Quando falamos sobre a franquia Horizon podemos esperar jogos grandiosos e com uma narrativa de tirar o fôlego. Mesmo com o recente lançamento de Horizon: Forbidden West, a indústria não parou de inovar e investir na Realidade Virtual. Após o anúncio oficial do PlayStation VR2, o primeiro grande título que chamou a atenção do público era Horizon: Call of the Mountain, onde diversos jogadores ficaram receosos por acreditarem que esta era apenas uma simples tech demo. Felizmente, posso afirmar que isto é um equívoco!
Apesar de toda a comoção da internet, Call of the Mountain é um título obrigatório para quem busca ter a primeira experiência imersiva em Realidade Virtual. Pensando nas inovações técnicas e implementações do PlayStation VR2, hoje você irá conhecer todos os detalhes sobre Horizon: Call of the Mountain, além de se apaixonar pela história do protagonista Ryas.
OBS: Pode ficar tranquilo(a), esta Análise/Review é totalmente livre de SPOILERS!
- É possível comprar Call of the Mountain através da PlayStation Store ou adquirindo o Bundle do PlayStation VR2.
Uma jornada inesquecível!
Horizon: Call of the Mountain é o novo título de ação e aventura em Realidade Virtual desenvolvido pela Guerrilla Games e a veterana Firesprite. A trama interativa coloca os jogadores na pele de Ryas, um ex-soldado que busca se redimir após ser deserdado pelo seu povo. Durante nossa aventura, figuras icônicas estarão presentes e diversas máquinas estarão prontas para caçá-lo incessantemente. Com a ajuda do controle VR Sense e toda a sincronia dos jogadores com o arco e flecha, a sobrevivência é apenas um detalhe em meio a experiência imersiva que Call of the Mountain nos apresenta. Preciso destacar também a aparição de Aloy e novos personagens que complementam ainda mais esta narrativa emocionante. Apesar de tentar me concentrar na história, as belas paisagens e momentos de escalada desviaram minha atenção e me surpreenderam positivamente. Mesmo sendo uma experiência linear, o jogo oferece alguns trajetos adicionais e que podem influenciar durante a nossa gameplay. Isso se torna algo ainda mais divertido já que não encontramos esta variedade de trajetos em outros jogos de RV.
Horizon: Call of the Mountain é um título AAA surpreendente e uma grande adição para o catálogo do PS VR2. É possível finalizar o game em aproximadamente 10 horas ou 15 horas caso o jogador esteja em busca da platina. Devo adiantar que este tempo pode se estender ainda mais caso você fique “babando” com as paisagens ou interagindo com os objetos do cenário. Não se esqueça de aproveitar cada segundo caso esta seja sua primeira experiência com a Realidade Virtual!
Em alguns momentos tive a sensação de que a narrativa acaba “perdendo o brilho” por exagerar em um mundo hiper realista. É claro que esta não é uma reclamação mas sinto que a empresa focou completamente na qualidade gráfica e nas interações com os controles VR Sense. Outro grande fator que podemos citar são as máquinas já presentes em títulos anteriores que estão vagando ao nosso lado, tornando tudo ainda mais imersivo durante nossa jornada. Surreal, não é mesmo?
Combate e exploração
Ryas não poupará esforços quando o assunto é destruir máquinas! Embora o jogo ofereça um arco e flecha para o jogador, tive a sensação de que o combate poderia ser um pouco melhor em relação a variedade e estilos de luta. Em diversos momentos, o único objetivo do jogador é carregar o seu arco com flechas elementais (desbloqueadas futuramente) e esquivar do inimigo utilizando o analógico direito dos VR Sense. Partindo para o lado técnico, o arco é bem responsivo ao toque e a flecha pode ser coletada ao aproximar as mãos do ombro (direito ou esquerdo). A flecha também será eficiente para adquirir colecionáveis ou abrir áreas bloqueadas com cordas ou pontes.
Mas nem tudo se baseia em apenas combate! A exploração de Horizon: Call of the Mountain é intuitiva e imersiva, resultando em belas paisagens que podem ser visualizadas pelos jogadores durante a nossa escalada. Durante este processo, os jogadores podem encontrar itens importantes para criar novas ferramentas e fazer upgrades em seu arsenal. Existem diversos itens espalhados pelo mapa que podem ser utilizados pelo jogador, como pandeiros, tintas para pintura “rupestre”, caixotes e até mesmo bonequinhos que servem como um complemento para a narrativa. Fico feliz em dizer que a exploração é o ponto chave do game e o que mais motiva o jogador durante o processo de interação com o mundo de Horizon!
Um jogo obrigatório!
Horizon: Call of the Mountain é uma excelente experiência para desfrutar após comprar o PlayStation VR2. Muitos jogadores acabaram optando pelo Bundle com o game já que este (até o momento) é um dos títulos mais promissores da nova geração. Ao conversar com o público gamer e os jornalistas pude perceber que pouquíssimas pessoas sentiram enjôo, cansaço ou fortes dores de cabeça após a sessão. Este é sem dúvidas um dos jogos mais interativos, divertidos e que utiliza 100% dos controles VR Sense e a vibração especial do headset. Além disso, os jogadores terão uma certa facilidade para aprender os comandos do controle e dominar os movimentos que a experiência da Realidade Virtual oferece.
O realismo de Horizon: Call of the Mountain
É muito difícil analisar um título de PlayStation VR2 e descrever toda a experiência oferecida pelo óculos de Realidade Virtual da Sony. Em diversos momentos cruzamos com máquinas gigantes e que parecem estar ao nosso lado, tornando-se assim uma ameaça constante e dando a sensação de que o inimigo está prestes a atacar a qualquer momento. Uma das experiências mais fantásticas durante nossa jogatina é no Safari das Máquinas, onde os jogadores cruzam um rio infestado de máquinas gigantes que lutam entre si. Mesmo com a falta de interação ou combate, esta experiência visual enriqueceu na narrativa já que recebemos uma introdução de cada inimigo. Uma verdadeira aula de história e cultura!
Infelizmente o custo x benefício do produto não permite que os jogadores saibam como funciona a Realidade Virtual. Muitos acreditam que a experiência se transforma apenas em uma sala gigante com uma tela de cinema em nossa frente.
Vale MUITO a pena jogar Horizon: Call of the Mountain!
Tendo base como uma experiência inicial, Horizon: Call of the Mountain entrega tudo o que promete e inova quando o assunto é interatividade. Desde o processo de derrotar máquinas, a exploração e com o feedback háptico presente exclusivamente no headset desenvolvido pela PlayStation. Ao explorar o vasto mundo que Horizon oferece para os jogadores, acabamos deixando a história um pouco de lado, porém, isso está longe de ser um problema grave! A narrativa de Ryas se torna cada vez mais interessante conforme avançamos e desbloqueamos itens. Neste momento, o único ponto que deveria ter sido melhor aproveitado é o combate e sua variedade em momentos de lutas contra os chefes gigantes. Resumindo, Horizon: Call of the Mountain é uma experiência emocionante e que foi capaz de aproveitar o máximo do que o PlayStation VR2 tem a oferecer.