Quero começar esta review com um agradecimento especial à Bandai Namco Entertainment pelo convite para participar da sessão de testes durante a Summer Game Fest 2025. Foi lá que tivemos a oportunidade de jogar Shadow Labyrinth em primeira mão. E já adianto nossos leitores: ele não se trata de um jogo qualquer! A Bandai Namco reforça, mais uma vez, em conectar universos e celebrar em grande estilo os 45 anos de PAC-MAN.
Shadow Labyrinth entrega uma proposta ousada e inédita: transforma a clássica “bolinha fofinha” em protagonista de um universo sombrio e enigmático. O resultado do projeto é uma experiência única, especialmente voltada para os fãs do gênero Metroidvania.
Com a repercussão positiva do jogo pela comunidade, é inevitável que surjam comparações com outros títulos do gênero, considerando o crescimento dos Metroidvanias nos últimos três anos. Para alguns jogadores, isso pode se tornar um ponto negativo, já que diversos títulos são ultrapassados e estão saturados.
Como uma forma de celebrar os 45 anos, Shadow Labyrinth é apresentado ao mundo, despertando a curiosidade de todos. Mas será que isso é o suficiente para se tornar o melhor game de 2025? É isso que você irá descobrir nesta análise!
Esta review foi produzida graças a um código de PS5 cedido gentilmente pela Bandai Namco Entertainment!
Pode ficar tranquilo(a): esta análise é totalmente livre de SPOILERS!
Uma missão misteriosa
Em Shadow Labyrinth, os jogadores assumem o controle do Espadachim Nº8, um guerreiro que desperta em um planeta misterioso. Guiado por PUCK, uma esfera amarela flutuante, ele embarca em uma jornada por um mundo sombrio e misterioso que será revelado conforme progredimos.
Além disso, criaturas assustadoras cruzarão nosso caminho, sendo necessário sobreviver em um mundo hostil enquanto buscamos vestígios de um antigo conflito galáctico. Os poderes adquiridos ao longo da jornada serão fundamentais para avançar, permitindo que o protagonista enfrente chefes e monstros colossais.

Outro ponto que torna a experiência ainda mais atrativa, é que PUCK é uma criatura misteriosa que estará guiando durante toda a nossa jornada. Com isso, descobriremos por qual motivo o Espadachim foi escolhido para essa importante missão. Após enfrentar diversos inimigos e avançar pela campanha, o Espadachim Nº8 e PUCK finalmente encontram a torre. É a partir desse momento que tudo começa a sair do controle, com a aparição de uma garota misteriosa que parece estar conectada aos segredos desse planeta desconhecido.
Eu confesso que desde o início, a história de Shadow Labyrinth consegue prender a atenção, despertando a curiosidade sobre os mistérios da torre, o verdadeiro propósito da missão de PUCK e a identidade da garota de branco. No entanto, a progressão acaba perdendo o “ritmo” em certos pontos, tornando-se cansativa devido à grande quantidade de inimigos e a baixa variedade entre eles.
A exploração deixa a desejar, com um level design confuso e, em muitos momentos, pouco funcional. Alguns upgrades tornam o personagem forte o bastante para eliminar desde inimigos comuns até chefes poderosos com facilidade. Ainda assim, muitos chefes possuem uma quantidade excessiva de HP, o que torna os combates mais longos e cansativos ao invés de desafiadores.

E falando em desafios, Shadow Labyrinth é um jogo relativamente fácil! A maioria dos chefes pode ser derrotado após uma ou duas tentativas, com exceção dos confrontos finais, que apresentam um pouco mais de dificuldade. A esquiva é uma mecânica essencial para a sobrevivência, e seu uso essencial, mesmo com a limitação da barra de stamina. Para garantir sua sobrevivência, teremos que coletar moedas e itens ao longo da jornada, que podem ser trocados por habilidades novas ou upgrades junto aos mercadores espalhados pelo mapa.
Mecânicas de combate
Em Shadow Labyrinth, os jogadores podem executar diversas ações durante os combates e na exploração. A esquiva não é utilizada apenas na defesa dos combates, sendo essencial para atravessar obstáculos, passar por paredes e alcançar áreas inacessíveis com um salto comum. Além disso, é possível utilizar o poder do “PAC-MAN” para alcançar regiões que seriam impossíveis de alcançar.
O combate conta com algumas mecânicas de ataque/defesa/esquiva, sendo elas:
- Ataque básico: combos básicos que são realizados para atacar os inimigos e infligir dano;
- Ataques pesados: combos poderosos que consomem pontos de stamina, mas causam danos significativamente maiores aos inimigos;
- Esquiva: pode ser utilizada para a exploração em Shadow Labyrinth ou para desviar dos inimigos;
- Proteção de golpes: pressione o botão no momento correto para quebrar a postura do inimigo e atordoá-lo;
- Transformações: invoca o robô GAIA para atacar os inimigos por um curto período de tempo. Habilidade que pode ser carregada ao derrotar inimigos.

