Confiram a review sincerona do mais novo lançamento dos Soulslike de nome Mandragora: Whispers of the Witch Tree, game que foi lançado agora dia 17 de Abril, e eu realmente não estava esperando muita coisa, mas que acabou me surpreendo muito positivamente e tem um potencial incrível para se tornar um dos melhores soulslike aí do ano, junto com o The First Berserker: Khazan.
Nessa review estarei trazendo para vocês, como de costume, todos os aspectos mais importantes do jogo, então estaremos comentando aqui sobre a gameplay, história e enredo do game, mecânicas, gráficos e muitos outros pontos, positivos e negativos.

Mandragora: Whispers of the Witch Tree é um game desenvolvido pela Primal Game Studio, um estúdio independente de Budapeste, e publicado pela Publisher Knights Peak. Inclusive, segundo minhas pesquisas aqui, o Mandragora está sendo o primeiro jogo desenvolvido pela Primal Game Studio, e os caras estão chegando com o pé direito no cenário nos games.
Mandragora é um jogo do gênero soulslike com elementos de action RPG com gameplay em 2.5D, ou seja, que usa elementos 2D para simular a terceira dimensão, criando a ilusão de profundidade e perspectiva. E eu devo confessar para vocês que inicialmente eu fiquei um pouco relutante com a ideia de um Soulslike em 2.5D, muito mais por causa do meu gosto, já que não sou tão fãs de jogo com essa perspectiva, porém o Mandragora conseguiu me conquistar com sua gameplay e ambientação e agora eu to realmente viciado nesse jogo.

História
Vamos começar falando um pouco sobre a história do Mandragora. Mas podem ficar tranquilos que não estarei trazendo spoilers aqui, apenas fazendo um sinopse sucinta do enredo do jogo. Mandragora: Whispers of the Witch Tree se passa em um mundo de fantasia medieval onde você irá tomar o controle de um inquisidor, um tipo de soldado de elite real especialista em matar monstros e com habilidades sobre-humanas, como força e velocidade anormais ou o poder de conjurar feitiços, magias e encantamentos.

Os inquisidores estão à serviço do Clérigo Rei, a realeza da Cidade Rubra, e eles são os guardiões do clérigo e da humanidade. Mandragora se passa em um mundo conhecido como Faelduum. Mundo este onde você irá encontrar vários monstros e criaturas sombrias que estarão preparadas para te matar num piscar de olhos. Além disso, Faelduum é composto por uma vasta variedade de ambientes, como florestas negras ,pântanos, calabouços abandonados, montanhas congelantes e desertos escaldantes que irão testar toda a habilidade de um inquisidor.

A história do jogo já começa com o Clérigo Rei discursando em seu castelo na Cidade Rubra sobre como o mundo foi dominado pelas forças das trevas e que a essa cidade era o último bastião para que as pessoas conseguissem prosperar em um mundo corrompido. Uma corrupção que o Clérigo Rei culpa as bruxas por serem a raiz de todo o mal que amaldiçoa terra com monstros, abominações, fome e doenças. Nesse mesmo momento, o Clérigo Rei havia capturado uma bruxa que ele acusava ser a mãe de todos os monstros que aterrorizavam o povo.


Eis aqui uma execução pública de mais uma bruxa, porém não por morte na fogueira, mas sim pela luz divina purificadora do rei. E com essa luz, o Clérigo começa a torturar a bruxa e em meios aos gritos desesperadores dela, um inquisidor que já não suportava mais a cena bárbara, decide demonstrar misericórdia e acabar de vez com a vida da bruxa, enfiando uma lança em seu peito.

Ao morrer, uma coisa que ninguém esperava acabou acontecendo: O inquisidor conseguiu absorver a essência da bruxa morta, o que deixou toda a população em pânico, acreditando que um inquisidor, símbolo máximo contra as forças sombrias, havia sido corrompido por uma bruxa.

