Lançado no dia 03 de Outubro de 2024, a mais nova entrada da famosa franquia Sword Art Online, popularmente chamada por SAO, está disponível para PS5, Series S|X, PC e Switch, e promete ser um chamariz para quem curte as histórias da franquia, trazendo uma historia totalmente original e cheia de mistérios, além de alguns modos multiplayer que deverão manter muitos jogadores ativos no jogo por bastante tempo.
História
Antes de começar a discorrer um pouco sobre a história, gostaria de salientar aos novatos na franquia que esse jogo é sequência direta dos acontecimentos dos jogos e do anime anteriores. Então recomendo fortemente que, no mínimo, assistam às três temporadas do anime ou que tenham jogado os títulos anteriores para entender melhor alguns eventos e referências que acontecem neste jogo.
A história do jogo começa com a introdução de um sistema para os jogos VR que poderia facilmente acessar e emular lembranças dos jogadores. Chamado pelos desenvolvedores de GALAXIA, tal programa estava em períodos de testes e, por algum motivo que será explorado ao decorrer da história, o sistema entra em pane e acaba por trazer para um novo universo personagens de todos os jogos VR existentes, fazendo com que grande parte dos personagens de toda a franquia, tanto heróis quanto vilões, se encontrem e se unam para entender o que aconteceu e tentar reverter a pane que GALAXIA está enfrentando, juntamente com as personagens originais deste jogo: Fuuka e Neige.
Em relação à história em si, há momentos descontraídos e com brincadeiras entre os personagens, mas me pareceu mais séria e direta ao ponto em comparação com os jogos anteriores. É bem legal ver a interação de personagens que originalmente nunca deveriam se conhecer, como, por exemplo, Klein (SAO) e suas tentativas de paquerar a Administradora/Quinela (Alicization), ou até mesmo algumas interações engraçadas entre Alice (Alicization) e Oberon (Fairy Dance), e algumas frases medonhas que Death Gun (Gun Gale Online) fala para o grupo em algumas discussões.
Fiquei bastante intrigado com o desenrolar da história e, entre muitas batalhas e algumas reviravoltas na trama, posso dizer que gostei bastante de como a história foi conduzida e achei o final bastante satisfatório. Não é do mesmo nível e nem possui a mesma duração dos outros arcos, mas é bem competente. A história principal dura cerca de 16 a 20 horas.
Gameplay
O gameplay de SWORD ART ONLINE: Fractured Daydream é baseado em um sistema Hack’n’Slash, onde podemos utilizar diversas opções para desferir combos nos inimigos, além de uma grande liberdade na movimentação dos personagens. Podemos usar ataques básicos e pesados, tanto no chão quanto no ar, desviar, utilizar três habilidades especiais que vão recarregando com o tempo após serem usadas, uma habilidade exclusiva e a habilidade final, que é a mais forte de cada personagem.
Como mencionado anteriormente, neste jogo são reunidos diversos personagens de todos os jogos VR da franquia, resultando em diferentes classes entre os personagens. Alguns são focados em defesa, outros conseguem voar, há curandeiros, personagens que usam armas de fogo, magos, entre outros. Com isso, é inegável que temos uma gama enorme de opções para utilizar e diferentes estilos de gameplay, atendendo a todos os públicos.
Ao tirar bastante vida dos chefes, pode ser que apareça na tela uma opção de ataque melhorado, chamada de Sequências Alternadas. A opção aparece em situações aleatórias após tirar uma quantidade específica de vida dos inimigos e consiste em combos cooperativos executados pelos personagens. De início, foi meio complicado entender como funciona, mas depois de algumas lutas, percebi que agrega bastante à jogatina.
No modo história do jogo, não temos uma grande variedade de monstros e chefes, mas existem inimigos tanto pequenos quanto gigantes, alguns secretos, outros obrigatórios para seguir com a jornada. Infelizmente, muitos monstros se repetem, até mesmo chefes; enfrentei várias vezes o mesmo Golem de pedra. No entanto, deixo meus elogios aos chefes que aparecem a partir do capítulo 3, alguns deles proporcionam batalhas bastante interessantes e criativas.
Durante a exploração nas missões, podemos encontrar itens chamados de Mods, que são complementos com diversas melhorias para os personagens. Infelizmente, cada personagem está limitado a usar um mod por missão. Ao terminar a missão, o mod equipado se perde, sendo necessário equipar outro na próxima missão.
A minha maior crítica ao gameplay é justamente com algo que deveria ser de grande ajuda aos jogadores, mas que, na prática, atrapalha bastante: o modo de travar a câmera em um inimigo específico. Em diversas situações em que há muitos inimigos na tela, ao tentar fixar a câmera em um inimigo, a mecânica não funciona corretamente e começa a alternar entre os diversos inimigos presentes na tela. Isso pode facilmente causar náuseas e dores de cabeça nos jogadores; por isso, recomendo evitar utilizar esse modo.
Estrutura do jogo
Dividido em diversos capítulos, considero a estrutura do modo história um tanto quanto simplória, mas que vai direto ao ponto, sem muita enrolação. Começamos o capítulo com uma cinemática ou conversa entre os personagens, entra o gameplay, no qual devemos explorar uma área que, em certos capítulos, é pequena, e em outros, um pouco maior. Procuramos chefes, baús, tesouros e matamos o chefe final. Depois, nos deparamos com mais uma cinemática e o capítulo se encerra.
Existem dois tipos de ranking nesse jogo: o rank de jogador e o rank de personagem. Ambos aumentam conforme as quests são completadas. O rank de jogador libera missões mais difíceis conforme aumenta. O rank de personagem aumenta conforme o jogador utiliza um personagem específico, e ao subir de nível, o jogador pode conseguir desde skins até melhorias nos atributos do personagem.
