Assim como nos clássicos do gênero survival horror, Post Trauma tenta oferecer aos jogadores um sentimento de nostalgia, resgatando mecânicas de jogos como Resident Evil, Dino Crisis e Silent Hill.
Mesmo com todas essas semelhanças, sua atmosfera é envolvente, garantindo uma experiência imersiva para quem busca uma narrativa sombria e repleta de reviravoltas.
Com o tempo, a desenvolvedora Red Soul Games foi apresentando novos detalhes sobre o game, o que acabou deixando o público apaixonado por terror ainda mais instigado.
É claro que essas semelhanças com os clássicos do survival horror são propositais, servindo como base para o jogo e como uma forma de homenagear os fãs mais saudosistas. Curioso para saber mais sobre Post Trauma? Então prepare um lanche, apague as luzes e venha acompanhar nossa análise completa sobre o game!

Esta review foi produzida graças a um código de PC cedido gentilmente pela Raw Fury!
Pode ficar tranquilo(a): esta análise é totalmente livre de SPOILERS!
Um lugar misterioso
Em Post Trauma, os jogadores assumem o controle de Roman, um maquinista que desperta em um vagão de trem sombrio e enigmático, onde criaturas sobre-humanas dominam as estações de metrô.
Conforme avançamos na jornada, nos deparamos com ambientes opressivos, inimigos deformados e puzzles que desafiam a lógica.
Apesar de contar com uma narrativa simples, o jogo reserva reviravoltas inesperadas em um mundo hostil e melancólico. Essa combinação contribui para uma experiência imersiva, especialmente porque a história não revela de imediato o que realmente está acontecendo com Roman.
Para entender a verdade, é essencial explorar cada canto e detalhe do ambiente — é ali que estão as respostas, sejam para abrir portas, resolver enigmas ou coletar recursos. Se você é fã de survival horror, Post Trauma pode ser uma adição interessante à sua lista. No entanto, alguns aspectos podem não agradar aos jogadores mais nostálgicos.
O sistema de combate, por exemplo, apresenta mecânicas engessadas que deixam a desejar, além de problemas de desempenho em certas áreas e expressões faciais que podem parecer estranhas.

Vale destacar que esses problemas são compreensíveis, considerando que se trata de um jogo indie com orçamento reduzido. Ainda assim, são elementos perceptíveis ao longo da maior parte da experiência.
Por outro lado, Post Trauma compensa em outros quesitos, como sua atmosfera imersiva e cenários sombrios, capazes de arrepiar até os jogadores mais corajosos.
A exploração é fundamental, levando o jogador por ambientes claustrofóbicos e puzzles desafiadores que se destacam pela complexidade. Vasculhar cada canto é essencial para descobrir segredos, encontrar códigos e coletar itens necessários para abrir portas ou ativar disjuntores.
Outro ponto que chama atenção em Post Trauma é a semelhança com as safe rooms presentes em Resident Evil. Com a intenção de passar a mesma “vibe” dos jogos da Capcom, o título encoraja o jogador a salvar o progresso constantemente.

Essas áreas também servem para armazenar itens em baús e ouvir fitas com informações relevantes sobre a narrativa.
Em suma, Post Trauma pode ser uma ótima experiência para reviver os clássicos do survival horror dos anos 90, mas não dá para ignorar os sérios problemas em sua jogabilidade e no sistema de combate.
Aspectos técnicos de Post Trauma
Levando em conta que Post Trauma é um jogo indie com orçamento limitado, é surpreendente o quão impressionantes são seus gráficos. A atmosfera também merece destaque: claustrofóbica e aterrorizante, ela torna a experiência ainda mais imersiva.
O jogo nos leva por salas apertadas, ambientes em decomposição e corredores estreitos, onde criaturas esguias surgem para atacar. Esses pequenos detalhes são suficientes para construir uma narrativa impactante e uma ambientação incrível.

A trilha sonora e os efeitos sonoros estão presentes durante toda a gameplay, reforçando o clima de tensão. Com o uso de um headset, a experiência se torna ainda mais intensa, permitindo escutar o som dos passos, inimigos rastejando e a constante sensação de estar sendo perseguido.
Infelizmente, o mesmo não pode ser dito sobre as expressões faciais do personagem, que deixam a desejar, com animações bastante limitadas.
O jogo também apresenta pequenos problemas de desempenho, com engasgos pontuais durante os combates. Embora esses problemas não ocorram com frequência, há espaço para melhorias até o lançamento final.
Bancada de teste para Post Trauma
Com o objetivo de oferecer uma análise acessível para os usuários mais leigos, resolvi listar as configurações utilizadas na minha bancada de testes, além de indicar as melhores opções gráficas para diferentes perfis de jogador.
PC 1 – Notebook Gamer Alienware M16 R1
- Processador: Intel Core i9-13900HX
- Memória RAM: 16 GB DDR5 5600 MHz
- Armazenamento: 1 TB M.2 SSD NVMe
- Placa de Vídeo: NVIDIA GeForce RTX 4060
Resultado dos testes:
Utilizando as configurações gráficas em “Média” ou “Alta”, é possível atingir picos de 60 FPS. Vale destacar que o jogo ainda apresenta pequenos problemas de desempenho, como quedas ocasionais na taxa de quadros.
Conclusão:
Apesar de Post Trauma oferecer diversas opções de ajustes manuais, é possível obter uma experiência satisfatória utilizando apenas as configurações recomendadas pelo próprio jogo.
Review de Post Trauma – Vale a Pena?
Mesmo com a grande oferta de jogos do gênero survival horror no mercado, o estúdio tentou inovar ao apostar em uma atmosfera perturbadora. No entanto, isso não foi o suficiente para atingir todas as expectativas.
É inegável que o estúdio fez um trabalho excepcional dentro das limitações do orçamento, mas recomendo adquirir o jogo em uma futura promoção ou após a implementação de correções.
A história sombria por trás de Post Trauma é um dos pontos altos, mantendo o jogador curioso para descobrir o que realmente aconteceu com Roman.
Ainda assim, problemas de desempenho, um sistema de combate travado e expressões faciais pouco convincentes podem impactar negativamente a decisão de compra.
- História
- Jogabilidade
- Gráficos
- Trilha Sonora
- Desempenho