O Clérigo Rei, apesar de visivelmente espantado com o ocorrido, decide acalmar a situação explicando para o povo que na verdade o inquisidor havia sido abençoado pelo divino com esse dom e que deverá usar suas habilidades em prol do bem. O rei então encerrar a cerimônia e decide convocar o inquisidor para uma reunião.
Furioso pelo inquisidor ter arruinado a execução pública da bruxa e perplexo com a habilidade única do inquisidor que nem mesmo o Clérigo Rei sabe o que é, ele decide enviá-lo para mais uma missão de caça às bruxas, informando que existe mais uma delas em algum lugar da região de Wickham. O inquisidor em questão é ninguém mais que você, e o seu objetivo será rastrear a bruxa e levá-la para o Clérigo Rei junto com os outros inquisidores.

Nesse momento você irá passar por uma longa jornada até finalmente conseguir encontrar a bruxa e descobrir que na verdade elas não eram as inimigas da humanidade, e sim os próprios homens. Há muito tempo, alguns magos poderosos haviam aprendido a subverter a ordem natural da magia, manipulando uma energia conhecida como entropia, uma espécie de força que se mistura com a da terra e consome toda a realidade.

As bruxas imploraram para que os arquimagos parassem de manipular a entropia, porém sem sucesso. Elas acabaram entrando em guerra com eles, mas perderam. Logo após a vitória da guerra com as bruxas, os arquimagos se voltaram uns contra os outros e usaram a entropia para controlar o mundo. O resultado disso foi que portais de outras dimensões se abriram em Faelduum, liberando monstros e criaturas sombrias e trazendo a corrupção que se espalhou pela terra.

Porém uma última grande bruxa havia sobrevivido, e seu nome era Mandragora. Ela havia descoberto um jeito de manipular e fechar a entropia, mas foi subjugada e morta antes que pudesse completar a tarefa. A bruxa irá te falar que a essência dela ainda vive, dentro de você, e que na verdade a sua habilidade única era justamente a de conseguir manipular e absorver a entropia, podendo assim fechar os portais de outra dimensão que espalham a corrupção.
Ainda assim, será necessário ressuscitar a bruxa de volta para esse mundo, e este basicamente se torna o seu objetivo principal na história: Trazer de volta a Mandragora para que ela possa ajudar a fechar os portais e acabar com a praga da entropia antes que o mundo se acabe.
A jogabilidade
Agora iremos comentar sobre a gameplay do Mandragora, e como eu disse antes, eu me surpreendi muito positivamente com a sua jogabilidade, principalmente pelo fato do game ser em 2.5D e eu não curtir muito jogos nesse estilo. Inicialmente eu pensei que isso fosse ser um fator que pesaria muito para mim, principalmente porque já fazia um bom tempo que eu não jogava algum jogo com perspectiva 2D.
Mas o Mandragora conseguiu fazer algo excepcional com a sua jogabilidade. Isso porque além dele ser 2.5D, o que, como mencionado anteriormente, usa elementos 2D para simular a terceira dimensão, o Mandragora usa de artifícios de ambientação que faz você se sentir em um jogo 3D. Então, por exemplo, ele traz cenários onde você pode interagir com as portas de estabelecimentos, dungeons e outros lugares, além de permitir uma exploração mais fluída, podendo escalar em vários lugares.

O próprio cenário e ambientação do jogo além de te fazer sentir que está jogando um jogo 3D, ainda por cima te faz ficar bastante imerso por conta da sua beleza e trilha sonora. Os ambientes do Mandragora são muito bem trabalhados e são cenários vivos, que faz você se sentir na pele do inquisidor explorando as cidades ou pântanos. Os NPCs também ajudaram muito nessa imersão pois eles têm um certo tipo de rotina e se comunicam, evitando aquela sensação horrível em qualquer RPG de ser um jogo “morto”.
A trilha sonora é outro ponto extremamente positivo e eu devo aplaudir quem fez a composição. Os tipos de músicas tocados nas mais diversas situações, por exemplo, andando pelo vilarejo ao som de uma trilha de fundo mais suave ou explorando um calabouço ao som de uma música de suspense, o que faz você ficar mais imerso ainda. E eu vou te confessar que houve ambientes em que eu simplesmente parei para ficar observando e curtindo a trilha sonora.
Com relação às classes do Mandragora, aqui você poderá escolher entre seis opções, sendo elas: Vanguarda, Agente das Chamas, Arcanista do Caos, Sombra da Noite, Vigilante Selvagem e Celestial. Durante a criação de personagem você poderá personalizar o seu inquisidor, mudando seu rosto, cor de pele, cabelo e até mesmo adicionando tatuagens.
Você ainda poderá escolher o seu gênero e o tom da sua voz, e escolher um nome para o seu inquisidor, além de uma das classes aqui mencionadas. Cada uma dessas classes terão atributos, habilidade e proficiências diferentes para se encaixar dependendo do seu estilo de jogo.

