Phil Alone se passa dentro de uma casa com apenas dois cômodos, em que somos colocados para realizar certas tarefas, a partir do que decidimos, temos um final diferente. Porém, enquanto não encontramos o “Final Verdadeiro”, não é possível zerar o game, ou seja, ficamos presos em um loop.
Eu sempre fui fascinada por filmes desse gênero, em que o protagonista fica vivendo o mesmo dia até conseguir sair dele por alguma razão. Um exemplo é o filme Dia da Marmota, que transforma aquele dia numa armadilha temporal.
Obviamente o jogo pode ser repetitivo para alguns jogadores, mas essa é a ideia, já que estamos vivendo o mesmo dia enquanto não conseguimos fugir da morte. No entanto, por ser um jogo com uma duração bem curta, não achei enjoativo, pelo contrário, fiquei com vontade de mais finais e mais puzzles para resolver.
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Enquanto tentamos fugir do assassino, temos que procurar por pistas em outros lugares da casa, e essa interação com os objetos é bem feita, onde cada uma delas gera pensamentos distintos no personagem.
A arte do jogo é bem bonita e os detalhes foram feitos com bastante cuidado. Inclusive, vale comentar que Phil Alone teve início em uma Game Jam, em que o desenvolvedor precisou criar o jogo em apenas alguns dias durante um evento internacional chamado Ludum Dare. Após isso, o lançamento na Steam foi possível graças a um financiamento coletivo.
A narrativa do jogo
Uma das tarefas que temos que fazer é destruir as revistas e eu achei essa parte um pouco dolorosa, visto que meu sonho como jornalista sempre foi trabalhar em uma, mas a frase que o personagem fala após destruí-las é muito real e ao mesmo tempo triste, como se o nosso celular substituísse todas as outras coisas, se for pensar é realmente verdade, porém mesmo assim é melancólico pensar nisso.
A música também dá esse ar de melancolia durante o jogo, apesar de o pixel art ser bem colorido, passa uma sensação de tristeza, assim como as frases do personagem.
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Nos momentos mais tensos temos toda uma aura completamente diferente do que tínhamos anteriormente, aumentando a sensação de medo, mas não chega ser um jogo de terror muito pesado, nem vai te dar sustos.
O jogo dá inúmeras dicas, o que fez com que eu zerasse ele em menos de 20 minutos. Mas considerando que ele possui diferentes finais, claro que você vai querer ver o que acontece nos outros, te dando mais minutos de diversão.
Phil Alone – Game Dev Book!
A DLC que recebemos do desenvolvedor, Gabriel Dias, foi uma forma de agradecer aos jogadores do game. Desta forma, ele criou um livreto digital contando mais sobre o game, sendo muito interessante para quem gosta de saber mais sobre os bastidores.
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Durante a leitura, podemos descobrir que inicialmente o game foi feito apenas em inglês – já que o game foi criado fora do Brasil –, mas por conta das atualizações e o interesse do público brasileiro, Gabriel conseguiu expandir seu trabalho para mais idiomas, como o nosso português. Visto que boa parte das pessoas por aqui não têm a oportunidade de aprenderem a língua inglesa.
Além disso, ele descreve as mudanças que realizou no game para torná-lo mais atrativo aos jogadores. Sendo assim, é um livreto para quem tem curiosidade sobre o processo de desenvolvimento de um jogo. No texto ele também incentiva outros devs brasileiros a irem atrás do seu sonho e colocarem o jogo na Steam, achei a atitude bem bonita da parte dele!
Phil Alone: vale a pena?
O jogo teve o seu lançamento no dia 21 de Julho de 2022, de forma gratuita, então caso você tenha um PC, uma conta na Steam e 30 minutos disponíveis: aproveite o game e ajude a fomentar o cenário brasileiro de games!