A franquia Horizon Chase tornou-se uma das queridinhas pelo público brasileiro, afinal, é “prata da casa”. Anteriormente esculpida pelo estúdio Aquiris, que acabou se tornando a Epic Games Brasil, a sequência do fantástico jogo de corrida chegou nos consoles da geração atual e nós tivemos a oportunidade de experimentar (e platinar) esse novo jogo.
PS: Este review foi feito pelo nosso colaborador Giancarlo Silva.
Lar, doce lar
Quem se apaixonou pelo jogo anterior já sabe o que vai encontrar na sequência. Corridas rápidas que começam após a “bandeirada” dos 3 segundos; controle preciso de veículos a depender do nivel de “handling” dos mesmos; trilha sonora empolgante; sensação de alta velocidade que tem uma leve mudança quando se utiliza o nitro; batidas que não destroem o carro, mas com consequências no modo Trial Time; coleta de moedas espalhadas pela pista…
Boa parte dos sistemas já estavam presentes no anterior, recebendo apenas leves incrementos para tornar a experiência ainda mais fluída.
No modo principal, as corridas são organizadas por país e podem ser de ponto a ponto ou ter até 5 voltas. Cada país oferece também pelo menos uma corrida contra o tempo, sem outros carros na pista. É preciso lutar para conquistar as primeiras colocações, pois a quantidade de troféus ganhos garante a abertura de novas pistas. Avançar no mapa principal disponibiliza novas pistas também nos outros modos de jogo.
A Lua e eu
Uma grata surpresa acontece quando concluímos o Modo Tour. Caso a gente colete todos os troféus de primeiro lugar, abrimos uma fase secreta com mais 4 corridas e 1 Time Trial em um local belíssimo.
O “segredo” ajuda a estender a duração do game e adiciona novos desafios em um cenário belíssimo. Infelizmente é uma atividade que apenas os jogadores ávidos pelos 100% irão encontrar, mas que vale super a pena!
Por falar em 100%, o jogo conta com diversos modos diferentes que ajudam a tecer um ótimo fator replay. Temos modos como o o Torneio, com níveis de dificuldade e o Playground, que concede boas recompensas como carros, peças ou pinturas especiais. Em suma, o jogo apresenta uma quantidade recheada de conteúdo, podendo ser desfrutado por dezenas de horas.
Uma tour pelo mundo
Assim como no jogo anterior, no modo Volta ao Mundo o mapa vai se abrindo aos poucos, conforme o jogador termina as corridas. Apesar de termos aqui o retorno de alguns países, temos novas cidades e pistas inéditas.
A ambientação dos lugares é muito bem planejada, explorando pontos facilmente reconhecidos. Nas pistas do Brasil, em especial, é possível perceber o clima de lugares como Amazonas, Olinda, Porto Alegre, Gramado e São Paulo. Senti falta de algumas cidades, como Salvador, mas quem sabe não seja para um novo título ou futura expansão?
A progressão
Uma diferença considerável em relação ao primeiro jogo é referente ao combustível. Antes era necessário pegar o combustível na pista para não perder a corrida por uma pane, contudo, isso foi completamente eliminado em Horizon Chase 2.
Com o foco em chegar em primeiro lugar, as corridas ficaram mais empolgantes. Por outro lado após as primeiras corridas, o game fica um tanto repetitivo. Outra alteração foi nas configurações dos carros. Enquanto no primeiro título a troca de cores era livre, agora coisas como pintura, tipos de roda e body kits são compradas com o dinheiro conquistado, aumentando a personalização dos veículos.
A cada corrida vencida ganha-se XP que faz com que o carro utilizado suba de nível e consequentemente ganhe 1 ponto para ser alocado para melhorar alguma característica como aceleração, suspensão e controle. A medida com certeza foi pensada visando aumentar o fator replay.
Desempenho “tunado”
Não poderia deixar de citar os visuais nesse review de Horizon Chase 2. O game apresenta boas incrementações visuais que concedem um elevado nível de identidade para as fases. Mesmo que o propósito do jogo não seja entregar um visual realista como em Gran Turismo ou jogos desse calibre, podemos identificar imediatamente em qual lugar o circuito se passa graças aos elementos visuais presentes.
Os efeitos de iluminação foram aprimorados, com cenários explorando a passagem do tempo, cavernas e até tempestades de areia. Alguns símbolos foram alterados, como o de nitro, não apenas do objeto em si como também da forma como é representado no menu. O visual está bem agradável e bonito, seja na tela cheia ou dividida com outros jogadores.
Eu senti um pouco de falta na inserção de um indicador visual da quantidade de moedas coletadas ou do nitro. O indicativo serviria como base para verificarmos se conseguimos fechar a fase no modo Ultra e seria uma baita mão na roda.
No quesito desempenho, não tenho nada do que reclamar. O jogo roda perfeitamente bem no PlayStation 5. Os loadings são praticamente imperceptíveis e não tive nenhum bug ou queda de frame.
Review de Horizon Chase 2 – Uma joia brasileira
Não existe outra maneira de encerrar esse review de Horizon Chase 2. O jogo serve para representar a enorme qualidade que os desenvolvedores brasileiros apresentam, além de servir como uma nova carta de amor para uma franquia clássica do gênero de corrida. Se você adora o gênero, Horizon Chase 2 é uma compra obrigatória!
- Jogabilidade
- Fator Replay
- Visuais
- Som
- Desempenho