
A direção artística é bastante competente e contribui para a imersão necessária nessa aventura cyberpunk. O design dos inimigos, incluindo os chefes, segue muito bem essa linha de design e arte. A escolha pela representação em pixel art, aliada às fortes cores neon em alguns elementos se complementam muito bem ao longo dos cenários, conferindo, assim, uma identidade mais viva e vibrante ao jogo.
Em relação aos efeitos e trilha sonora, nada que se destaque, ou atrapalhe, na imersão e resultado da experiência. Não é ruim, porém também não é algo memorável. De fato, os aspectos visuais marcam muito mais a experiência em Elsie do que o som.
O desempenho
Então, é aqui onde a experiência em Elsie é MUITO conturbada: há várias partes, em estágios intermediários e avançados do jogo, onde o número de inimigos em tela é tão alto, e o volume de ataque é imenso, com várias partículas em tela, em que o FPS cai VERTIGINOSAMENTE.
O jogo disponibiliza a funcionalidade de contador de quadros por segundo nativo. E eu tive que ativar essa opção para me assegurar exatamente o nível de queda de quadros, e os resultados foram péssimos: ocorreram momentos em que a taxa de quadros caiu para 0,72. Isso mesmo, o jogo chegou a cair de rendimento para algo menor do que 1 quadro por segundo.
Isso é grave e pesa muito no resultado da experiencia final do jogo, a ponto de, após uma dessas quedas severas, o jogo apresentar um erro e fechar automaticamente.
Opções de acessibilidade
Um aspecto extremamente positivo e que devemos parabenizar os desenvolvedores da Knight Shift pela inclusão de diversas opções de acessibilidade e, além disso, o quão customizáveis elas são.
Desde o tamanho da fonte nos textos, a possibilidade de incluir um contorno colorido na protagonista, passando por assistência para Daltonismo.
Ainda que não seja em si uma opção de acessibilidade, o jogo apresenta o português do Brasil como um dos idiomas disponíveis.
Review de Elsie: Vale a Pena?
Elsie apresenta uma jogabilidade muito veloz, dinâmica, responsiva e direta ao ponto. Em momento algum a jogabilidade foi um agravante que impedisse o meu avanço no jogo. A direção artística é muito competente e todos os elementos gráficos conversam entre si, e, juntos, contribuem muito para uma experiencia visual muito boa.
A história não é, para mim, o ponto forte do jogo; afinal ela se senta no banco do carona enquanto a jogabilidade é que realmente conduz toda a experiencia em direção a diversão. Porém, o desempenho pífio em vários momentos fez com que a minha vontade de jogar diminuísse consideravelmente devido à queda de quadros de por segundo.
Ao final de todas as horas que passei jogando Elsie me levam a concluir que, apesar de inicialmente divertido, a recomendação deve ser feita com ressalvas, especialmente a versão para Nintendo Switch, devido aos sérios problemas de desempenho.
Ao final de todas as horas que passei jogando Elsie me levam a concluir que, apesar de inicialmente divertido, a recomendação deve ser feita com ressalvas, especialmente a versão para Nintendo Switch, devido aos sérios problemas de desempenho.
- Narrativa
- Gráficos e Efeitos Visuais
- Trilha e Efeitos Sonoros
- Desempenho
- Jogabilidade