A Vanguarda é a classe de guerreiro, para quem gosta da trocação franca e descer a espadada, ou se você preferir montar um tanker. Essa classe será focada em atributos como força, vigor e defesa, permitindo que você use escudos ou armas pesadas. É uma classe que irá permitir que você suporte muito dano, mas sem sacrificar seu ataque, podendo abusar da sua enorme força física, além de usar armaduras mais pesadas que aumentam mais a sua defesa.

Agente das Chamas são os magos com domínio na magia e encantamentos de fogo, além da maestria com armas de uma mão só. Esse tipo de classe é excelente para você que, assim como eu, gosta de mesclar uma build de dano físico com dano mágico, o que será muito bom para ataques de longa e curta distância.

Arcanistas do Caos também são magos, porém voltados para magias negras e encantamentos de caos. Assim como os Agentes das Chamas, eles também possuem maestria com armas de uma mão e possibilitará você combar ataque físicos e mágicos. Seu principal atributo será o dano mágico.

Sombra da Noite é o equivalente a classe de ladrão do jogo. Nela você irá usar laminas ou adagas de porte duplo e suas principais características será a sua velocidade de ataque e habilidades de evasão e ataques camuflados, além de usar muitas técnicas focadas em dano de veneno. Seu principal atributo será a destreza, o que irá facilitar muito para que seus ataques causem o efeito de sangramento.

Vigilante Selvagem é basicamente a classe Warden do jogo, tendo uma ligação única com as forças naturais, podendo invocar raízes do chão para atacar os inimigos ou convocar criaturas para ajudar em suas batalhas. Eles também tem boa afinidade com dano físico e podem usar armas de uma mão só para ajudar nos combates.

E por fim, a classe Celestial, que basicamente é a classe de Paladino do jogo. Eles carregam o dom de manipular a energia celestial e tem boa afinidade com atributos físicos e mágicos, além de possuir uma altíssima tolerância aos efeitos negativos do game.

No meu caso eu escolhi jogar inicialmente com a classe de Arcanista do Caos porque eu gosto de mesclar build mágica com física. E no início do jogo essa classe será muito boa por possuir magia de raio do caos que tem um alcance muito longo e causa muito dano, além de causar um dano físico razoável.
Porém à medida que você vai progredindo no jogo, as magias vão ficando mais pesadas, custando mais mana, e o Mandragora infelizmente tem o problema inicial de você não ter frascos fixos de mana, mas apenas de vida. Fazendo com que você tenha que comprar muitos frascos de mana, que não são nada baratos, ou produzir na alquimista, mas com ingredientes que são difíceis de achar.

Além disso, as habilidades e atributos passivos dessa classe favorecem quase que majoritariamente ao aumento do seu dano mágico, quase não tendo atributos para força, o que resulta que em certo ponto do jogo seus ataques físicos quase não causam mais dano. Esse jogo também possui um inventário parecido com o Elden Ring, onde você pode carregar vários itens e equipamentos, mas só o que vai pesar é o que você estiver usando.

O problema todo é que essa capacidade de peso é excedida muito fácil, o que deixa seu personagem com o rolamento mais pesado e incapacitando você de correr. Para melhorar isso e aumentar a capacidade de carga um dos atributos que você deve upar é a constituição, mas como essa classe usa pouco esse atributo, isso se torna um problema crônico ao longo do jogo, impossibilitando de vocês usar muitas vezes equipamentos melhores por serem mais pesados.
Por sorte o jogo permite ao você chegar no nível 25 a desbloquear as árvores de habilidades das outras classes, permitindo que você obtenha e use suas técnicas, atributos, armas e relíquias exclusivas. Com isso eu decidir testar a classe da Vanguarda, que é a classe 100% focada em força bruta e dano físico, facilitando muito minha vida com a questão do peso dos equipamentos e me permitindo usar armaduras e armas melhores.

