Meus consagrados… após um hiato de 9 anos, finalmente pude testar a continuação de um dos jogos mais divertidos de FPS. Killing Floor 3 continua o caminho deixado pelo seu antecessor de sucesso, agora na nova geração. Desenvolvido pela Tripwire Interactive, o terceiro jogo dá um suspiro para os jogos do gênero, porém com algumas mudanças!
Após jogar por aproximadamente 30 horas, trago a vocês o meu veredito sobre o que achei do terceiro jogo da franquia, os seus prós e contras. Aviso que irei levar em consideração também minha paixão pelo segundo jogo da franquia, que passei mais de 120h jogando até conquistar a platina. E claro, a sensação de saudosismo que tive por jogar o seu sucessor, já que esse estilo me agrada muito.
A história se repete, agora fora de Londres
Sem sombra de dúvidas, continuar um legado que marcou um gênero é uma tarefa árdua. Em Killing Floor, o trabalho dificulta mais ainda. No terceiro jogo da franquia, senti muitas diferenças em relação ao segundo jogo, desde gráficos, ambientação, visual dos inimigos, sendo esses os principais pontos.
Inegavelmente os mapas tiveram uma mudança positiva. Desta vez, ao invés de utilizar cenários pós pandêmicos, a empresa apostou em um clima mais sombrio já conquistado pelos Zeds.

Isso se deve também a narrativa do jogo, onde o mundo foi dominado pelos Zeds, e a última agulha da resistência é a facção Nightfall. Após o surto ocorrido no segundo jogo, a Horzine liberou os zeds pelo mundo todo, com isso levando a civilização que conhecemos para as ruínas.
Dessa maneira temos cenários totalmente destruídos, laboratórios invadidos, trens descarrilhados e muito mais. A riqueza de detalhes surpreendeu bastante logo no início, mostrando que a vida mudou e nunca mais será a mesma.

Em relação aos gráficos, o jogo mostrou o poder da nova geração, com um visual mais polido e repleto de detalhes. Todavia, nem tudo são flores… tive a impressão que os elementos viscerais e sanguinolentos do jogo foram reduzidos. A impressão que fica é que isso foi feito para atrair um público mais jovem, perdendo parte de sua essência que é muito sangue e tripas na tela.
Escolha a sua Vantagem na guerra contra os Zeds!
Seguindo o costume da franquia, as vantagens são divididas em classes. Ao todo, temos 6 vantagens disponíveis que podem ser utilizadas. Cada uma com o seu próprio estilo de jogo e sua árvore de habilidades e passivas. Fiquei bem vidrado no ninja e no engenheiro e elas, sem sombra de dúvidas, são as que mais me diverti jogando.

Para aumentar nossas chances contra as hordas de Zed, temos também um elemento interessante, onde podemos optar por editar a arma. Ao escolher nossa vantagem, temos acesso às armas específicas da classe, podendo carregar até duas armas principais e uma arma secundária. Podemos colocar modificadores na arma, como um supressor ou condensador no cano, diferentes tipos de munição, indo de balotes explosivos para cartuchos elétricos.

Inegavelmente, temos uma lista de modificadores consideráveis para personalizar a classe escolhida e graças a essa personalização, deixá-la da melhor forma para a nossa jogatina.
Enfrente as hordas com amigos!
É claro que um dos maiores destaques da franquia é poder jogar com os seus amigos. Em Killing Floor 3 isso não foi diferente! Podemos jogar cooperativo com até 6 amigos. Esse fator é essencial e bastante decisivo na hora da compra.
Essa é certamente a maior diversão do game, ao matar Zeds com os amigos, enfrentando grandes dificuldades, e claro, muita risada e diversão.

E para deixar ainda melhor, temos um ótimo Crossplay, envolvendo PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC. Se você tiver um amigo em outra plataforma, agora poderão jogar juntos!
Este foi um fator primordial para aumentar a vida útil do jogo, pois o cooperativo com até 6 jogadores é essencial para eliminar as hordas de Zeds.
História existente, porém inóspita
É inegável que esse erro se tornou uma marca da franquia: mais uma vez, a história serve apenas como pano de fundo para justificar os acontecimentos, sem oferecer nada realmente marcante durante a jogatina.

Esse erro é um dos mais graves da franquia, porque o jogo possui sim uma história boa com uma execução péssima. Em todos os arquivos de leitura do jogo e das tarefas que recebemos da Nightfall, é nítido que a história tem um roteiro bastante interessante e intrigante. Todavia, preferiram novamente deixar ela como um pretexto para exterminar hordas infinitas de zeds.
Zeds na nova geração
Como de costume, o jogo tirou proveito da performance do PlayStationn 5, fornecendo um jogo bastante polido com zero bugs. Durante minha jogatina, o jogo não sofreu com quedas de fps, ou algum bug de textura, ou de cenário quando as hordas de Zeds se aproximavam (mantendo 60 FPS estáveis). Isso mostra o comprometimento da desenvolvedora em entregar um jogo tecnicamente polido.
No DualSense a conversa não foi a mesma! A empresa se limitou em somente tirar proveito da robustez do PlayStation 5. O jogo não explora a fundo as tecnologias do DualSense. Parece claro que a intenção não foi aproveitar todo o potencial do controle para ampliar a imersão na experiência de Killing Floor 3
Review: Killing Floor 3, vale a pena?
Aqui está uma questão com bastante dualidade… se você já é fã da série, pode não gostar devido a certas mudanças gráficas e um ambiente menos visceral. Já para os novatos, muitos irão gostar bastante de passar horas e horas matando Zeds.
Em contrapartida, a diversão cooperativa é um fator bastante acentuado, pois são poucos os jogos que possuem um crossplay bem amplo e com um número de jogadores grande por sala.
A longevidade do jogo está atrelada ao modo cooperativo, pois, quando jogado em grupo, ele se torna bem duradouro. Por outro lado, para quem prefere jogar sozinho, a experiência tende a ser significativamente mais curta. Em Killing Floor 3, o modo online cooperativo acaba sendo essencial.
Pontos Positivos
- Modo cooperativo divertido
- Sem problemas de desempenho ou bugs
- Conexão estável
Pontos Negativos
- Menos visceral
- Narrativa superficial
- DualSense não foi bem aproveitado
- História
- Jogabilidade
- Desempenho
- Visuais
- Som