A saga nórdica está completa! Após 2 longos anos de espera, God of War: Ragnarök finalmente é lançado para PC via Steam e Epic Games Store. Desta vez, os usuários do PC poderão desfrutar de inúmeras melhorias, incluindo suporte aos monitores UltraWide e resolução 4K para uma maior imersão na jornada do Fantasma de Esparta. Para aqueles que nunca tiveram contato com o game ou possuem um PlayStation 5, recomendo iniciar a campanha de God of War: Ragnarök diretamente no PC, pois esta é a versão definitiva do jogo com melhorias técnicas significativas.
Considerando que este se trata de um jogo lançado em 2022, decidi realizar uma análise focada na parte técnica do jogo, apresentando as novidades sobre as melhorias implementadas e o desempenho em diversas configurações. Além disso, nossas outras análises de jogos da PlayStation para PC seguem o mesmo formato, facilitando para os jogadores/público que não possuem muito conhecimento sobre o assunto.
Obs: Esta Review foi produzida graças a um código de PC cedido gentilmente pela PlayStation Brasil!
Pode ficar tranquilo(a), esta análise é totalmente livre de SPOILERS!
O que esperar de God of War: Ragnarök?
O Ragnarok traz a conclusão da saga nórdica, logo, a trama é um pouco maior do que a do jogo anterior e o leque de personagens é bastante ampliado. Thor, Odin, Angrboda e algumas outras surpresas ao longo do caminho arrancam um sorriso no rosto. Não por falarem piadas, nada disso, mas pela representação maravilhosa e profunda que os gênios da Sony Santa Monica deram aos personagens. Apesar de muitos aspectos da Edda, o texto “original” da mitologia, terem sido respeitados, todos os personagens, sem exceção, foram construídos tendo em mente o jogo, fazendo com que o projeto praticamente tenha sua mitologia à parte.
Os Favores, ou missões secundárias, acompanham o brilhantismo da escrita do conteúdo principal, proporcionando ensinamentos sobre os reinos, personagens centrais na trama ou objetos peculiares. Pode-se dizer que God of War: Ragnarök é mais um exemplo de como esculpir o conteúdo adicional de um jogo que se propõe a ter uma estrutura mais aberta. O trabalho com as vozes está impecável, tanto das originais quanto a dublagem brasileira, proporcionando um ótimo senso de personalidade para cada ser presente no título. No geral, o estúdio agiu em cima de tudo que deu certo no projeto de 2018, consertando os erros e aprimorando os pontos fortes.
O que esperar da DLC Valhalla?
God of War: Ragnarok – Valhalla apresenta mecânicas similares aos jogos do gênero “roguelike”, implementando a história de Kratos na mitologia grega. Durante nossa jornada, cruzaremos com inimigos icônicos, trechos marcantes dos jogos clássicos da franquia (God of War 1 e God of War 2) e armas poderosas da mitologia grega. Ao avançar pelas áreas que são geradas proceduralmente, Kratos deverá coletar recursos em baús, realizar upgrades, adicionar ou remover ataques Rúnicos e concluir as provações dos deuses para derrotar o chefe final.
Para aqueles que já estão familiarizados com a franquia, é possível notar que alguns diálogos remetem a acontecimentos impactantes dos títulos anteriores, como a morte do Deus Helios em God of War 3 ou a cena do sacríficio no Templo de Pandora em God of War 1.
Novidades da versão de PC
Os últimos ports dos jogos da PlayStation estavam sob a responsabilidade da equipe da Nixxes, que, por sinal, realizaram um excelente trabalho ao longo dos últimos anos. Desta vez, o port foi comandado pela Jetpack Interactive, estúdio responsável por trazer God of War (2018) aos PCs.
Felizmente, God of War: Ragnarök foi um sucesso, adicionando tecnologias compatíveis com as novas GPU’s, suporte ao DualSense com feedback háptico e gatilhos adaptáveis e resolução 4K. Todas estas novidades são essenciais para o público do PC, provando toda a competência da equipe envolvida no projeto.
O jogo recebeu novas tecnologias, sendo elas:
- Adição e suporte ao NVIDIA DLSS 3 (tecnologia de renderização desenvolvida pela NVIDIA para aumentar a taxa de quadros e qualidade gráfica);
- Adição e suporte ao AMD FSR – tecnologia similar ao DLSS 3 (compatível em produtos exclusivos da AMD);
- Adição e suporte ao Intel XeSS – tecnologia similar ao DLSS e AMD FSR;
- Recurso exclusivo para o PC que permite reduzir a quantidade de dicas fornecidas pelos personagens em alguns puzzles presentes em God of War: Ragnarök;
- Suporte aos monitores UltraWide (resolução 32:9);
- Carregamento rápido com o SSD (disponível também na versão de PlayStation 5);
- Desbloqueio de framerate (ao realizar as configurações e ajustes gráficos, é possível alternar entre 30,60 e 120 FPS);
- Suporte ao DualSense com feedback háptico e gatilhos adaptáveis.
- DLC Valhalla já está disponível na versão de PC.
Assim como em Horizon: Forbidden West, observei que o novo título da PlayStation não oferece suporte ao Ray-Tracing em suas configurações. Esta prática está se tornando cada vez mais comum e é um tanto quanto curioso, pois outros títulos da empresa receberam Ray-Tracing e apresentaram um ótimo desempenho, mesmo em PCs mais “fracos”.
