Lançado em 24 de setembro de 2024, o pacote Mortal Kombat 1 – Reina o Caos está disponível para as plataformas PC, PS5, Series X|S e Switch. Esta expansão traz uma continuação do modo história e introduz seis novos personagens, dos quais três estão disponíveis imediatamente: Cyrax, Sektor e Noob Saibot. Os outros três personagens, Ghostface (antagonista da franquia de filmes de terror Pânico), T-1000 (famoso antagonista da franquia de filmes Exterminador do Futuro) e o Grande Guerreiro Conan (famoso nas HQs e em filmes), serão lançados em uma data futura.
Cenários
Quando Mortal Kombat 1 foi lançado, uma das maiores críticas dos usuários foi em relação aos cenários, que eram mais coloridos e claros em comparação aos jogos mais antigos, que possuíam um tom mais obscuro e medonho. Como a história do jogo base foi pautada em um mundo refeito pelo Deus Titã Liu Kang, que o recriou para evitar conflitos sangrentos e mortes, faz sentido que a ambientação do jogo seguisse essa nova visão, justificando a mudança de tom nos cenários.
Um dos maiores acertos dessa expansão é justamente o retorno dos cenários mais obscuros e caóticos, cheios de destruição, escuridão e sangue. Esses cenários são extremamente bem detalhados e contrastam com a continuação da história, onde o Titã Havik aparece trazendo destruição e caos.
História
A história da expansão é uma continuação direta do jogo base, onde, em uma das cenas finais, vemos Havik tramando algo maléfico. A rivalidade entre Sub-Zero e Scorpion é mais explorada, com o último atacando o irmão em seu próprio casamento. Como o nome da expansão sugere, a história começa com o caos se instaurando.
Vindo de outra realidade, onde se tornou um Deus Titã anarquista que adora o caos, Havik aparece na realidade de Liu Kang com um plano maligno de se tornar o dono de tudo e de todos. Cabe aos guerreiros se unirem para enfrentar esse inimigo, que é um vilão bem mais imponente que Shang Tsung do jogo base.
A história dura entre 2-3 horas e nos coloca no controle dos três novos personagens: Cyrax, Sektor (que neste jogo são mulheres) e Noob Saibot. Inicialmente, é estranho ver os dois ciborgues icônicos como mulheres, mas conforme a história se desenrola, a interação delas com Scorpion e Sub-Zero se torna excelente. Devido ao conceito de diversas realidades, é possível alterar personagens já existentes, o que pode desagradar alguns fãs. A origem de Noob Saibot também pode desagradar, pois foi feita de maneira apressada e sem peso.
A história da expansão é contada de maneira apressada, com altos e baixos e algumas conveniências de roteiro. Muitas vezes, a história é corrida quando deveria ser mais explorada e cansativa quando deveria ser mais rápida. A NetherRealm precisa rever as histórias que vem escrevendo.
O vilão da expansão faz jus ao nome, trazendo caos e anarquia. Seu propósito é interessante e sua execução é legal, com uma referência a um vilão da Marvel. Os lacaios do vilão são bem utilizados, com personagens do universo de Liu Kang sendo vilões no universo de Havik e vice-versa. Tania e Li-Mei brilham nesse quesito, e muitos personagens receberam skins belíssimas.
Batalhas do modo história
As ações que levam às lutas do modo história são legais, mas repetitivas. Em todas as batalhas, enfrentamos dois personagens: o primeiro como principal e o segundo como Kameo, e depois os enfrentamos novamente com os papéis invertidos. Isso se repete bastante durante o modo história. A batalha contra o último chefão tem um nível de dificuldade baixo, deixando a sensação de que acabou rápido demais.
Novos personagens
Ao iniciar a expansão, já podemos jogar com os três novos personagens. Noob Saibot tem um gameplay viciante, apesar de difícil de acostumar no início. Cyrax e Sektor utilizam golpes atualizados que lembram os jogos mais antigos, agradando os saudosistas. Infelizmente, não há novos Kameos nesta expansão.
Review de Mortal Kombat: Reina o Caos – Vale a pena?
Mortal Kombat 1 – Reina o Caos foi lançado no Brasil por R$ 249,90. Os novos cenários, personagens, skins e o uso de personagens de maneiras diferentes são pontos altos da expansão. No entanto, o ritmo da história, o pouco conteúdo apresentado e a decisão de lançar os três últimos personagens em uma data não divulgada fazem com que o preço não justifique o conteúdo da DLC. A menos que seja um fã que não se importe com os contras citados, recomendo esperar por uma promoção.
- História da DLC
- Conteúdo inédito
- Jogabilidade
- Desempenho
- Visuais
- Som