Agora caso você queira migrar totalmente todos os pontos que você gastou até o level 25 em outra classe, fique tranquilo! O Mandragora também permite com que você redefina todos os seus pontos de habilidades usados e posso realocá-los da forma que quiser, o que é excelente, pois você poderá testar todas as classes e ver qual é a que melhor se encaixa na sua gameplay.

Ao longo do jogo você poderá encontrar várias relíquias e aprender habilidades diferentes para todas as classes. Todas essas habilidades novas aprendidas poderão ser vistas e equipadas na aba de habilidades de relíquia. Aqui você poderá navegar por entre as seis classes e ver quais habilidades você já tem desbloqueada para cada uma.
O jogo também irá permitir que você use até dois conjuntos de equipamentos e habilidades, podendo mesclar também as habilidades de diferentes classes em um mesmo conjunto, e isso é excelente, pois deixa o combate do game mais versátil e dinâmico.
Como qualquer Soulslike que se preze, para você subir de nível no Mandragora, deverá derrotar os inimigos e acumular o que é chamado no jogo de Essência. Ao você acumular certa quantidade de Essência poderá ir em uma Pedra da Bruxa para poder upar e ganhar pontos de talento. Com esses pontos de talento você poderá ir em sua árvore de habilidades e escolher quais skills (ativas e passivas) você quer liberar.

se você morrer irá perder toda a sua Essência acumulada, e ela ficará no mesmo lugar da sua morte para que consiga recuperá-la. Agora caso você morra novamente sem pegar elas de volta, irá perder toda a sua Essência acumulada de forma definitiva, bem ao estilo Elden Ring mesmo.
Falando um pouco mais das Pedra das Bruxas, ela será o equivalente ao que eram as fogueiras do Elden Ring. Nelas você poderá subir níveis, upar habilidades e fazer viagem rápida para outras Pedras das Bruxas que você já tenha liberado, facilitando sua locomoção no jogo.
E como qualquer RPG de classe, todo herói precisa ter os seus personagens de suporte. Durante sua gameplay você poderá encontrar e liberar vários personagens que serão de fundamental importância para que você consiga melhores armas, equipamentos e itens especiais.
Então você poderá encontrar o mestre ferreiro Ulfar, a alquimista Alannah, o feiticeiro Rhys, a alfaiate Shirin, o cozinheiro Graeme, a joalheira Yrsa e o aventureiro Gerald. Todos eles ficarão localizados em um local específico do jogo conhecido como “A Árvore da Bruxa”, e você poderá viajar a qualquer momento para poder craftar, comprar, vender itens e equipamentos ou simplesmente melhorar os que você já está usando.


Um detalhe interessante do Mandragora é que você deverá upar também cada um dos personagens de suporte para que eles possam craftar itens novos e melhores. Para isso, você deverá encontrar os diagramas perdidos de armas, armaduras e utensílios e entregar eles para seus respectivos donos, subindo assim o nível do personagem de suporte.
O mini-mapa desse jogo também é bem intuitivo, sendo ele em 2D e sendo liberado os locais a medida que você for explorando eles. Além disso, você deverá encontrar os vários pedaços de mapas espalhados pelo mundo para poder liberar a visão completa do mini-mapa, entregando eles para o personagem de suporte Gerald, o aventureiro.

Dessa forma, os principais pontos de interesse como chefes, tesouros perdidos, minérios, plantas raras, portas de acesso, entre outros, ficaram marcados de forma definitiva no seu mini-mapa, facilitando assim sua exploração
O Mandragora não terá também somente uma missão principal interessante e que prende sua atenção, como suas Sidequests terão o mesmo nível de qualidade, com histórias bem arrojadas e recompensas que faz valer a pena fazer as missões secundárias.
Muitas dessas missões secundárias só poderão ser iniciadas ao conversar com NPCs específicos, então eu recomendo muito que vocês explorem e sempre conversem com todos que encontrarem para não perder nenhuma dessas missões paralelas.
Além disso, o jogo ainda dispõe de um quadro de missões, com pequenos desafios que poderão te recompensar com dinheiro ou itens específicos, ajudando a você a ganhar recursos de forma mais rápida.

Uma observação importante são as poções de mana e vida, que seguem uma linha padrão Soulslike, bem ao estilo Elden Ring, porém você começará apenas com frasco fixo de vida e para ir aumentando a quantidade de poções, deverá encontrar frascos de vidro vazios que estarão escondidos e espalhados pelo mapa. Ao encontrar um desses frascos, você poderá levá-lo para a vendedora de joias ou a alquimista para aumentar o número de frascos fixos.

