Um dos ports mais aguardados pelos jogadores do PC acabou se tornando um dos maiores pesadelos do mundo dos games nas últimas semanas. Desde seu lançamento, The Last of Us Parte 1 apresentou sérios problemas de desempenho e otimização até mesmo nas máquinas high end e de alta performance. É importante ressaltar que The Last of Us permanece sendo um jogo brilhante e com uma narrativa memorável, porém, os problemas na versão de PC acabam afastando os usuários que estavam aguardando ansiosamente sua chegada após anos de espera. Com o sucesso da série do HBO, a procura por TLOU acabou aumentando significativamente, expandindo as vendas no PlayStation 5 e atraindo novos usuários para conhecer a obra-prima da Naughty Dog. Para se ter uma noção do problema, a compilação dos shaders no PC levavam aproximadamente 2 horas para serem concluídos, impossibilitando assim o tempo de reembolso dos jogadores na Steam. Embora tenha recebido o código no dia do lançamento (lotado de problemas), tive a oportunidade de testá-lo semanas depois com atualizações constantes para passar o feedback e se o jogo de fato havia melhorado. Infelizmente o jogo segue com problemas gravíssimos mesmo após testar em um PC high end. Existem inúmeros relatos de jogadores sobre PC’s queimando ou peças de computadores sendo danificados após experimentar algumas horas do game.
Esta análise foi feita com um código do jogo para PC cedido gentilmente pela PlayStation Brasil!
Um port desastroso
Antes de começar, preciso esclarecer que realizei o teste em 4 bancadas diferentes, sendo elas:
PC 1
- GeForce RTX 4090 Galax 24GB VRAM
- Processador Ryzen 9 5900X
- 128GB RAM 3600MHz
PC 2
- GeForce RTX 3080Ti Gainward 12GB VRAM
- Processador Ryzen 9 5900X
- 128GB RAM 3600MHz
PC 3
- GeForce RTX 3060 Gigabyte 12GB VRAM
- Processador Intel Core i7 11800H
- 16GB RAM 2666MHz
PC 4
- GeForce GTX 1650 Gigabyte 4GB VRAM
- Processador Ryzen 7 3700X
- 16GB RAM 2666MHz
Começando pela bancada com RTX 4090, resolvi realizar os testes utilizando todas as configurações no Ultra (com todos os shaders já compilados). A primeira semana do game esta catastrófica, além da quantidade de crashes que interrompiam a minha jogatina durante a maior parte do tempo. Ao reduzir consideravelmente a qualidade gráfica do game, obtive uma melhoria em ganhos de FPS, porém, em alguns trechos internos sofria com framedrops constantes. Um fato curioso é que nas áreas externas o jogo parecia se desempenhar “melhor”, o que muitas vezes não faz sentido pela quantidade de texturas e carregamentos de cenário.
Na segunda bancada obtive um resultado “satisfatório”, mesmo jogando na semana do lançamento e com texturas reduzidas. Deixei algumas configurações mescladas entre Alto e Médio, porém, o uso da VRAM (memória da placa de vídeo) estava excessivo. Um dos pontos que mais chamou a minha atenção (bancada 1 e 2) foram os travamentos na movimentação da câmera ao utilizar o mouse e teclado. Em diversos combates ou movimentos de câmera pude notar stutters, me forçando a jogar totalmente no controle durante toda a minha gameplay.
Na terceira bancada as coisas começaram a apertar, principalmente com a quantidade excessiva de problemas de textura. Todos estes problemas poderiam ser facilmente reconhecidos até mesmo pelos jogadores casuais e que não se preocupam com problemas visuais ou técnicos. Uma verdadeira decepção!
Na quarta e última bancada, simplesmente não conseguia rodar o jogo, causando um crash instantâneo. A quantidade de VRAM exigida limitava o acesso ao game, desempenhando um grave problema até mesmo no menu principal de The Last of Us Parte 1.
Em suma, o port de The Last of Us Parte 1 carrega consigo problemas de desempenho, stutters, crashes, reflexos, sombreados, frame drops e texturas que são carregadas incorretamente. Tudo isso segue uma linha tênue de sucesso e fracasso de uma das franquias mais elogiadas e premiadas da história dos videogames.
Como o jogo está nos dias de hoje?
Embora The Last of Us tenha recebido patches de 15GB para corrigir os problemas atuais, o jogo permanece sofrendo com frame drops e stutters constantes ao utilizar o mouse e teclado. Até o momento em que realizei esta análise, os crashes constantes reduziram, acontecendo uma vez ou outra durante a minha jogatina. Todos estes problemas podem acabar afastando os jogadores e principalmente aqueles que são mais exigentes ou fissurados em “rodar” na qualidade máxima. Ao que tudo indica, os shaders estão compilando mais rápidos desde a última atualização, finalizando em aproximadamente 30 a 40 minutos. Vale ressaltar que este cálculo básico pode variar de acordo com as especificações de sua máquina. Durante minha primeira compilação (patch day one), o jogo demorou aproximadamente 1 hora para carregar, enquanto a segunda atualização bastaram apenas 40 minutos.
Um fato curioso é que o port de Uncharted: Coleção Legado dos Ladrões foi realizado pela Iron Galaxy, ou seja, o mesmo estúdio responsável pelo desastroso lançamento de Batman Arkham Knight. Felizmente, o port de Uncharted foi quase perfeito, gerando ainda mais dúvidas e descontetamentos com TLOU. Será que teremos novidades sobre o game ou atualizações em breve?
Não vale a pena comprar The Last of Us Parte 1 (pelo menos agora)
Eu encerro essa análise decepcionado e sem prolongar minhas impressões sobre um dos ports mais preocupantes do computador. É triste e até mesmo inadmissível The Last of Us não ter passado por um teste de qualidade antes de seu lançamento oficial. Mesmo utilizando um PC high end os problemas persistiam, além das inúmeras atualizações disponibilizadas para corrigir problemas que ainda estavam presentes durante a minha jogatina. Pode parecer um tanto quanto cômico mas a inúmera quantidade de memes viralizados nas redes sociais apontam o fracasso do port nas últimas semanas. Ao que tudo indica, a Iron Galaxy está trabalhando para tornar o jogo “jogável” mesmo com todos os seus problemas. Até o momento em que escrevo esta análise recomendo passar longe ou caso possua um PlayStation 5, recomendo jogar diretamente pelo console em uma promoção ou até mesmo a preço cheio. Fora isso, The Last of Us Parte 1 permanece sendo um dos jogos mais bonitos e icônicos da indústria de games.
The Last of Us Parte 1 se tornou uma das maiores decepções para os usuários do PC, superando até mesmo o desastroso port de Batman: Arkham Knight.
- Desempenho
- Gráficos
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