Após encerrar o capítulo, analisamos os itens que conseguimos ao explorar e ao matar os inimigos, que podem ser tanto a moeda do jogo, armas, acessórios e até mesmo roupas/skins para os personagens.
Falando em armas e acessórios, elas são divididas da seguinte maneira: como existem diversas classes de personagens no jogo, os acessórios são compartilhados entre as classes. Por exemplo, acessórios para magos podem ser equipados em todos os personagens magos, e acessórios para personagens tanques podem ser equipados em todos os personagens tanques. As armas, no entanto, são diferentes; cada personagem possui sua arma específica.
Conforme realizamos as quests e exploramos, conseguimos armas mais fortes e com efeitos melhores para os personagens. Além disso, também é possível criar armas e acessórios no ferreiro do jogo.
Gráficos
O jogo utiliza um estilo gráfico bastante comum em jogos de anime, o Cel-Shading, e, neste título, notamos uma boa evolução em comparação aos jogos anteriores. A direção de arte proporciona diversos cenários bastante coloridos, entre os quais estão florestas, cidades em ruínas e vulcões. Os personagens são, em geral, bem trabalhados e se assemelham bastante ao que vemos nos animes.
Infelizmente, em alguns cenários, senti que o jogo necessita de um pouco mais de polimento, principalmente quando aproximamos a câmera em árvores, onde algumas texturas aparecem um pouco fracas. No entanto, a direção de arte compensa e entrega cenários que brilham aos olhos, obviamente respeitando a limitação de um jogo com gráficos Cel-shading.
Localização
Todos os menus e legendas do jogo estão traduzidos para português, o que auxilia bastante os jogadores brasileiros a entenderem melhor a história e se situarem nos menus do jogo. Um destaque para certas interações entre alguns personagens em que utilizam diversas expressões populares que nós brasileiros usamos, como, por exemplo: “E aí? Firmeza?”
Modos de jogo de Sword Art Online: Fractured Daydream
Atualmente existem 4 modos de jogo além do modo história, que são:
- Torre da Determinação: Um modo onde o jogador escolhe 1 personagem e deve derrotar o máximo possível de inimigos antes que o tempo acabe.
- Mundo aberto: Modo no qual exploramos um cenário aberto, onde podemos caçar, procurar itens, enfrentar chefes sozinhos ou com a ajuda de outros players, sendo limitado a 20 players por mapas.
- Quests cooperativas: Modo no qual um grupo de até 20 pessoas é dividido em 4 times de até 5 pessoas, e devem finalizar missões, ganhando pontos e obtendo recompensas de acordo com a quantidade de pontos acumulados no final.
- Boss Raid: Modo que, até o momento em que faço esta análise, não está disponível, mas que se refere a diversos players se ajudando a matar um boss gigante, semelhante aos grandes bosses de MMORPGs existentes no mercado.
No geral, achei bastante divertido jogar esses modos. Só fiquei um pouco chateado pelo modo Boss Raid ainda não estar disponível e notei uma pequena demora para entrar nas salas dos modos das quests cooperativas e mundo aberto. Estou bastante curioso sobre quais bosses poderemos enfrentar no modo.
Devido ao jogo contar com diversos personagens, é possível usar diversas estratégias contra os inimigos. Acredito que, se mantido com atualizações constantes com novos inimigos, novas e melhores recompensas, e somando ao fato de que possui cross-play com todas as plataformas, possibilitando que todos os jogadores das plataformas onde o jogo foi lançado possam jogar juntos, é possível que o multiplayer mantenha os jogadores ativos no jogo por muito tempo.
Passe de batalha e compras in-game
Contando com um passe de batalha gratuito, todos os jogadores podem conseguir diversos itens no jogo apenas completando certas missões definidas pelo passe de batalha. Essas missões, em sua maioria, são tranquilas de serem concluídas, pelo menos a princípio. No entanto, como nem tudo são flores, existem expansões com novas roupas, personagens e cenários que, até o momento, só poderão ser adquiridas por dinheiro real.
Desempenho de Sword Art Online: Fractured Daydream
Em todo o gameplay, mantive o jogo no modo desempenho. Não notei queda drástica na resolução, e o jogo, na maior parte do tempo, se mantém em 60 fps, aparentemente estável. Em certas partes, com muitos inimigos e partículas na tela, o framerate pode cair um pouquinho, o que não atrapalha em nada.
OBS: Review analisada com uma cópia de acesso antecipado do PS5.
Review de Sword Art Online: Fractured Daydream – Vale a Pena?
SWORD ART ONLINE: Fractured Daydream é um jogo bastante divertido, com uma enorme variação de gameplay devido à quantidade de personagens diferentes que podemos controlar. O modo multiplayer é bastante divertido, porém, o modo Boss Raid ainda não está disponível. A história não é muito grandiosa, mas ainda assim apresenta situações interessantes, o que a torna bem divertida.
O gameplay é bastante viciante, mas o modo de travar a câmera em um personagem pode, muitas vezes, atrapalhar bastante. Atualmente, é o melhor jogo da franquia, e os fãs ficarão bastante satisfeitos com o que é entregue.
O título é obrigatório para todos os amantes de um bom JRPG!
Código cedido gentilmente pela Bandai Namco para PS5.
Pontos Positivos
- Jogabilidade divertida
- Grande variedade de personagens
- História cativante
Pontos Negativos
- Problemas na mecânica de travar a câmera nos inimigos (fixar)
- Algumas texturas são ruins
- História poderia ser um pouco maior
- História
- Visuais
- Jogabilidade
- Conteúdo Secundário
- Desempenho
- Trilha Sonora e Efeitos Sonoros
1 comentário
Ótima análise
Parabéns