Único porém aqui é que, até o momento, eu não encontrei nenhum frasco para mana ou alguma opção para distribuir entre os frascos de vida e mana, sendo então obrigado a comprar ou produzir as poções de mana caso eu precisasse usar.
O combate
E falando em combate, com certeza esse é um dos maiores pontos fortes do Mandragora. Primeiramente que você terá uma gama de armas para escolher como espadas de uma mão, espadas longas, martelos de guerra, adagas duplas, relíquias mágicas e maças. Além de vários tipos de equipamentos, como armaduras de couro, tecido, placas metálicas, capas e anéis mágicos que irão aumentar diversos atributos.

Como dito anteriormente, você poderá equipar até dois conjuntos diferentes, onde em cada um será possível usar até três habilidades diferentes. As árvores de habilidades de cada classe são enormes, contendo várias técnicas diversificadas que poderão ser combadas à medida que você evolui e libera as novas skills. Certas habilidades aprendidas ainda serão possíveis de serem upadas, aumentando algum efeito de status ou adicionando algum efeito novo.

Com isso você poderá formar combinações de ataque variados que se adaptem a diversos tipos de inimigos que você encontre no jogo. Sobre os inimigos, temos no Mandragora os mais variados tipos de monstros e criaturas que você deverá enfrentar. Lobos gigantes, vampiros, aranhas, ratos, goblins, ogros, lobisomens, espectros, bandidos e ladrões são só alguns dos tipos de inimigos que você, com certeza, irá encontrar durante a sua Gameplay.
Alguns deles serão chefes de área, e você deverá derrotá-los para ganhar recompensas raras ou liberar novas habilidades de classe. Alguns desses chefes em certo momento se repetirão no jogo, porém sendo incrementadas mecânicas novas, podendo ser uma nova habilidade ou nova mecânica de luta do boss, tornando o combate mais desafiador.
Com relação às Bossfights, o Mandragora possui um balanceamento excelente de dificuldade. O jogo começará de forma tranquila, mas não se engane, pois à medida que você for progredindo na história, os chefes ficarão bem mais difíceis e complexos, com combos que muitas vezes serão extremamente difíceis de defender ou esquivar.

Além disso, cada boss poderá ter um status que é mais vulnerável do que outros. No Mandragora você terá seis status de efeitos mágicos, sendo eles: Astral, caótico, fogo, gelo, vazio e selvagem.
O dano astral causará uma condição de marca luminosa, que é como se fosse o dano sagrado. O dano caótico e vazio irão causar a condição de fraqueza, atordoando momentaneamente o inimigo e reduzindo seu ataque.
O dano de fogo irá causar a condição de queimadura, gerando um dano por determinado tempo de fogo, o famoso damage over time. Gelo causará a condição de congelamento, paralisando o inimigo. O dano selvagem irá causar a condição de enraizamento, fazendo surgir raízes e paralisando o inimigo por um curto período.
Além desses efeitos, você ainda terá os efeitos físicos que são o de sangramento, atordoamento e envenenamento. Esses efeitos serão causados por classes de guerreiro que usem armas focadas nesses efeitos.
Até o momento, o boss que mais me deu trabalho foi o Necromante. Essa criatura simplesmente me fez perder mais de duas horas travado nesse mesmo combate até eu finalmente conseguir vencê-lo.
E eu sei que muitos de vocês devem estar se perguntando se o jogo tem parry ou não. E sim, galera! O jogo tem parry, mas para você conseguir fazer, deverá ser da classe Vanguarda ou ter chegado ao nível 25 e liberado a classe e equipar um escudo leve. Dessa forma será liberado a opção de usar parry contra os inimigos.

Exploração
Com relação à movimentação e mecânicas eu devo dizer que o Mandragora acertou demais! O jogo conseguiu fazer uma movimentação e mecânicas simples, mas que funcionam muito bem, ou seja, fez o básico e fez bem feito. Então você pode andar e correr com o analógico esquerdo, movimentar a câmera para ampliar a visualização do ambiente com o analógico direito. Pular, agarrar e escalar usando o botão X. Fazer rolamento ou esquivar usando o R2. Interagir com objetos ou lootear usando o R1.