Bancadas de teste para God of War: Ragnarök
Nossa análise de God of War: Ragnarök foi realizada em cinco computadores com especificações distintas. Algumas configurações foram utilizadas para aproveitar todas as novidades que o jogo oferece; entretanto, foram observados alguns problemas de desempenho nas áreas externas.
Outro ponto que merece destaque é que o jogo apresentou pequenos engasgos em alguns chefes, onde muitas ações ocorriam simultaneamente na tela.
Obs 1: Embora as recomendações mínimas exijam uma memória de 8GB RAM, o recomendado é utilizar entre 16 a 32GB de RAM.
Obs 2: Reduzir as configurações para o MÍNIMO são essenciais para o jogo oferecer um melhor desempenho no Steam Deck.
Obs 3: God of War: Ragnarök recebeu o selo de verificação para o Steam Deck.
PC 1 – Bancada principal
- Processador Ryzen 9 5900X
- 256GB de RAM DDR4 3600MHz
- SSD S70 Blade XPG – 7400MB/s
- Placa de Vídeo GeForce RTX 4090
Resultado dos testes – Utilizando todas as configurações no “Ultra” e com DLSS ativado, é possível atingir picos de 120 FPS (áreas internas e externas). O jogo não oferece suporte ao Ray-Tracing.
- A qualidade “Ultra” é recomendada para GPUs de 8 GB na resolução 1440p ou GPUs de 10 GB em 4K (2160p).
PC 2 – Bancada secundária
- Processador Ryzen 9 5900X
- 64GB de RAM DDR4 3600MHz
- SSD S70 Blade XPG – 7400MB/s
- Placa de Vídeo GeForce RTX 3080 Ti
Resultado dos testes – Utilizando todas as configurações no “Ultra” e com DLSS ativado, é possível atingir picos de 100-120 FPS (áreas internas e externas).
PC 3 – Notebook Gamer Predator Helios 300
- Processador Intel Core i7 – 11800H
- 16GB de RAM DDR4 2933MHz
- SSD NVMe
- Placa de Vídeo GeForce RTX 3060
Resultado dos testes – Utilizando todas as configurações no “Média” ou “Alta” e com DLSS ativado, é possível atingir picos de 50-80 FPS (áreas internas e externas).
PC 4 – Notebook Gamer Acer Nitro 5
- Processador Ryzen 7 4800H
- 8GB de RAM
- Placa de Vídeo GeForce GTX 1650
Resultado dos testes – Utilizando todas as configurações no “Baixa” ou “Média” ativado, é possível atingir picos de 30-60 FPS (áreas internas e externas) com alguns engasgos. Os jogadores poderão desfrutar do game em resoluções como 720p e 1080p.
Obs: Upgrade na memória RAM É ESSENCIAL.
PC 5 – Steam Deck
Os resultados no Steam Deck foram assustadoramente positivos! Ao realizar configurações na qualidade “Média” e com o AMD FSR 2.2, é possível atingir picos de 40-60 FPS (áreas internas e externas) com pequenos engasgos.
Este é um ponto surpreendente já que o port da versão de 2018 sofria com engasgos constantes no Steam Deck.
Resultado dos testes – Utilizando todas as configurações no “Média” e com AMD FSR 2.2 ativado, é possível atingir picos de 40- 60 FPS (áreas internas e externas), enquanto na configuração “Alto” é possível atingir picos de 20-30 FPS (áreas internas e externas).
OBS: A tecnologia FSR 2.2 irá garantir o bom funcionamento do game, permitindo realizar pequenas alterações nas configurações gráficas. Para isso, aplique as configurações gráficas na qualidade “Média”.
O maior problema do game
Apesar dos problemas ocasionais com quedas de frame, uma das questões mais irritantes é a necessidade de adicionar uma conta da PlayStation Network ao acessar o jogo.
É extremamente desnecessário forçar os jogadores a criarem uma conta, considerando que o jogo não oferece nenhum recurso online. Algo completamente sem sentido!
Para aqueles que já possuem uma conta na PlayStation Network (PS3, PS4 ou PS5), é possível continuar jogando e obter novos troféus.
Review de God of War: Ragnarök – Vale a Pena!
É impossível não recomendar God of War: Ragnarök para o PC! Com um port quase perfeito e uma narrativa impecável, o jogo se destaca por todas as inovações gráficas e técnicas, tornando-se, assim, a experiência definitiva do game.
Apesar dos pequenos problemas apresentados com quedas de frames, momentos como esses são raros e destacam todo o potencial no desenvolvimento de novos títulos pela Jetpack Entertainment. Arrisco a dizer que este é um dos melhores jogos da PlayStation no Steam Deck!
A compra do game é obrigatória, até mesmo para aqueles que já jogaram God of War no PlayStation 4 ou PlayStation 5.
God of War: Ragnarök é um título obrigatório para todos os usuários do PC! Suas melhorias técnicas e desempenho no PC e Steam Deck comprovam que o port da Jetpack Entertainment é um passo importante para os lançamentos futuros da marca.
- História
- Jogabilidade
- Gráficos
- Trilha Sonora
- Desempenho