Embora o combate seja divertido, ele peca pela baixa variedade de ataques e habilidades, o que pode frustrar jogadores que esperam desbloquear novos recursos para tornar os confrontos mais intensos. Vale ressaltar que essa é uma opinião pessoal, baseada na minha experiência de gameplay ao longo de aproximadamente 20 horas de jogo, explorando o máximo que pude.
Aspectos técnicos
Partindo para o lado técnico, Shadow Labyrinth deixa a desejar em alguns pontos, especialmente na HUD, com um aspecto simples e nada inovador. Considerando que o game se trata de um título comemorativo de 45 anos, tive uma sensação de vazio, e sinto que a empresa poderia ter adicionado mais referências sobre a franquia PAC-MAN. Isso é uma pena!
Em relação aos gráficos, confesso que fiquei surpreso conforme progredia, onde exploramos áreas como florestas, cavernas e até mesmo laboratórios com robôs e tecnologias avançadas para evitar que Espadachim saia vivo de sua jornada. O jogo conta com gráficos 2D, o que dão um aspecto mais artístico e envolvente, criando uma identidade própria e tornando a jornada ainda mais imersiva.

Durante a gameplay, confesso que a trilha sonora não me animou, falhando justamente em momentos que tinham potencial para se tornarem icônicos, principalmente nas batalhas contra os principais chefes da campanha. A falta de trilhas “remixadas” também fazem falta, e acredito que essa adição poderia ter tornado a experiência mais envolvente.
Tive a oportunidade de testá-lo em acesso antecipado no PlayStation 5 e não sofri com problemas de desempenho ou engasgos. É importante ressaltar que as experiências podem variar de acordo com a plataforma, entretanto, o jogo está fluido e sem bugs ao longo da trama.
Review de Shadow Labyrinth – Vale a Pena?
Falar sobre Metroidvania nunca será uma tarefa simples, especialmente diante da quantidade de títulos disponíveis atualmente. No entanto, sinto que Shadow Labyrinth começou com boas intenções, mas tropeçou durante as execuções. Um exemplo claro é o sistema de combate, que poderia apresentar uma variedade maior de armas e ataques, algo que, infelizmente, acaba limatando a experiência dos jogadores.
Como mencionado anteriormente, acredito que o jogo poderia ter explorado muito mais o universo de PAC-MAN ou ao menos adicionado mais referências à franquia. Por esses motivos, Shadow Labyrinth é um título que merece ser jogado, mas minha recomendação é aguardar uma futura promoção para adquiri-lo nos consoles ou no PC. O jogo será lançado em 17 de julho de 2025 para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S, Nintendo Switch 1, Nintendo Switch 2 e PC.
O que você achou desse review de Shadow Labyrinth? Deixe seu feedback nos comentários!
Shadow Labyrinth apresenta uma narrativa envolvente, mas com alguns tropeços ao longo do caminho. A experiência acaba sendo comprometida por um sistema de combate limitado e por mecânicas datadas, especialmente quando comparadas à grande variedade de Metroidvanias disponíveis no mercado.
Pontos Positivos
- Narrativa desperta o interesse dos jogadores
- Desempenho satisfatório
Pontos Negativos
- HUD genérico
- Baixa variedade de inimigos
- Baixa variedade de habilidades e armas
- História
- Jogabilidade
- Gráficos
- Trilha Sonora
- Desempenho