Os diferentes ataques que irão variar de acordo com sua classe poderão ser equipados nos botões quadrado, triângulo e bola e você poderá alternar os conjuntos de equipamentos e habilidades usando as setas direcionais para cima e para baixo ou alternar entre os itens usáveis com as setas direcionais para esquerda ou para a direita.
Você ainda poderá usar sua habilidade de ultimato pressionando os botões L2+Quadrado. Lembrando que eu estou jogando o Mandragora no Playstation 5. Então tudo bem simples e intuitivo, mas conferindo toda a jogabilidade que você precisa para se movimentar de forma dinâmica e fluída.
O Mandragora também trará ao longo da sua gameplay novas mecânicas e movimentação para você conseguir acesso à áreas novas e inexploradas que poderão trazer recompensas lendárias ou permitir fazer missões secundária e principal. Então você irá perceber durante sua gameplay que desde o início do jogo haverá locais e trechos do mapa onde aparentemente não há nenhuma forma de você conseguir alcançar.
Isso na verdade é porque você simplesmente ainda não desbloqueou como chegar lá. Então, por exemplo, você terá o equipamento arpéu que é basicamente um gancho onde você poderá atirar em locais específicos e se balançar para saltar plataformas. Você poderá liberar também a mecânica do pulo duplo, permitindo acesso a locais mais altos. Certos ambientes terão trechos do pisos frágeis que você poderá quebrar para ter acesso à lugares secretos.
Mas não para por aí! O Mandragora ainda terá a mecânica conhecida como “Lanterna da Bruxa”, item que você liberará ao avançar na história principal e que irá permitir que você entre nos portais de Entropia e enfrente os chefes e inimigos dessa outra dimensão, e ao derrotá-los, conseguirá fechar o portal.
Dessa forma você irá ganhar pontos de Entropia que poderão ser usados para subir o nível da sua Lanterna da Bruxa. E isso será muito importante, pois quando você está dentro da Entropia, uma contagem regressiva de 250 segundos, que representará a aura da sua vida, começará a contar. Caso o tempo se acabe e você ainda esteja dentro da fenda de Entropia, sua barra de vida começará a descer de forma muito rápida, matando você.
Então, para resumir, os devs conseguiram fazer uma mecânica e movimentação simples que combina com o estilo do jogo e que funciona muito bem.
Parte técnica
Sobre os gráficos do Mandragora, eles não são nada demais, afinal de contas esse não é o ponto forte do jogo. São gráficos que você conseguiria facilmente encontrar em jogos da geração PS4 e PS3. O game foi desenvolvido na Unreal Engine, eu só não conseguir encontrar nas minhas pesquisas em qual delas foi.
Esse estilo de gráfico me lembrou um pouco ao uso de uma técnica chamada de Cel Shading, que basicamente é uma renderização que dá aos jogos uma aparência semelhante a desenhos animados ou quadrinhos. De qualquer forma, apesar de ter gráficos fracos, a ambientação e caracterização dos cenários é um dos pontos fortes desse jogo, pois ele te faz se sentir imerso naquele mundo. Os cenários estão muito bem trabalhados e somado à uma trilha sonora que está impecável, Mangragora com certeza conseguirá te teletransportar para o mundo de Faelduum.

Para finalizar, Mandragora: Whispers of the Witch Tree com certeza será um prato cheio para qualquer fã de Soulslike e será uma escolha melhor ainda caso você curta jogos estilo “Metroidvania”. Então, se você curte esses estilos de jogo, pode pegar sem medo que você não irá se arrepender.
Mandragora com certeza irá te render boas horas de gameplay, podendo passar até mesmo de 40 horas, e ainda por cima irá permitir o New Game Plus. Com certeza foi uma das boas surpresas que tivemos até agora nesse ano no mundo dos games e por isso para o Mandragora eu deixo a nota 8 de 10.
Mandragora é tudo que um Soulslike com elementos de RPG deve ser! Fez o básico, mas fez muito bem feito.
Gameplay diferenciada
- Combate elaborado
- História envolvente
- Trilha sonora impecável
- Cenários deslumbrantes
Gráficos ultrapassados
- História
- Jogabilidade
- Desempenho
- Visuais
- Som